A história da humanidade é um assunto muito complexo e que tem sido pesquisado através dos tempos para satisfazer a curiosidade humana, especialmente quanto às suas origens, e dela tirar lições de conduta e obter explicações para a atualidade.
Os historiadores que não conhecem ou não confiam naquilo que Deus revela em Sua palavra, estão sempre sujeitos a graves erros e enganos por falta de uma suficiência de provas concretas da maior parte do que se encontra disponível. Fazem deduções em função de relatos encontrados em monumentos, sepulturas e bibliotecas em ruínas antiquíssimas ou em outros vestígios e informações ainda menos confiáveis. Frequentemente têm teorias preconcebidas e procuram indícios para confirmá-las, rejeitando os que poderiam provar o contrário.
Mas a Bíblia consiste na revelação da verdade da história que mais interessa à humanidade. Foi toda inspirada aos homens escolhidos por Deus para escrever os seus livros pelo Espírito Santo, conhecedor e testemunha fiel de todos os fatos históricos. Assim não revela todos, e seria humanamente impossível registrar a sua totalidade, mas escolheu aquilo que precisamos para nossa instrução, conhecimento e sabedoria, por exemplo:
Através do sábio Salomão o Espírito Santo nos diz que “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento; mas os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução” e nos manda “Aplica o teu coração à instrução, e os teus ouvidos às palavras do conhecimento” (Provérbios 1:7 e 23:12).
Inspirou também o consagrado profeta Isaías a escrever: “Assim diz o SENHOR, o teu Redentor, o Santo de Israel: Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te ensina o que é útil, e te guia pelo caminho em que deves andar” (Isaías 48:17). São as palavras de "YHWH", Deus o Filho, a segunda pessoa da Trindade (leia AQUI).
No Novo Testamento o Espírito Santo confirma através de Pedro que os indoutos e inconstantes torcem as Escrituras para sua própria perdição (2 Pedro 3:16).
De toda a história da humanidade, a Bíblia registra os fatos que mais concernem ao relacionamento do ser humano com o seu Criador, desde a sua criação até a previsão do seu futuro já determinado por Deus. Vamos aqui focalizar em um deles:
Passados os primeiros dezessete séculos depois da criação do primeiro casal humano, houve a extinção de toda a humanidade então existente com um dilúvio que cobriu toda a terra, salvando-se apenas uma família de oito pessoas: Noé, sua esposa, seus três filhos e suas esposas. Esse cataclismo durou quarenta dias e ao fim desse período toda a terra estava debaixo d'água. Foram cobertas as montanhas de Ararate (que atualmente se elevam a 5.185 metros de altitude), provavelmente as mais altas daquele tempo. Foi um dilúvio de proporções universais: há mais de 270 narrativas diferentes do dilúvio, vindas de todas as partes do mundo.
Um dos eventos mais marcantes na história da humanidade na antiguidade, depois do dilúvio, aconteceu em Babel. Babel é um nome que veio a significar“confusão”, e ilustra a rebeldia da humanidade contra Deus: havendo sido instruídos a encher a terra (Gênesis 9:1), cerca de um século após o dilúvio os descendentes de Noé partiram para o ocidente, instalaram-se em uma planície entre os rios Tigre e Eufrates e decidiram construir uma cidade e uma torre até os céus, para tornarem-se célebres e evitar que fossem espalhados por toda a terra (Gênesis 11:1-9).
No vale entre os rios Tigre e Eufrates têm sido encontradas diversas ruínas de torres de tijolos construídas milhares de anos atrás semelhantes à torre de Babel - são chamadas zigurates pelos arqueólogos. Sua construção é sólida, em forma de funil, com uma passagem externa dando voltas até o cume onde fica um altar para sacrifícios. Decerto a torre de Babel foi sua precursora, servindo de modelo para as que foram construídas depois.
Ela não só externava a atitude arrogante, rebelde, da humanidade contra Deus, mas também era um símbolo religioso, como os zigurates que a copiaram, onde o povo adorava o sol, a lua, e as estrelas (Ninrode, bisneto de Noé, e sua esposa Semíramis vieram a ser endeusados e representados pelo sol e a lua na religião babilônica e outras que dela derivaram).
Como todos falavam o mesmo idioma, com a inteligência e os recursos naturais que tinham e o desejo de se engrandecerem, o seu progresso seria rápido no caminho da autossuficiência e conforto material, fazendo tudo o que desejassem - e o seu coração continuava mau, rejeitando o seu Criador.
Em seguida vemos a mão de Deus intervindo misericordiosamente na vida daquela população pioneira, para evitar uma rebelião da humanidade ali reunida cujo resultado seria sua fatal eliminação. O SENHOR introduziu uma barreira, que se provou muito eficaz para frear o progresso da humanidade: Ele confundiu a linguagem de cada um, de forma que não podiam se entender entre si - uma espécie de dom de línguas sem haver intérprete! Como resultado, a humanidade se dividiu e se dispersou sobre a face da terra, e a construção da torre foi interrompida para sempre.
Ainda hoje os idiomas separam os povos, e a divisão deu origem às culturas diferentes, várias características físicas, e à multiplicidade de religiões que agora existe. Outros vestígios globais, tais como a localização de utensílios primitivos de pedra e os fósseis humanos também fazem sentido à luz da história bíblica.
A Bíblia nos leva a um esclarecimento da história bem diferente ao que apresentam os adeptos das teorias evolucionistas e a torre de Babel é claramente o ponto de partida adequado para a compreensão da história humana e das muitas diferenças em nosso mundo. Vejamos, por exemplo:
Civilizações: Ao redor do globo, encontramos vestígios de antigas civilizações que brotaram logo depois de Babel. O padrão não é de estranhar. Depois do dilúvio, haveria demora para as florestas crescerem e para o povo redescobrir os recursos naturais. Os primeiros que deixaram Babel teriam usado qualquer material que encontrassem. Mas logo depois poderiam construir novas civilizações notáveis com o conhecimento que tinham.
Idiomas: Em Babel, Deus criou idiomas diferentes — aparentemente dezenas deles. Ao longo do tempo, essas línguas transformaram-se em milhares de línguas e dialetos conhecidos hoje. No entanto, todos os idiomas modernos ainda seguem os padrões das “famílias” de línguas originais que Deus criou em Babel. Cada “família” é diferente, como se tivesse aparecido repentina e separadamente e não lentamente de uma língua comum.
Genes: Os genes dos seres humanos vivos são extremamente semelhantes, variando pouco de região para região. Isto não é surpreendente, dado ao pouco tempo desde a criação e o dilúvio, o pequeno número de pessoas que sobreviveram ao dilúvio, e a dispersão recente da humanidade de Babel. Comparando-se os genes das populações modernas, os cientistas podem até mesmo reconstruir a história das variações genéticas em linhas gerais, à medida que as populações originais se espalharam de Babel.
Religiões: Os primeiros registros da história da humanidade, que são preservados na Bíblia, mostram que a humanidade sempre rejeitou a Palavra de Deus. Começando com Adão e Eva, ela optou por desobedecer a ordem clara de seu Criador. As religiões modernas não são diferentes, inventam mitos para substituir o verdadeiro relato da semana da criação e do dilúvio de Deus no tempo de Noé. No entanto, Deus tem preservado uma linha de seguidores que pregam fielmente Suas advertências de julgamento e Suas promessas de bênção.
Tons da pele: Todas as pessoas na terra, hoje, são descendentes dos três filhos de Noé. Em apenas poucas gerações depois de Babel, as mutações e combinações diferentes de informação genética anteriormente existente resultaram em grupos de povos distintos, cada um com diferenças superficiais, como tons de pele e formas de olho diferentes. Porque as diferenças são tão pequenas, os grupos de pessoas devem ter se dividido muito recentemente.
Ferramentas de pedra: De maneira consistente encontramos evidência de que as pessoas primeiro moravam em cavernas feitas com ferramentas de pedra antes de construírem as cidades. Isso faz sentido, pois os imigrantes de Babel primeiro encontravam um abrigo provisório e faziam utensílios de qualquer material disponível, depois descobriam minérios e construíam as cidades.
Fósseis humanos e os de macacos: Normalmente são encontrados fósseis de diversos macacos extintos, enterrados em camadas de rocha abaixo de fósseis humanos. Esse padrão faz sentido segundo o relato da Bíblia sobre Babel. Os macacos se espalharam e encheram a terra depois do dilúvio, enquanto os seres humanos se amontoavam em Babel: muitas gerações de macacos viveram, morreram e foram fossilizados antes que os seres humanos chegassem em cena. Na verdade, um grande número de mamíferos parece ter florescido e, em seguida, sido extinto durante os anos logo após o dilúvio, enquanto os seres humanos permaneciam em Babel.
A humanidade agora está novamente se reunindo em torno de um idioma - o inglês - propulsionada pela ciência e a cibernética, possivelmente outro sinal de que o fim desta era está próximo.
Não podemos deixar de lembrar da segunda vez em que Deus interferiu na linguagem humana: foi no dia de Pentecostes e nas três outras ocasiões em que a Bíblia ensina que os primeiros componentes da igreja de Cristo desses quatro grupos iniciais passaram a falar nos idiomas das outras pessoas ali presentes (eles não falaram em língua desconhecida, como querem alguns): o oposto ao que aconteceu em Babel.
É como se Deus estivesse dizendo "tenho boas notícias para lhes dar em sua própria língua". Isto é o que Ele tem feito, e hoje a Bíblia já foi traduzida em mais línguas do que qualquer outro livro, incluindo centenas de idiomas de tribos primitivas. O Evangelho é para toda a humanidade, e o dom de línguas teve por finalidade mostrar que a confusão de línguas de Babel, tem agora seu remédio na união dos que são salvos mediante a redenção que há em Cristo. “...Vi, e eis grande multidão... de todas as nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro...” (Apocalipse 7:9).