Seu nome vem do hebraico abhra?ha?m? que se traduz “pai de uma multidão”. Abraão nasceu dois anos depois da morte de Noé em 1998 AC.
Seu pai, Terá, foi contemporâneo de Noé durante mais de um século, tempo suficiente para aprender sobre o verdadeiro Deus de Noé, e passar o conhecimento para seu filho Abraão durante os 75 anos que conviveu com ele. Terá, porém, desviou-se e servia ídolos (Josué 24:2).
Mas Abrão servia a Deus, e, ainda em Ur, Deus apareceu a ele, instruindo-o para que saísse de lá, deixando sua parentela, e fosse para a terra que Deus lhe mostraria (Gênesis 15:7, Neemias 9:7, Atos 7:2-4).
Deus prometeu fazer de Abrão uma grande nação, uma referência à nação de Israel, originada com o nascimento sobrenatural de Isaque anos depois. Deus prometeu abençoar Abrão e engrandecer o seu nome (Gênesis 12:2 a 7) o que se cumpriu de forma material (Gênesis 13:2, 24:35) e espiritual (Gênesis 21:22), tornando-o famoso (Gênesis 23:6).
Abraão demonstrou a sua fé em Deus pois “sendo chamado, obedeceu, saindo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia.” (Hebreus 11:8). Ele confiava implicitamente na direção de Quem o havia chamado.
Calcula-se que ao sair da sua terra ele provavelmente teria cerca de um milhar de pessoas com ele, sendo uns poucos familiares e muitos servos e servos para cuidar das suas tendas e apetrechos e do seu vasto rebanho.
Abraão “Pela fé peregrinou na terra da promessa, como em terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque esperava a cidade que tem os fundamentos, da qual o arquiteto e edificador é Deus.” (Hebreus 11:9,10). Ele se considerava como peregrino na terra, aguardava a vinda do seu Redentor (João 8:56), e o lar nos céus.
Note-se que Abraão esperava uma determinada cidade, sobre fundamentos exclusivamente planejados e edificados por Deus. Existe apenas uma cidade com fundamentos planejados e edificados por Deus: foi revelada em visão a João, do cume de um grande e alto monte, e chamada Nova Jerusalém. Esta magnífica cidade é descrita em Apocalipse 21:9-23, também chamada “pátria celestial” dos que colocam a sua fé em Deus e em Seu Filho. Estes, como Abraão, se consideram peregrinos no mundo, estando no mundo mas não pertencendo a ele.
Abraão não deixou profecias por escrito, como tantos outros, mas Deus mesmo o identificou como profeta no triste epísódio de Gênesis 20. Nos versículos 6 e 7 Deus declarou ao Abimeleque dos filisteus: “Bem sei eu que na sinceridade do teu coração fizeste isto; e também eu te tenho impedido de pecar contra mim; por isso, te não permiti tocá-la. Agora, pois, restitui a mulher ao seu marido (Abraão), porque profeta é e rogará por ti, para que vivas; porém, se não lha restituíres, sabe que certamente morrerás, tu e tudo o que é teu. “ Essa é a primeira ocorrência da palavra profeta (do hebraiconabioriginada de um verbo que significaborbulhar, como uma fonte) na Bíblia.
Nesta ocorrência o Abimeleque agiu mais corretamente do que Abraão, e o repreendeu por tê-lo enganado com uma meia-mentira. Abraão ainda tentou se desculpar dizendo que temia contar a verdade.
Atendendo ao Abimeleque “Abraão orou a Deus, e sarou Deus a Abimeleque, e a sua mulher, e as suas servas...”. Abraão assim serviu como intermediário entre Deus e Abimeleque. A justiça de Deus exigia que Abraão, de quem o Abimeleque havia tirado Sara, o perdoasse por esse ultraje e intercedesse por ele antes que Deus lhe removesse o castigo. Assim Abraão foi reconciliado com Abimeleque.
O SENHOR falou várias vezes com Abraão e mesmo visitou-o certa ocasião, tomando na aparência de um homem (Gênesis 18). Abraão teve uma influência profunda no mundo antigo, encontrando-se referências a ele em quase todas as tradições religiosas dos povos do oriente. Ele é chamado oamigo de Deus(Tiago 2:23), ocrente Abraão(Gálatas 3:9) e opai de todos nós(Romanos 4:16). Além de Israel, vários outros povos reivindicam ser descendentes dele. Espiritualmente ele é pai de todos os crentes.
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