Por causa do ensino generalizado das teorias da evolução a partir do curso primário, e da sua aceitação quase que generalizada no meio científico, torna-se cada vez mais difícil conseguir a aceitação das doutrinas do Evangelho num mundo materialista, humanista e ateu.
Muitos cristãos se satisfazem com a sua simples fé. Dizem: “para mim se a criação realmente se deu em seis dias, uns seis milênios atrás, ou gradativamente através de bilhões de anos, não importa: eu me satisfaço com minha fé em Cristo, que me trouxe a salvação”. Infelizmente muitos deles não cuidam em ter a “mente de Cristo” (1 Coríntios 2:16) e declaram que não se deve misturar a fé com a ciência. Em conseqüência, aceitam sem protesto a interpretação dada pelos ateus aos fatos da “natureza”, e descuidadamente aquiescem aos seus argumentos que levam a uma negativa da existência de Deus. É a substituição da fé cristã pela fé evolucionista.
Sem dúvida quem está disposto a confiar plenamente em Deus e na Sua Palavra merece elogios (2 Tessalonicenses 1:3-4, 10, etc.) e, afinal, “sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hebreus 11:6). Mas a verdadeira fé nunca contrariou a evidência dos fatos, ou seja, não é cega. Quem sabiamente aceita a Palavra de Deus como sendo a suprema verdade, inspirada pelo Espírito Santo, fica tranqüilo frente às descobertas feitas pela ciência no mundo em que vivemos e no universo que nos rodeia, encontrando nelas evidências concretas da infinita sabedoria de Deus em Sua criação, e vê nelas a mão soberana de Deus em toda a Sua magnificência.
O crente deve estar sempre disposto e preparado para fazer a defesa da sua fé perante os incrédulos, atitude que requer um conhecimento inteligente das doutrinas do pecado e da salvação, e habilidade em defendê-las com mansidão, isto é, evitando o dogmatismo cego e uma petulância agressiva que são indicadores de falta de convicção própria. Sobretudo, temendo a Deus, pois é Seu servo (1 Pedro 2:18). O Senhor Jesus confirmou o mandamento: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu... entendimento” (Mateus 22:37). Este é o dever de todo o crente, e o apóstolo Paulo declarou: “as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas; derribando raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência a Cristo” (2 Coríntios 10:5).
É muito importante saber que a mente cristã e a do incrédulo pensam de maneira diagonalmente oposta sobre coisas fundamentais, e o crente tem que se armar poderosamente com o que Deus lhe pode suprir. Não é só o conhecimento crescente sobre a Palavra de Deus, mas também o conhecimento das obras de Deus vistas na natureza e descobertas por pesquisadores e cientistas. Longe de desmentir a revelação da Bíblia, elas dão cada vez mais evidência comprovadora da sua legitimidade, permitindo assim “derribar raciocínios e todo baluarte que se ergue contra o conhecimento de Deus”. O cristão não deve ter medo de acompanhar as descobertas da ciência. Há um número crescente de historiadores “seculares” que estão reconhecendo que foram os princípios cristãos que deram impulso aos avanços imensos nas áreas científicas e sociais nos últimos séculos. Um autor atual argumentou que a principal contribuição da cristandade foi a “razão”, que é o “entendimento” desse mandamento em Mateus.
Para milhões de almas que, desde a infância, foram ensinadas as teorias da evolução como sendo realidades comprovadas, que de fato nunca foram, é preciso piedade: “apiedai-vos de alguns que estão na dúvida, e salvai-os, arrebatando-os do fogo” (Judas v. 22). Não é preciso ser cientista para discernir muitas das suas grandes falhas, pois são evidentes a um observador não contaminado por elas, ainda mais se ele crer em Deus, tiver a “mente de Cristo” e conhecer bem as Escrituras.
Mas aos que estão imersos no evolucionismo, dos quais a grande maioria nunca aprendeu outra coisa, é geralmente preciso apresentar provas convincentes. Eles querem “ver para crer”, o que não é de surpreender: o apóstolo Tomé precisou ver o Senhor ressuscitado, não acreditando na palavra dos demais apóstolos (João 20:29); quando o “outro discípulo” entrou no túmulo e o viu vazio, ele creu na ressurreição (João 20:8); o procônsul Sérgio Paulo, “um homem inteligente”, creu quando viu Elimas “o encantador” ser cegado pelo apóstolo Paulo (Atos 13:12).
O homem de Deus pode se preparar para o combate contra o ateísmo diabólico armando-se com as evidências inegáveis que nos são apresentadas por cientistas esclarecidos e corajosos, que confirmam a veracidade do relato bíblico e desvendam os logros cometidos pelos evolucionistas. A quantidade destes logros é muito grande, mas veremos aqui apenas alguns exemplos entre os mais importantes, como subsídio.
Ninguém pode provar cientificamente a origem do mundo e do universo. Para isso teria que ser possível reproduzir o acontecimento em laboratório, ou por fórmulas matemáticas aceitáveis com o auxílio de computadores. Mas não é. Dispomos de apenas uma testemunha que esteve presente e que nos deixou o Seu relato por escrito. Esta testemunha declara ter sido Ele próprio, o Criador de tudo, e o Seu mantenedor. Podemos acreditar no que Ele nos diz?
Essa testemunha é o próprio Deus onipotente, Espírito eterno que enviou o Seu Filho Unigênito para viver entre nós por cerca de trinta anos, dois milênios atrás. Todas as maravilhas da criação, em nosso planeta e no universo, atestam um planejamento coordenado e uma execução perfeita muito acima de qualquer inteligência humana, como as descobertas em pesquisas realmente científicas comprovam dia-a-dia. Logo, a ciência verdadeira tem a necessária prova da existência desse Ser criador.
O relato da Testemunha, contido em nossa Bíblia, não é menos surpreendente e maravilhoso, pois embora escrito através de mãos humanas através de vários séculos, milênios atrás, manteve uma coerência e atualidade espirituais como em nenhum outro livro, provando não ser produto da inteligência humana. O seu sucesso foi tal, que sua produção excedeu em muito a de qualquer outro livro, e já foi traduzido em quase todos os idiomas escritos, e mesmo falados. Nenhum outro livro teve tão grande influência sobre a humanidade.
Embora a Bíblia descreva fatos ocorridos na remota antigüidade, aqueles cujos vestígios ainda estão ao alcance da arqueologia foram em grande parte confirmados, inclusive os nomes de pessoas neles envolvidas. Merece, portanto, toda a nossa credibilidade. O Supremo Autor só nos diz a verdade. Porque então pôr em dúvida o que Ele nos conta sobre a origem do universo, da terra e do ser humano? Essa informação dá as respostas para nossas perguntas e é imprescindível para explicar o nosso relacionamento com Ele.
As teorias da evolução são formuladas sobre a premissa que não existe um Criador, portanto tudo que nos rodeia, e nós próprios, seríamos produto do incompreensível surgimento da matéria a partir do nada. O caos resultante seria ordenado mediante leis “naturais” sem um Legislador, haveria evolução da matéria para adquirir vida própria sem uma Fonte, e a matéria viva seria automaticamente ordenada em células capazes de se alimentar, reproduzir, formar organismos cada vez mais complexos, até chegar ao homem, cujas células unidas e especializadas podem inexplicavelmente formar imagens e pensamentos abstratos.
Qualquer estatístico poderá calcular que as probabilidades disto acontecer na realidade são nulas. A matemática, portanto, confirma que as teorias da evolução são inviáveis. Não obstante, em sua insistência de negar a existência de Deus, os evolucionistas perseveram com essas teorias, e as mudam freqüentemente na medida em que os cálculos e as descobertas desmentem as suas premissas. Procurando dar alguma credibilidade à evolução, eles esticam o tempo em que a ordenação e a transformação da matéria, e a formação e evolução da matéria viva teria ocorrido para abranger períodos astronômicos. Afinal, o infinito lhes dá tempo de sobra...
Até agora nenhuma evolução dos seres vivos foi comprovada. Os fósseis apenas provam que houve um grande cataclismo na terra tempos atrás, em que os animais morreram e logo após foram cobertos por camadas de lama, terra e rochas. Sabemos que isto aconteceu no dilúvio. A flora e fauna atualmente existente podem ser identificadas com grande parte das espécies de fósseis, faltando algumas espécies que provavelmente não resistiram à ação do tempo.
Em conseqüência do pecado do homem, Deus amaldiçoou a criação (Gênesis 3:17, 5:29, Romanos 8:22). Os animais, antes pacíficos, pois tudo era bom, começaram a se agredir e algumas espécies se tornaram carnívoras. A morte veio sobre os animais assim como veio sobre os homens. Houve adaptação, que foi parte das excelentes propriedades com que foram originalmente criados, e transferência e perda de qualidades por causa da degeneração resultante da maldição. Isto é confirmado pela ciência.
O estudo do DNA das células vivas, feito intensivamente em nossos dias, dá evidência incontestável que todo ser vivo tem um código de construção muito sofisticado, desde os micróbios até o ser humano. O código pode se deformar, perder ou mesmo ter seus elementos substituídos por ação natural ou humana, mas ainda não foi encontrada uma ocorrência sequer da fabricação espontânea de um elemento novo, por mais que seja procurada pelos evolucionistas, o que seria essencial para uma confirmação das suas teorias.
Os evolucionistas pensaram ter achado duas poderosas armas para defender suas teorias: o cálculo da idade das coisas na terra pelo carbono, e o cálculo da idade dos astros em função da velocidade da luz. São dogmas que criaram e convenceram muita gente. Mas a verdadeira ciência tem demonstrado sérias falhas em ambas as medidas, havendo outras alternativas teóricas e matemáticas que, ao contrário delas, confirmam que a terra e o universo podem ter sido formados tão recentemente como os seis milênios bíblicos. As explicações são de ordem muito especializada, de difícil leitura e compreensão para os leigos, por isso não vou dá-las aqui.
No entanto, para os interessados que conheçam o idioma inglês, recomendo que procurem os seguintes excelentes sites usados por renomados cientistas cristãos: http://creation.com e http://www.answersingenesis.org/. O primeiro é da Austrália e o segundo dos EUA, com representações em vários países, em inglês e outros idiomas, inclusive espanhol, mas faltando o português.