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Jogos de Azar

Um cristão pode ser dono de uma Casa Lotérica?

De uma maneira geral, o cristão tem plena liberdade de escolha sobre o que vai fazer na vida, desde que não esteja prejudicando o próximo ou infringindo a lei. Por outro lado, o cristão está submisso ao seu Senhor e Salvador Jesus Cristo, e não vai fazer aquilo que não seja da Sua vontade.

Logo, o primeiro passo é perguntar-se, quando em dúvida: "em meu lugar o que faria o Senhor Jesus?" Paulo adverte: "Tudo é permitido, mas nem tudo convém. Tudo é permitido, mas nem tudo edifica. Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros" (1 Coríntios 10:23), e nos dá um crivo excelente para verificarmos o "bem" de tudo o que contemplamos fazer: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filipenses 4:8). Procure ver, honestamente, se ser dono de uma Casa Lotérica passa por essa peneira:

  1. É verdadeiro? A Casa Lotérica consegue vender seus bilhetes mediante uma ilusão: que um deles poderá ganhar um prêmio para compensar o gasto. Na realidade, pela lei das probabilidades, a possibilidade é mínima, virtualmente nula. Essa ilusão, portanto, é uma mentira. É honesto? O dono da Casa Lotérica lucra com a insensatez dos jogadores e o seu engano.

  2. É justo? A maioria dos que compram bilhetes provavelmente conhecem os riscos e estão resignados a perder. Mas haverá muitos que adquirem o vício e, na esperança de ganharem muito, sofrem, bem como suas famílias, pobreza e desilusão por jogarem o que têm no azar. O dono da Casa Lotérica contribue para isso, ao facilitar o jogo.

  3. É puro? Não, pois é baseado em falsas esperanças.

  4. É amável? Não merece afeto, amor, nem é digno de ser amado; muito ao contrário, a Casa Lotérica é algo para ser detestado.

  5. É de boa fama? Desde crianças, nas boas famílias e nas boas escolas somos ensinados a não nos aproximar dos lugares onde se pratica o jogo de azar, inclusive a Casa Lotérica, por causa da ruína moral que nos pode advir. Sem dúvida, não é de boa fama.

  6. Há alguma virtude, algum louvor? Não me ocorre que possa haver algum. Talvez traga ao seu dono a oportunidade de maiores ganhos financeiros, mas "Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros".

Ser dono de uma casa lotérica não tem como passar pela peneira, logo, não convém nem edifica ao cristão adquirir uma para si.

2. Peço que me dêem respaldo bíblico a respeito de jogos de azar. Como posso orientar alguém a não jogar, seja em jogos de bicho, loterias (federal e outras)?

Por jogos de azar compreendemos aqui a compra de bilhetes de loteria, bilhetes instantâneos, eletrônicos, ou em máquinas, jogos de cartas, dados ou dominós por dinheiro, jogos de cassino, apostas em eventos esportivos como "jogo do bicho", corridas de cavalos ou outros animais, e muitas outras atividades. Arriscar seu dinheiro ou valores com a esperança de ganhar mais do que está arriscando também é jogo de azar. A Bíblia não menciona a participação em jogos de azar diretamente, mas alguns princípios bíblicos são perfeitamente aplicáveis a essa atividade:

  1. A soberania de Deus sobre a vida (Mateus 10:29-30). Participar em jogos de azar é tentar a sorte para conseguir benefícios, ao invés de confiar na provisão de Deus. É insulto a Deus.
  2. O trabalho deve ser a fonte de sustento do cristão (Efésios 4:28). O cristão deve trabalhar para que também tenha o que repartir com quem estiver em necessidade. Participar em jogos de azar é uma atitude de querer algo sem pagar nada, ou muito pouco.
  3. Ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro (Mateus 6:24–25). Participar em jogos de azar promove o materialismo, ganância e o egoísmo.
  4. Não cobiçar o que pertence ao próximo (Êxodo 20:17). Os jogos de azar caracterizam essa cobiça.
  5. Uma das bases da ética cristã é o trabalho, tanto para a obra de Deus como para o sustento próprio do crente (Colossenses 3:23–24 e 2 Tessalonicenses 3:7,10). Essa ética compreende o hábito de trabalho disciplinado, prudência e economia nas despesas, apego à rotina, e um relacionamento claro entre esforço e recompensa.. Quem participa de jogos de azar vai romper essa ética.
  6. O crente deve ter cuidado dos seus e principalmente dos da sua família. Se não o fizer, ele terá negado a sua fé e é pior do que o infiel (1 Timóteo 5:8). O jogo destrói famílias, sendo a maior causa da sua negligência pelos pais. O dinheiro gasto em jogos de azar freqüentemente não é capital de risco, mas é receita que deveria ser gasta nas necessidades da família. Os pais devem prover para o sustento dos filhos (2 Coríntios 12:14) e comer o pão do seu trabalho (2 Tessalonicenses 3:12).
  7. A liberdade do cristão não deve ser de alguma maneira escândalo para os fracos (1 Coríntios 8:9). Embora um cristão se sinta seguro de si próprio, a sua participação em jogos de azar pode estimular outro, mais fraco, a fazer o mesmo e eventualmente arruinar a sua vida.

Concluindo, o cristão deve abster-se de toda a aparência do mal (1 Tessalonicenses 5:22). Participar em jogos de azar leva muitos ao vício do jogo, de conseqüências catastróficas para o viciado e a sua família pois, como o álcool e as drogas, conduz à violência familiar, maltrato das crianças, falência financeira, divórcio, suicídio. Assim, o cristão deve se distanciar dos jogos de azar para não ser a causa de levar outros por esse caminho com o seu exemplo, mesmo que ele próprio se sinta seguro.

 

R David Jones

 

 

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