Em primeiro lugar, vamos procurar definir no que consiste uma etnia (raça): antes de surgir a teoria da evolução de Darwin, no século 19, era costume referir-se a "raça" como um povo (os latinos, os germânicos, os eslavos, etc.). Isto mudou com a publicação do livro de Darwin "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural ou a Preservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida".
A evolução darwiniana foi, e continua sendo, basicamente, uma filosofia racista, que ensina que diferentes grupos ou "raças" de gente evoluiu em ocasiões e velocidades diferentes, de forma que uns grupos são mais semelhantes aos seus ancestrais selvagens do que outros. Isto resultou em preconceitos e injustiças terríveis contra alguns povos, como os aborígenes da Australia. Certa vez um pigmeu da África foi exibido junto com um orangotango numa jaula no Zoológico do Bronx, nos EUA.
Com esta filosofia, muita gente hoje tem, mesmo inconscientemente, preconceitos contra alguns outros grupos humanos, julgando que pertencem a outras "raças". No entanto todos os seres humanos são hoje classificados como Homo sapiens sapiens. Os cientistas em geral reconhecem que, biologicamente, só existe mesmo uma raça humana. Mais e mais cientistas estão descobrindo que as diferenças que nos distinguem são culturais, não raciais. Alguns já estão propondo eliminar a palavra "raça" porque não significa nada (segundo a página de ciência do ABC News americano).
O exemplo mais hediondo do uso da palavra "raça" foi na Alemanha de Hitler, onde milhões de judeus, ciganos e outros grupos foram exterminados por serem considerados pertencer a uma raça inferior! Por causa dos males da filosofia racista, seria preferível que todos, especialmente os cristãos, abandonassem o vocábulo "raças" e, em seu lugar, se referissem a "grupos de povos".
A Bíblia descreve toda a humanidade como sendo de "um só sangue" (Atos 17:26). Isso realça o fato que somos todos descendentes to primeiro homem, Adão (1 Coríntios 15:45). Por isso o Senhor Jesus também se tornou um descendente de Adão, sendo chamado de "último Adão" (1 Coríntios 15:45), e o Evangelho deve ser pregado a todas a tribos e nações.
Algumas pessoas pensam que deve haver "raças" diferentes de gente porque existem diferenças que distinguem vários grupos, como cor da pele e formato dos olhos. Mas, na realidade, o que chamam de "características raciais" são pequenas variações entre grupos. A ciência nos informa que, se tomássemos duas pessoas quaisquer de qualquer parte do mundo, as diferenças genéticas entre as duas seriam tipicamente de ao redor de 0,2 por cento - quer viessem ou não do mesmo povo. As "características raciais" que parecem importantes (cor da pele, formato dos olhos) correspondem a apenas 6 por cento desses 0,2 por cento, ou seja, 0,012 por cento de diferença genética. Triviais, portanto.
Existe mais variação entre os membros de um grupo do que entre os de grupos diferentes. A única razão porque muita gente pensa que as diferenças entre grupos são grandes, é porque foram educadas para pensar dessa forma. De acordo com a Bíblia, todos os povos da terra de hoje descendem de Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas, e antes deles de Adão e Eva (Gênesis 1-11). A Bíblia nos diz como a população que estava descendendo da família de Noé falava uma só língua e se conglomeravam num só lugar, dessa forma desobedecendo ao comando de Deus para que "enchessem a terra" (Gênesis 9:1; 11:4).
Deus confundiu seu idioma, causando divisão da população em grupos menores, que se espalharam pela terra (Gênesis 11:8-9). Usando procedimentos de genética moderna, podemos descobrir como, depois dos grupos serem espalhados, as variações na cor da pele, por exemplo, podem acontecer em poucas gerações. E existe boa evidência para provar que os vários grupos de gente que temos hoje não estão separados por grandes períodos de tempo.