Não existe impedimento na Bíblia quanto ao batismo. Os exemplos que encontramos são de batismos que se seguiram logo após a conversão. A responsabilidade é do batizando, de ser sincero na declaração da sua fé. Quem batiza apenas procura se assegurar que a conversão de fato ocorreu, e pode recusar-se a fazê-lo se não encontrar provas convincentes. Veja mais detalhes aqui . Também escreva “batismo” e clique na “Busca” na coluna à esquerda para ver outras referências.
Os impedimentos à participação na Ceia do Senhor dizem respeito à falta de comunhão com o Senhor Jesus. A comunhão do crente será quebrada por desobediência e por pecados não confessados, por isso ele deve examinar-se a si mesmo para verificar se isso acontece e acertar o que for preciso. Se estiver vivendo em pecado ele não deve participar até que cesse essa vivência.
Veja mais detalhes aqui onde encontrará um índice de artigos e respostas concernentes a esse assunto. Procure também na “Busca”.
Ele está vivendo em pecado se a união não tiver sido legitimizada pelas leis do país. Embora essa situação não seja necessáriamente um impedimento ao batismo, ao converter-se e assim receber o Espírito Santo o crente terá desejo de deixar este, bem como todos os outros pecados habituais. Pode levar tempo, e a igreja não deve recusar o batismo por isso, desde que o crente demonstre que realmente se converteu, empenhando-se na sua regularização. Infelizmente o crente continuará em seu estado de jugo desigual (casado com descrente) mesmo depois de resolvida sua situação legal. O rompimento do relacionamento, se o parceiro é adúltero, conforma-se com o ensino do Senhor Jesus sobre divórcio em Mateus 5:31-32 e 19:9. Mas se o parceiro for fiel, o crente não deverá deixá-lo, em conformidade com o ensino do apóstolo Paulo em 1 Coríntios 7:13-15 pois talvez ainda venha a se converter. Note-se que o concubinato equivale a casamento para efeito destas referências.
Não é essencial, mas me parece ser uma boa prática exigir que os novos convertidos se batizem antes de serem recebidos em plena comunhão na igreja local - não se trata de um ritual, mas de uma ordenança, e é uma maneira de mostrarem publicamente sua submissão à vontade do Mestre, além de darem um testemunho público da sua conversão. Isto pressupõe que o batismo se efetue logo, e não vejo respaldo bíblico ou justificativa convincente para que o batismo seja retardado por muito tempo, conforme a prática estimulada por algumas igrejas locais.
Como o soldado, ao colocar o seu uniforme, identifica-se com o serviço que vai prestar ao seu país, assim o crente, ao ser batizado, identifica-se com Cristo e com o seu senhorio. É uma profissão pública da sua fé diante de todos, e sem dúvida influenciará o seu comportamento dentro e fora da igreja, pois terá mais cuidado com o seu testemunho.
Ao se converter a Cristo, batizado ou não, o crente se submete ao Seu senhorio, e não só tem o grande privilégio, mas também a obrigação de serví-lO conforme for da Sua vontade. O batismo não aumenta a sua obrigação nem lhe dá mais privilégios. O serviço inclui a prática da humildade, e a obediência à direção da igreja. Os irmãos na liderança têm a responsabilidade, perante o Senhor Jesus, de pastorear o rebanho, para o ensino, a disciplina, e o crescimento de todos na fé para que todos cheguem à maturidade.
João Batista batizava aqueles dentre o povo que confessavam os seus pecados. Quando viu muitos fariseus e saduceus se aproximando, ele os repreendeu por causa do seu orgulho e hipocrisia e os exortou a dar fruto que mostrasse arrependimento. Para reforçar a sua advertência, ele os preveniu que Alguém que viria após ele, mais poderoso e imensamente superior: enquanto João batizava com água para arrependimento, Este batizaria com o Espírito Santo e com fogo.
Tratava-se de um ato de juízo por parte de Deus: a vinda de Cristo e a Sua presença iriam provar a todos. "Ele traz a pá em sua mão e limpará a sua eira, juntando o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga" (Mateus 3:12, NVI). Assim João Batista esclareceu o que havia dito sobre os dois batismos: o "trigo que será juntado no celeiro" são os que "dão bom fruto" segundo o contexto anterior e estes serão batizados com o Espírito Santo; a "palha", são os inúteis, ímpios que não se arrependem, e o batismo de fogo é a sua condenação ao inferno, onde está "o fogo que nunca se apaga".
O batismo do Espírito Santo veio no dia de Pentecostes, e o de fogo virá ainda no futuro, quando Cristo trouxer o Juízo de Deus sobre o mundo incrédulo e pecador.
O batismo no Espírito Santo foi mencionado pela primeira vez por João Batista, que batizava com água para o arrependimento, mas, segundo revelação de Deus (João 1:33) informou que quem viria após ele, o Senhor Jesus, batizaria com o Espírito Santo (Mateus 3:11, Marcos 1:8, Lucas 3:16).
O Senhor Jesus prometeu aos seus discípulos que Ele pediria ao Pai, e este lhes daria o Espírito Santo, e, depois da Sua ressurreição "determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias." (Atos 1:4,5). O batismo se realizou dias mais tarde, no dia de Pentecostes após a ascenção do Senhor Jesus ao céu (Atos 2:1-4).
João, escrevendo anos mais tarde, nos informa "E no último dia, o grande dia da festa, Jesus pós-se em pé, e clamou, dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado." (João 7:37-39). Todos, portanto, que se convertem e crêm no Senhor Jesus para a sua salvação, recebem o Espírito Santo por ocasião da sua conversão (Atos 10:34-46 e 1 Coríntios 12:13), pois é mediante a ação do Espírito Santo que "nascem de novo" (Tito 3:5-6).
Sua ação se manifesta através de uma mudança total de atitude em seguida ao arrependimento do pecado, chamada "passar da morte para a vida" (1 João 3:14), ou ressurreição dos mortos (Efésios 2:6), e receber vida com Cristo (Efésios 2:5), e tornar-se uma nova criatura em Cristo Jesus (2 Coríntios 5:17) com a renovação da mente (Romanos 12:2).
O novo nascimento não é uma reforma da velha natureza, mas um ato de nova criação pelo Espírito Santo (2 Coríntios 5:17; Efésios 2:10; 4:24, 1 Thessalonicenses 1: 5). Tem a sua origem em Deus (João 1: 12, 13; 1 João 2:29; 5: 1, 4), e consiste no implante de um novo princípio ou disposição na alma, a criação de uma vida espiritual, e o restabelecimento da comunhão com Deus, aos que por natureza estão "mortos em ofensas e pecados". A necessidade disto é enfatizada na Bíblia (João 3:3; Romanos 7:18; 8:7-9; 1 Coríntios 2:14; Efésios 2: 1; 4:21-24).
A passagem de 1 Pedro 3:19-22 precisa ser bem entendida, senão entrará em contradição com outras passagens bem claras nas Escrituras, como as que foram citadas.
O batismo de João (Mateus 3:13-17) era um símbolo, um testemunho público mediante o qual o povo declarava a sua conversão, arrependendo-se do seu comportamento pecaminoso para praticar a justiça de Deus. Quando Jesus pediu para ser batizado também, João se admirou muito, visto que Ele não tinha pecado de que devia se arrepender, tendo sempre se comportado em completa obediência ao Seu Pai celeste. João não estava compreendendo que o batismo de Jesus tinha um significado muito mais profundo do que o batismo do povo.
Não era ocasião própria para lhe dar uma explicação completa, então o Senhor lhe disse simplesmente: "Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça". O mergulho na água era símbolo de morte. No caso dos judeus batizados por João, e dos crentes que se batizam por Cristo, representa um fato espiritual que aconteceu em sua vida. No caso do Senhor Jesus, representa um fato natural e espiritual que iria acontecer ao fim do seu ministério: "Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus" (2 Coríntios 5:21). Não havia pecado nEle, mas o pecado seria colocado sobre Ele na cruz do Calvário. Ele levaria o nosso pecado, para que nós ficássemos sem pecado, justos.
É esse o "batismo" que nos salva segundo 1 Pedro 3:21. O batismo de Jesus por João, assim como o nosso batismo pela água, são ambos símbolos do verdadeiro batismo de Cristo na cruz do Calvário, e a Sua sepultura e ressurreição (Romanos 6:3-11).
O batismo na água é, e sempre foi, um símbolo apenas. O batismo real e efetivo para a remissão dos pecados foi no Calvário: "Há um batismo em que hei de ser batizado; e como me angustio até que venhaa cumprir-se!" (Lucas 12:50). Ali Ele foi batizado nas águas dojulgamento de Deus (Salmo 42:7), e esta é a base da nossa salvação.
O crente em Cristo é batizado, ou mergulhado, na água paratestemunhar a todos que já se identificou com a morte e a ressurreição de Cristo. O batismo na água não muda nada, pois o novo nascimento aconteceu no momento em que recebeu a Jesus Cristo como o seu Senhor e Salvador. Nesta ocasião é que realmente foi crucificado com Ele (Gálatas 2:20), sepultado e ressuscitado com Ele (Romanos 6:4).
A passagem de Efésios 5:26 "a fim de a santificar (a igreja), tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra..." obviamente nada tem que ver com batismo. Fala de lavagem da água, não mergulho nela, e a purificação é pela Palavra de Deus, simbolizada por água.
Santificar significa colocar à parte, ou dedicar, e embora a igreja já tenha sido colocada à parte, ela precisa de preparação moral e espiritual (semelhante ao processo de purificação de Ester antes de ser apresentada ao rei Assuero - Ester 2:12-16). Assim como o sangue de Cristo limpa o crente de uma vez por todas da culpa e da pena do pecado, a Palavra de Deus por sua vez continuamente o limpa da corrupção e da poluição do pecado. Essa passagem ensina que a igreja está sendo lavada, não com água física, mas com a ação purificadora da Palavra de Deus.
Os argumentos usados pelos que adotam o batismo por aspersão atualmente são:
Os que adotam a imersão por completo em água o fazem porque:
é o sentido normal e primário da palavra grega "baptizo";
o sentido normal das preposições gregas "eis" (em, para dentro) e "ek" (de, para fora de) indica imersão em água;
o batismo de prosélitos judeus era efetuado em total imersão, o que indica que o batismo de João e dos discípulos de Cristo também o eram;
a prática da igreja primitiva era a imersão;
cada uma das "dificuldades" citadas pelos aspersionistas verdadeiramente não impedem o batismo por imersão;
a língua grega possui palavras específicas para "aspergir" e "derramar", mas elas nunca são usadas em relação ao batismo;
a imersão retrata melhor o que é o ministério batizador do Espírito Santo por ocasião da conversão, de acordo com Romanos 6:3-5: a imersão na água representa a identificação com Cristo na sua morte, a submersão é figura da identificação com o Seu sepultamento, e ao emergir da água temos a semelhança da Sua ressurreição.
Historicamente, a "doutrina da regeneração" pelo batismo começou a se espalhar já no princípio do segundo século da era cristã, com o clericalismo que gradualmente passou a dominar as igrejas locais. A primeira notícia que temos de batismo infantil é do ano 197 da era cristã, quando um escritor da época condenou esse costume que estava surgindo, juntamente com o batismo dos mortos.
A aspersão, em lugar do mergulho, simplificou o ritual das instituições religiosas apóstatas, que passou a significar a "lavagem" não só simbólica, mas efetiva do pecado "original," e, portanto, aplicada aos recém-nascidos para que fossem salvos do inferno... Embora as instituições religiosas reformadas, ou "igrejas protestantes", tenham abandonado a doutrina da regeneração pelo batismo, elas continuaram com a tradição de aspergir tanto novos convertidos como crianças.
Durante muito tempo, depois da Reforma Protestante, houve perseguição severa aos crentes de grupos independentes que adotassem o batismo por imersão aos convertidos. Zwingli, por exemplo, um dos grandes nomes da Reforma, ordenou que todos os que se batizassem por imersão, em Zurique, fossem afogados! Na Alemanha eles foram apelidados de "anabatistas" (contra o batismo) porque não consideravam válido o batismo infantil. Deles derivaram os batistas dos nossos dias.
As igrejas neo-testamentárias independentes variam ainda hoje em suas práticas quanto ao batismo - aspersão ou imersão -, e algumas ainda batizam crianças. Alguns dos missionários pioneiros no Brasil, que desenvolveram seu trabalho na região dos Estados do Rio de Janeiro, sul de Minas, e interior de São Paulo, eram "aspersionistas", e muitas igrejas nessas localidades ainda conservam essa tradição.
Não colocamos em dúvida a sua boa fé. Na medida que outras dessas igrejas se compenetraram que a aspersão, como forma de batismo, surgiu apenas no segundo século, e se convenceram da legitimidade bíblica do "mergulho" dos novos convertidos, elas foram deixando a tradição da aspersão e do batismo de crianças, passando a realizar a imersão.