Estamos chegando ao fim do ano e começam os preparativos para o que, para muitos e especialmente as crianças, é a festa mais bonita e agradável do ano - a festa de Natal. No mundo ocidental é a festa que mais contém lendas, folclore, divertimentos, troca de cartões e presentes, enfeites das casas por dentro e por fora, refeições generosas com comidas e bebidas, fortalecimento e renovação de amizades, e um nível de cordialidade acima da média do resto do ano.
O povo, em sua maioria, celebra a festa em si como algo tradicional e bom, e dá pouca ou nenhuma atenção à sua origem, quase apagada pela sombra dos séculos e mesmo milênios que se passaram. Alguns pesquisadores têm publicado seus achados para os que se interessam em livros, revistas e na Internet, e ficam como curiosidades.
Ainda existe, na mente de muitos, uma conexão entre esta festa e o nascimento de Cristo, conexão de tradição milenária e celebrada pela esmagadora maioria das igrejas cristãs. Com esta tradição se desenvolveram lendas e distorções dos acontecimentos relatados nos Evangelhos, amplamente disseminadas. Não vamos examiná-las aqui, pois são muitas, mas se assemelham a uma multiplicidade de outras distorções acrescentadas à Palavra de Deus, como água benta, transformação milagrosa de pão e vinho em carne e sangue, etc.
Em vista disso, o crente, que não deseja se contaminar com o mundo e as obras das trevas, passa seriamente a duvidar se deve participar particularmente dos festejos de Natal e se a sua igreja deve comemorar o Natal como as outras. Vejamos se podemos ajudar a resolver o seu dilema.
Não existe qualquer referência na Bíblia à observação de determinado dia do calendário para celebrar o nascimento do nosso Salvador, tampouco ao uso de uma árvore chamada "Árvore de Natal" nesse dia. São apenas tradições. Aqueles que não querem fazer qualquer coisa que não esteja explicitada na Bíblia usam isto como motivo para se excluírem dos festejos. Como disse o apóstolo Paulo: "Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente" (Romanos14:5 NVI) - assim sendo, e não havendo convicção de que podem fazer algo que não é mencionado na Bíblia, fazem bem em tomar essa atitude.
Mas vamos prosseguir adiante com aqueles que também obedecem a Paulo: "Examinai tudo. Retende o bem" (1 Tessalonicenses 5:21 NVI) e perguntemos, à luz das Escrituras, se existe algum bem em celebrar o Natal e ter uma árvore de Natal em casa, já que não há proibição na Bíblia de fazê-lo.
Um versículo que nos dá uma orientação geral é Filipenses 4:8 "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai". É um versículo tão claro que dispensa exegese. Temos aqui um crivo excelente que a Bíblia nos dá para verificarmos se determinada coisa é o "bem" de que Paulo falava.
Analisemos o dia de Natal, celebrado em sua forma autêntica como ocasião em que lembramos o dia especial em que o Senhor Jesus nasceu entre nós como bebê numa manjedoura em Belém. É verdadeiro? Certamente, embora não se saiba a data certa, portanto pode-se convencionar qualquer data do calendário. É honesto? Sim, pois é honrado, digno. Justo? Sim, considerando o aniversariante. Puro? Sim, se o celebrarmos com pureza de coração. Amável? Também. É de boa fama? Mesmo o mundo o celebra como festa de amizade, algo positivo. Há alguma virtude? Sim, é uma nova oportunidade de falarmos do dom divino para a humanidade pecaminosa, a vinda do Seu Filho unigênito para o mundo. Ao fazermos isto podemos dissipar muitos mitos que existem com respeito ao Seu nascimento, bem como falar do motivo por que veio, e da salvação para todo o que crê. É uma oportunidade singular para pregarmos o Evangelho aos que comparecem à festa na igreja. Há algum louvor? Sim, louvamos a Deus por esse dia. Resposta: é bom o crente celebrar o Natal.
Analisemos a árvore de Natal, de preferência um pinheiro ou outra conífera, naturalmente perfumada, decorada e iluminada. Ela ilustra alguns dos atributos de Jesus Cristo (João 1): Sua eternidade (o pinheiro não tem folhas que caem no outono), Luz que brilha nas trevas (as velinhas), Sua plenitude - graça sobre graça (as bolas e os presentes). Agora, o crivo: É verdadeiro? Sim. É honesto? Sim. Justo? Sim. Puro? Sim. Amável? Sim. É de boa fama? Sim. Há alguma virtude? Sim, uma excelente ilustração. Há algum louvor? Sim, pois nos lembra a louvar ao Senhor Jesus por tudo que Ele representa para nós. Resposta: é bom o crente ter árvore de Natal em casa.
Alguns opõem objeções por causa do uso inapropriado que foi feito no passado, ou seria mesmo feito atualmente, tanto do dia como da árvore. Lembremos que é a maneira em que os usamos que pode ser inadequada ou mesmo pecaminosa, não a data ou a árvore. Aí vem a boa fama, parte do crivo: se, por exemplo, um objeto for a prática do mal, como idolatria, ele poderá falhar no teste - uma imagem de santo, por exemplo. Não conheço qualquer pessoa que hoje de pronto associaria uma árvore de Natal à idolatria que teria sido praticada na antigüidade entre as tribos primitivas dos países nórdicos. Qualquer associação dessas é forçada por quem se deu ao trabalho de pesquisar o que se fazia na antigüidade. Não é de hoje.
Finalmente, as árvores figuram bastante nas Escrituras, a principal sendo a árvore da vida que aparece no princípio (Gênesis 2:9) e no fim (Apocalipse 22:19) e outra, a fatal árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:9,17). Ambas boas, pois tudo que Deus fez foi bom, mas a segunda trouxe conseqüências más por causa do mau uso feito pelo homem. O Senhor Jesus foi colocado numa manjedoura quando nasceu, talvez de madeira, foi carpinteiro por profissão, e deu sua vida numa cruz de madeira…
"Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz" (Romanos 14:6 NVI).
Mateus 1:18 a 2:12
18 ¶ Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo.
19 Então, José, seu marido, como era justo e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente.
20 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o nome de JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor pelo profeta, que diz:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de EMANUEL. (EMANUEL traduzido é: Deus conosco).
24 E José, despertando do sonho, fez como o anjo do Senhor lhe ordenara, e recebeu a sua mulher,
25 e não a conheceu até que deu à luz seu filho, o primogênito; e pôs-lhe o nome de JESUS.
1 ¶ E, tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém,
2 e perguntaram: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no Oriente e viemos a adorá-lo.
3 E o rei Herodes, ouvindo isso, perturbou-se, e toda a Jerusalém, com ele.
4 E, congregados todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, perguntou-lhes onde havia de nascer o Cristo.
5 E eles lhe disseram: Em Belém da Judéia, porque assim está escrito pelo profeta:
6 E tu, Belém, terra de Judá, de modo nenhum és a menor entre as capitais de Judá, porque de ti sairá o Guia que há de apascentar o meu povo de Israel.
7 Então, Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera.
8 E, enviando-os a Belém, disse: Ide, e perguntai diligentemente pelo menino, e, quando o achardes, participai-mo, para que também eu vá e o adore.
9 ¶ E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela que tinham visto no Oriente ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino.
10 E, vendo eles a estrela, alegraram-se muito com grande júbilo.
11 E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra.
12 E, sendo por divina revelação avisados em sonhos para que não voltassem para junto de Herodes, partiram para a sua terra por outro caminho.
Lucas 2:1 a 20
1 ¶ E aconteceu, naqueles dias, que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse.
2 (Este primeiro alistamento foi feito sendo Cirênio governador da Síria.)
3 E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade.
4 E subiu da Galiléia também José, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi chamada Belém (porque era da casa e família de Davi),
5 a fim de alistar-se com Maria, sua mulher, que estava grávida.
6 E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz.
7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
8 ¶ Ora, havia, naquela mesma comarca, pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho.
9 E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
10 E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo,
11 pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor.
12 E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.
13 E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo:
14 Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens!
15 E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos, pois, até Belém e vejamos isso que aconteceu e que o Senhor nos fez saber.
16 E foram apressadamente e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura.
17 E, vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita.
18 E todos os que a ouviram se maravilharam do que os pastores lhes diziam.
19 Mas Maria guardava todas essas coisas, conferindo-as em seu coração.
20 E voltaram os pastores glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia sido dito.