O relato da criação dos céus e da terra está todo contido em um só capítulo da Bíblia: é o primeiro capítulo do primeiro livro do Antigo Testamento, Gênesis capítulo 1. São 31 versículos que nos contam o que aconteceu desde o princípio até o fim do sexto dia. No sétimo dia, o Criador descansou.
Uma leitura livre de preconceitos não nos deixa em dúvida de que são dias como nós os conhecemos, de vinte a quatro horas cada um, confirmado em Êxodo 20:11, 31:17. O relato foi aceito sem reservas através de milênios até que em 1859 Charles Darwin publicou seu tratado "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural", estabelecendo a teoria da evolução e o papel da seleção natural em determinar o seu desenvolvimento.
O mundo ateu abraçou com alegria essa teoria e a paleontologia, a astrologia, e outras ciências foram submetidas à teoria da evolução, usando-se fraudes e decepções para esconder as incompatibilidades. Assim o mundo julgou que se desfazia da necessidade de um Ser criador, mas se enganou redondamente: as descobertas científicas da atualidade lançam cada vez mais dúvidas sobre a teoria, pois ela é incapaz de explicar os fatos mais elementares como o sábio e meticuloso planejamento revelado em tudo, as extraordinárias e estatisticamente impossíveis "coincidências", e muitos outros fatos. Para a teoria merecer algum crédito, é necessário que haja a decorrência de uma imensidão de tempo para dar oportunidade ao universo e ao nosso planeta "evoluirem" caoticamente até a situação atual. E aquelas ciências se adaptaram a essa necessidade.
Impressionados com isso, alguns têm tentado harmonizar o que a suposta ciência ensina e o relato do Gênesis. Uma delas é dar um sentido mais lato aos dias da criação, sob o pretexto que "um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pedro 3:8). Este é o ensino a que você se refere. O ensino é falho, porque tira essa frase do seu contexto: não se trata de uma medida de tempo, mas de uma figura de linguagem para expressar como Deus, sendo infinito, não está limitado pelo tempo que nos prende. Como foi dito mil anos, poder-se-ia também dizer um milhão, um bilhão etc., numa linguagem mais familiar aos evolucionistas.
O ensino não é bíblico: a palavra "yom" do hebraico antigo em que o original foi escrito, traduzido em Gênesis 1 por "dia", foi usada apenas para um dia de 24 horas, ou para determinada ocasião como "no tempo dos juízes" ou "dia do Senhor". Essa palavra nunca foi usada para indicar um longo período definido de tempo. Neste caso sempre era usada a palavra hebraica "olam". O ensino contradiz a explicação clara dada em Gênesis 1:4-5, que define o dia como sendo composto de duas partes: Dia quando há luz e Noite quando há trevas, num ciclo constante pois é repetido em cada um dos outros cinco dias.
Finalmente, a Bíblia deve ser aceita literalmente. Quando aparecem símbolos ou linguagem figurada, o contexto os identificará como tal. Se dissermos que os "dias" não são dias realmente mas mil anos apesar da sua clara identificação como dias, deixamos de ter segurança para afirmar que outros fatos declarados no Gênesis aconteceram literalmente, e abrimos uma brecha para o diabo colocar em dúvida toda a Palavra de Deus. O ensino portanto é falso, compatível apenas com as heresias ensinadas por essa seita.
"Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor" (João 10:16). Estas palavras do Senhor Jesus aos Seus discípulos previam o agregamento dos gentíos ao rebanho que tinha na ocasião, formado só de judeus. A formação de um rebanho misto de judeus e gentíos, que viria a ser a Sua igreja, era ainda um mistério que estava sendo revelado (Efésios 3:1-10).
Toda a Bíblia trata da humanidade, na terra, descendente de um só homem, Adão. A criação da humanidade foi o ápice da criação de todo o universo, e é dessa humanidade que Deus está separando os seus eleitos para viverem eternamente com Ele.
O universo é imenso, as estrelas são como a areia do mar, e a tecnologia moderna está começando a descobrir o relacionamento entre elas, grupos de estrelas formando galáxias, grupos de planetas existentes ao redor de estrelas, e muito mais. Aos que não conhecem ou não crêm da criação do universo por Deus conforme lemos em Gênesis, e preferem formar suas próprias teorias e especulações, que inclui a teoria da evolução, parece possível que, dadas condições favoráveis em algum planeta, alguma forma de vida possa ter surgido.
Mas a teoria da evolução é um total absurdo, em nada científica, inventada por homens ímpios como alternativa à criação. Por outro lado, teria Deus criado vida em outras partes do universo? Segundo um princípio, chamado o "princípio antrópico", todas as leis e condições do universo que nos cerca são perfeitamente ajustadas para a vida humana na terra. Toda a observação científica feita até hoje nada encontrou, em outros lugares do universo conhecido, que se assemelhasse a isso, ou que indicasse a existência de qualquer forma de vida fora do nosso planeta.
Sabemos que Deus criou outras formas de vida, os seres espirituais que não podemos ver com nossos olhos materiais, dos quais lemos alguma coisa em sua Palavra para nós. Nada mais sabemos, através da Sua Palavra, pois ela se limita a conter apenas aquilo que precisamos saber a respeito do nosso relacionamento com o nosso Criador.