Creio que a maior parte dos meus leitores aceita a grande e fundamental doutrina da Divina inspiração e autoridade das Epístolas do Novo Testamento. Concordamos em que esses ensinos apostólicos são "os mandamentos do Senhor" para as igrejas e para os crentes individualmente (1ª Coríntios 13.37). Os tais mandamentos tratam de muitos assuntos – alguns fundamentais, outros secundários, porém necessários; contudo, TODOS são "mandamentos do Senhor", para serem obedecidos pelo Seu povo.
Infelizmente, vemos nas igrejas uma crescente desobediência a certos ensinos apostólicos, e a desculpa apresentada é que os tais ensinos são meramente "as opiniões de Paulo (ou de Pedro)" e que "hoje em dia a gente pensa de outro modo"… Ora, tal desculpa da parte dum assim chamado "crente" é tanto vergonhosa como inválida. Além do fato de as meras opiniões de Paulo (se realmente assim fosse) valerem infinitamente mais do que os pensamentos hodiernos, sabemos muito bem que os ensinos apostólicos néo testamentários não são somente "pensamentos" ou "opiniões" particulares, e sim, os mandamentos do Senhor, formando "a fé uma vez dada aos santos" (Judas 3). Seria legitimo (embora um pouco atrevido!) discordarmos de u'a mera opinião de Paulo, mas a desobediência a um mandamento do Senhor constitui pecado – e "aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado" (1ª João 3.9).
Uma palavra divina dada pelo apóstolo, mas comumente desobedecida, se acha em Romanos 13.8: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor…" O costume quase universal de comprar tudo a prestações, é desobediência a este mandamento. O resultado é que muitos crentes pouco têm a dar para o trabalho do Senhor, visto que o seu salário inteiro vai no pagamento das prestações mensais – mobília, televisão, roupa, piano, etc. Nada possuem que seja realmente seu, e ficam endividados para sempre!
Notemos agora a palavra apostólica em 2ª Co 6.14-15: "Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos…" Eis um mandamento claro, porém quantas vezes desobedecido – nas sociedades, nos casamentos; e o resultado é fracasso material e espiritual.
Há alguns anos, as igrejas tinham dificuldade com mulheres que, seguindo a moda mundana, se privavam da sua "glória" natural, a "mantilha" do cabelo comprido (1ª Coríntios 11.15). Hoje esse costume quase cessou, pelo menos entre as moças (pois não é mais a "moda"!), porém vemos que alguns moços estão seguindo a "moda" popularizada pelos "hippies" americanos e os "Beatles" ingleses, de ter os cabelos tão compridos que dificilmente podemos distinguir entre moços e moças. Desconhecem, ou desprezam, a palavra apostólica em 1ª Coríntios 11.14, ou a de 1ª João 2.15-17?
Finalmente, em 1ª Timóteo 2.8-10 e em 1ª Pedro 3.1-4, 7, temos palavras para mulheres e homens – não as opiniões de Paulo solteiro e Pedro casado, mas sim os ensinos de DEUS, cuja palavra "permanece para sempre" (Isaías 40.8; 1ª Pedro 1.25). "A Tua palavra é a verdade" (João 17.17).