Observe estes versículos em 1 Coríntios: 6:12: "Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma", e 10:23: "... todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam". É portanto lícito a um cristão genuíno participar no processo político do país - ele tem essa liberdade, mas:
Nem sempre convém: quem vai julgar sobre a conveniência? Penso que é o próprio interessado, à luz da Palavra de Deus. Existem inúmeros panoramas políticos, e não é aqui o lugar para analisá-los.
Poderá envolver submissão à política partidária deixando-se dominar por ele: em regimes democráticos será difícil fugir a isso, salvo se o interessado puder se candidatar isoladamente.
Pode não ser edificante para o crente ou para o povo de Deus. Já foram mencionados exemplos de políticos que se dizem "cristãos" ou "evangélicos", que se corromperam no exercício do seu mandato, e cujo testemunho público tem sido nefasto para o povo de Deus.
Temos exemplos notáveis na Bíblia de homens de Deus que foram colocados em posição de grande autoridade em governos gentílicos - José, Daniel, Mardoqueu. Notemos que nenhum deles, pelo que sabemos, procurou conseguir esse cargo para si, mas o seu testemunho de fidelidade a Deus e integridade de caráter fez com que os poderosos reis gentios da sua época os colocassem à testa do seu governo. Eles foram uma bênção para o povo de Deus bem como para os gentios que os rodeavam.