Os mórmons baseiam toda a sua doutrina no que chamam de livro sagrado de Mórmon, e no seu livro das Doutrinas e Alianças, a despeito do fato que a Palavra de Deus contida na Bíblia está completa, e qualquer nova "revelação" deve ser anátema (João 12:48, Gálatas 1:8, I Tessalonicenses 2:13, Apocalipse 22:18-19).
O livro de Mórmon foi ditado, segundo dizem, por detrás de uma cortina, por um indivíduo chamado Joseph Smith (analfabeto e de má reputação) primeiramente a Martin Harris e depois a Oliver Cowdery, todos norte-americanos. Joseph Smith alegou que um anjo mostrou-lhe onde estavam enterradas umas tabuinhas de ouro escritas em língua desconhecida, e que lhe deu dois cristais, que ele chamou de Urim e Tumim, mediante os quais ele podia ler em inglês o que nelas estava escrito e isto foi o que ele ditou. Terminado o ditado, disse ele, as tabuinhas e os cristais foram levados pelo anjo, de forma que ninguém mais os viu senão ele.
O livro das Doutrinas e Alianças contem, entre outras coisas, uma nova "revelação" que Joseph Smith disse ter recebido, justificando sua poligamia.
Joseph Smith fundou a "igreja" de Mórmon, declarando-se vidente, tradutor, profeta, apóstolo de Jesus Cristo, e ancião da Igreja. Seu fim foi trágico: uma vez, com seu cúmplice chamado Rigdon (um charlatão que começou como pastor batista) teve que fugir da polícia por ter obtido dinheiro fraudulentamente emitindo ações de um banco inexistente. Após mais logros o principal dos seus acompanhantes ameaçou denunciá-lo, o que deu início a uma briga resultando em seu aprisionamento. A multidão, enfurecida, invadiu a prisão e o matou. Infelizmente isso deu aos seus acompanhantes a oportunidade de declarar que ele fora martirizado!
As mais repugnantes "interpretações" são dadas aos fatos e doutrinas bíblicas (comp. II Timóteo 3:16-17, II Pedro 1:21, 2:1-3,10, 3:14-18). Por exemplo, ensinam que Deus é um homem exaltado, sempre melhorando, mas nunca perfeito, feito de carne e ossos como nós; Joseph Smith insistia que Deus o Pai viveu no mundo, assim como Jesus Cristo, e seu sucessor Brigham Young, ainda mais venerado que ele pela "igreja", esclarece que Adão é Deus, o supremo Deus. E muito, muito mais desse gênero.
Para eles, que gostam de se chamar "igreja dos santos dos últimos dias", todas as igrejas cristãs são anátema (invertendo o que a Palavra de Deus chama sua doutrina - comparar com Lucas 18:11, João 9:41, II Coríntios 10:12, Colossenses 2:18-19; II Timóteo 2:19, 3:1-9); eles se consideram a única igreja de Deus, à qual todas as nações devem se submeter. Segundo eles, todas as igrejas ensinam doutrina falsa e estão debaixo da maldição de Deus.
Segundo informações dadas por pessoas que conheciam Joseph Smith desde sua infância, ele não só era um mentiroso destituído de consciência, mas também usava de um linguajar sórdido e se comportava com uma indecência indescritível. Fugindo dos agentes da lei que o procuravam por causa das suas fraudes, ele se instalou fora do alcance deles no estado de Illinois, e ali tomou para si diversas "esposas" (Comp. Malaquias 2:15, Mateus 19:4, I Timóteo 3:2, Tito 1:6).
Sendo já fundador e líder da sua "igreja", ele justificou sua atuação mediante uma "revelação" conveniente, nauseante em seu conteúdo. Quando morreu, Brigham Young, que se denominava "o maior dos doze apóstolos" excomungou seu comparsa Rigdon, e fugiu com os membros da "igreja" em 1847 para o estado de Utah (naquele tempo pertencente ao México) para escapar das leis dos Estados Unidos, contrárias à poligamia e outras práticas.
Eles se estabeleceram em Salt Lake City, e Brigham Young morreu em 1877 deixando uma fortuna imensa, 17 esposas e 56 filhos e filhas. Quando Utah passou a pertencer aos Estados Unidos, eles tiveram que se submeter às suas leis, mas a poligamia ainda faz parte de suas doutrinas, e muitos a praticam, mesmo às escondidas nos países onde as leis não a permitem.
No mormonismo existem dois elementos que obrigam seus seguidores a não deixá-lo, sendo misticismo o primeiro (comp. 2 Timóteo 4:4). Cada Mormon veste o que chamam de vestidura dotal, contendo algarismos e símbolos de coisas muito importantes para ele. Ele recebe esta vestidura depois de participar de cerimônias secretas em seu templo, e os mórmons não ousam divulgar os segredos que lhes são ensinados ali (João 3:19, Romanos 13:12, Efésios 5:12-13).
Depois do misticismo este é o segundo elemento: uma das suas muitas doutrinas falsas consiste em dizer que ninguém pode ser salvo se não for batizado por eles, e que as almas dos mortos podem ser "libertadas" mediante o batismo de uma pessoa viva em seu lugar (Comp. Hebreus 9:27)! Muitas de suas doutrinas, inclusive esta, só é ensinada à medida que o novato vai progredindo em seu discipulado, durante o qual seus mentores o submetem a juramentos e obrigações religiosas e materiais dos quais ele dificilmente poderá escapar. É uma autocracia religiosa por parte dos seus sacerdotes que comandam tanto a vida religiosa, como a vida secular, dos que a ela pertencem.