Seu nome vem do hebraico gâd que se traduz “sorte”.
Gade foi um profeta, ou vidente, que Deus usou para transmitir mensagens ao rei Davi, escreveu crônicas sobre os atos deste rei, e assistiu na organização dos serviços musicais na “casa de Deus”.
É primeiro mencionado quando foi até Davi, que se encontrava no “lugar forte”, a caverna de Adulão, e lhe disse para não ficar ali, mas que entrasse no território de Judá. Seguindo seu conselho, Davi e seus homens foram até a floresta de Herete. Em seguida, após consultar o Senhor, eles livraram os moradores de Queila dos filisteus que os saqueavam (1 Samuel 22:5, 23:1-5).
Aparece em ação pela segunda vez muitos anos depois, quando do “segundo” grande pecado do rei Davi. Não se sabe exatamente quando, mas provavelmente no intervalo depois que Jerusalém havia sido conquistada e antes que a arca do concerto fosse transferida para lá, o rei Davi pecou mandando Joabe, chefe do exército, recensear o povo. Joabe procurou dissuadi-lo mas não conseguiu.
Terminado o recenseamento, Davi sentiu remorso e confessou o seu pecado ao Senhor, pedindo o Seu perdão, porque havia sido uma tolice de sua parte (2 Samuel 24:1-10).
A palavra do Senhor então veio ao profeta Gade, vidente de Davi, ordenando que fosse a Davi e lhe oferecesse a escolha entre três castigos pelo seu pecado: sete anos de fome em sua terra, três meses de derrotas diante dos seus inimigos, ou três dias de peste em sua terra. Davi decidiu cair nas mãos do Senhor “porque muitas são as suas misericórdias”.
O Senhor enviou a peste, morrendo setenta mil homens entre o povo, mas o Senhor poupou Jerusalém quando, nesse momento, Davi pediu que poupasse o povo, porque o pecado fora dele próprio, e não do povo, e que o castigo viesse sobre ele e a sua casa.
Novamente Gade veio a Davi e lhe disse que levantasse um altar ao Senhor na “eira de Araúna, o jebuseu”, onde a peste havia cessado. Isso fez Davi, e tendo comprado a eira, edificou um altar ao Senhor e nele ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas. Aquela praga então cessou sobre Israel (2 Samuel 24:11-25).
Gade contribuiu com as suas crônicas que, junto com as de Samuel e Natã descrevem “os atos do rei Davi, desde os primeiros até os últimos... com todo o seu reinado e o seu poder e os acontecimentos que sobrevieram a ele, a Israel, e a todos os reinos daquelas terras.” (1 Crônicas 29:30).
Segundo uma ordem vinda do Senhor, junto com Davi e o profeta Natã, Gade “dispôs os levitas na casa do Senhor com címbalos, alaúdes e harpas” e “os levitas estavam em pé com os instrumentos de Davi, e os sacerdotes com as trombetas”. Os três eram profetas. (2 Crônicas 29:25).
Seu nome vem do hebraico nathan que se traduz “dádiva”.
Natã foi profeta do Senhor durante os últimos anos do rei Davi e início do reino de Salomão. Assim como Samuel e Gade, escreveu as crônicas do seu tempo. Na Bíblia ele é mencionado em três ocasiões importantes: no planejamento do templo em Jerusalém, na repreensão do rei Davi pelo seu “primeiro” grande pecado, e no acesso de Salomão ao trono.
Em cerca de 1044 AC o rei Davi, instalado em sua casa de cedro que havia construído em Jerusalém, e descansando de todos os inimigos em redor, sentiu que devia construir um templo para o Senhor também, e consultou o profeta Natã se seria conveniente. Natã de pronto deu-lhe a sua opinião: “ Vai e faze tudo quanto está no teu coração, porque o Senhor é contigo.” (2 Samuel 7:1-3).
Mas não era o que Deus queria, e naquela mesma noite a palavra do Senhor veio a Natã, instruindo-o sobre o que devia dizer ao rei.
Natã relatou a visão e as palavras a Davi: em resumo, Deus prometeu abençoar Davi e estabelecer a sua dinastia perpetuamente, e dar-lhe um filho que o sucederia quando morresse e seria ele que edificaria uma casa ao Seu nome (2 Samuel 7:4-16). Davi imediatamente foi ao tabernáculo, sentou-se perante o Senhor e lhe ofereceu uma comovente oração de ação de graças. (2 Samuel 7:17-29).
Dez anos mais tarde, o Senhor enviou Natã para repreender o rei porque ele havia matado um soldado seu, Urias o heteu, e tomado para si a sua mulher (2 Samuel 12:1-15). Habilmente Natã começou por contar uma parábola que mostrou a Davi o pecado cruel que havia cometido (v. 1-9), e as suas consequências (v.10-12). Davi confessou o seu pecado e o Senhor o perdoou, mas ainda assim teria que sofrer as consequências que lhe viriam da sua própria família.
Natã foi para a sua casa, e depois o Senhor fez adoecer gravemente e morrer o filho que a mulher de Urias, Bate-Seba, havia dado a Davi, apesar das humildes intercessões que Davi fez por ele. Pouco depois, teve outro filho com ela, Salomão (pacífico), o filho que Deus lhe havia prometido anteriormente. O Senhor mandou, através de Natã, que lhe desse o nome adicional Jedidias (amado do Senhor). (2 Samuel 12:16-25).
Quando chegou aos setenta anos o rei Davi já se achava muito debilitado, e o seu filho mais velho, Adonias, aconselhado pelo comandante Joabe e o sumo sacerdote Abiatar, proclamou-se rei em seu lugar. Quando Bate-Seba e Natã contaram isso a Davi, ele ordenou que seu filho Salomão fosse ungido rei no vale de Giom, e assim fez Zadoque, o sacerdote, acompanhado por Natã, o profeta, e Benaías, filho de Jeoiada. “E todo o povo subiu após ele, tocando flauta e alegrando-se sobremaneira, de modo que a terra retiniu com o seu clamor.” (1 Reis 1:1-40).
Ao saber disso, Adonias correu, atemorizado, até o templo e apegou-se às pontas do altar. Isto foi dito a Salomão, e ele declarou: “Se ele se houver como homem de bem, nem um só de seus cabelos cairá em terra; se, porém, se houver dolosamente, morrerá.” Ordenou que retirassem Adonias do altar, e ele veio e inclinou-se perante Salomão, que o despediu com as palavras “Vai para a tua casa.” (1 Reis 1:41-53).
Seu nome vem do hebraico tsâdôq que significa “justo”. Era o filho de Aitube, e foi sumo sacerdote no tempo de Davi (2 Samuel 20:25) e de Salomão (1 Reis 4:4).
É primeiro mencionado quando, ainda jovem, foi ter com Davi em Hebrom, para transferir a ele o reino de Saul, conforme a palavra do Senhor (1 Crônicas 12:23,28)
Ele aparece com Abiatar em diversas ocasiões importantes, por exemplo:
Com os levitas, foi encarregado por Davi para fazer subir a arca do Senhor da casa de Obede-Edem para a tenda que Davi havia aprontado para acomodá-la em Jerusalém (1 Crônicas 15:11)
Levou a arca de volta a Jerusalém quando da saída do rei Davi e seus acompanhantes devido à rebelião de Absalão (2 Samuel 15:24-29).
Recebia mensagens do espião Husai, o arquita, para transmitir suas informações ao rei Davi, durante a rebelião de Absalão (2 Samuel 15: 35-36).
Salomão expulsou Abiatar da sua posição porque havia apoiado Adonias quando este procurou usurpar o trono de Davi, e Zadoque desde então tornou-se o único sumo sacerdote no seu reino porque ficara fiel a Davi (1 Reis 2:27,35, 1 Crônicas 29:22).
Foi Davi que reconheceu Zadoque como “vidente”.
Sobre Jedútum, sabemos apenas que era vidente do rei Davi, cantor e profetizava com a harpa, louvando ao Senhor e dando-lhe graças (1 Crônicas 16:41, 25:3, 2 Crônicas 5:12).