Seu nome vem do hebraico a?h?i?ya?h que se traduz “irmão (ou cultuante) de Jeová”.
Aías foi um ilustre profeta da cidade de Siló, onde esteve a “casa do Senhor” desde os tempos dos juízes (Juízes 18:31) e onde também Samuel fora educado (1 Samuel 1:24). Temos relatadas duas de suas profecias.
A primeira foi destinada a Jeroboão, um homem forte, valente e trabalhador, da confiança do rei Salomão, que por isso havia sido promovido a um lugar importante no seu reino (1 Reis 11:28).
Aías se vestiu com uma capa nova e foi se encontrar a sós com Jeroboão, que havia saído de Jerusalém e caminhava por um campo. Diante dele, Aías tirou sua capa nova e a partiu em doze pedaços. Em seguida disse a Jeroboão para tomar dez pedaços, simbolizando que Deus assim rasgaria o reino de Salomão e lhe daria dez tribos (1 Reis 11:29-39).
Isto se realizou pouco depois da morte de Salomão, quando dez tribos se rebelaram contra o seu filho Roboão, por se demonstrar por demais ganancioso e opressor. Jeroboão havia voltado de seu exílio no Egito, para onde havia fugido de Salomão, e foi logo escolhido por essas tribos para ser o seu rei.
Jeroboão reinou sobre as dez tribos durante 22 anos, durante os quais o seu reino degenerou tornando-se uma simples monarquia militar, e havia guerras frequentes contra as duas outras tribos, que mantiveram-se fiéis à dinastia do rei Davi.
Tendo construido santuários em Betel e Dan para que o povo não fosse mais ao templo de Jerusalém, Jeroboão colocou dois bezerros de ouro para serem adorados como símbolos de Deus, e instituiu um novo sacerdócio e nomeava sacerdotes a seu bel prazer.
Um dia, o filho de Jeroboão adoeceu gravemente e ele enviou sua mulher, disfarçada para que não fosse reconhecida pelo povo, até Aías, que já se encontrava velho e quase cego, e lhe pedisse declarasse o que haveria de suceder ao menino (1 Reis 14), e esta então foi a sua segunda profecia.
O Senhor já havia prevenido Aías que a rainha estava a caminho, e o instruiu sobre o que devia lhe dizer. Quando ela chegou, Aías repreendeu-a pelo seu disfarce, e a informou que tinha duras notícias para ela:
Isto tudo se cumpriu, conforme lemos mais adiante.
Aías contribuiu com uma profecia para relatar os atos de Salomão junto com a história de Natã o profeta, e as visões de Ido o vidente (2 Crônicas 9:29), que ficaram nos anais da história de Israel.
Seu nome vem do hebraico she??ma?ya?h que se traduz “Jeová ouve”. Este nome é mais frequentemente usado na Bíblia por sacerdotes, levitas e profetas.
Encontramos profecias feitas por ele na Bíblia em duas ocasiões, ambas concernentes ao reino de Judá.
A primeira profecia de Semaías foi feita quando dez tribos de Israel, revoltando-se contra Roboão, o ungido sucessor de Salomão, escolheram Jeroboão para ser rei em seu lugar (1 Reis 12:21-22).
Roboão convocou as duas tribos remanescentes, Judá e Benjamim, e escolheu delas cento e oitenta mil homens treinados para a guerra para pelejarem contra as demais tribos a fim de que lhe fossem restituídas.
Veio então a palavra de Deus a Semaías, “homem de Deus”, mandando que dissesse a Roboão e ao resto do povo: “Não subireis, nem pelejareis contra vossos irmãos, os filhos de Israel; volte cada um para a sua casa, porque de Mim proveio isto.” Ao ouvir esta mensagem, voltaram todos segundo o seu mandado. (1 Reis 12:24, 2 Crônicas 11:3-4).
Com esta divisão, as dez tribos que se separaram passaram a ser chamadas o “reino de Israel”, algumas vezes chamado de “Efraim” nas profecias. Teve uma sucessão de nove dinastias, e todos os seus reis fizeram o que era mau aos olhos do Senhor. Finalmente, pouco mais de um 2 séculos e meio mais tarde (721 AC), foram conquistados e levados ao cativeiro pelos assírios.
As duas tribos remanescentes ficaram conhecidas como o “reino de Judá”, e continuaram a ser governadas unicamente pela dinastia do rei Davi até que, por sua vez, foram conquistadas por Nabucodonozor em 588 AC, 388 anos depois da separação das tribos.
Quando ficou estabelecido o reino de Roboão, e havendo o rei se tornado forte, ele deixou a lei do Senhor, e com ele todo o Israel. Por causa dessa transgressão, o rei Sisaque do Egito subiu, tomou as cidades fortificadas de Judá, e chegou até Jerusalém com um exército muito poderoso (mil e duzentos carros, sessenta mil cavaleiros, e inumerável gente incluindo líbios, suquitas e etíopes).
Semaías, “o profeta”, então trouxe a palavra do Senhor a Roboão e os príncipes de Judá que se entravam com ele em Jerusalém, que foi: “Vós me deixastes a mim, pelo que eu também vos deixei na mão de Sisaque” (2 Crônicas 12:5).
Mas tendo em seguida Roboão e os príncipes de Israel se humilhado reconhecendo a justiça do Senhor, Ele lhes disse, através de Semaías, que em vista disso não seriam destruídos, mas seriam servos do rei do Egito para que conhecessem a diferença entre a servidão de Deus e a servidão dos reinos da terra.
Sisaque então conquistou Jerusalém, levou os tesouros da casa do Senhor e os tesouros da casa do rei: levou tudo, até os escudos de ouro que Salomão fizera.
Semaías escreveu todos os atos de Roboão nas “histórias de Semaías, o profeta, e de Ido, o vidente, na relação das genealogias”
Seu nome vem do hebraico iddo que se traduz “adornado”.
Teve visões contra Jeroboão (2 Crônicas 9:29), e escreveu sobre Roboão e Abías (2 Crônicas 12:15, 13:22), assim deve ter contribuído para os relatos encontrados no segundo livro de Crônicas.
Não se sabe mais a seu respeito, embora exista a possibilidade de ser o profeta sem nome que denunciou Jeroboão em 1 Reis 13.
Se assim for, veja o relato em “Desobediência Desastrosa”.