Abraão foi um dos exemplos dados em Hebreus capítulo 11 de um homem que foi justificado pela sua fé.
No episódio de Gênesis 12:9-20, quando foi para o Egito, vemos como este homem tão fiel a Deus, tendo medo de morrer nas mãos de Faraó, usou o subterfúgio de apenas contar uma verdade (que Sarai era sua irmã - tinha o mesmo pai mas outra mãe) e esconder outra (que era casada com ele), o que não deixa de ser uma mentira por omissão. Faraó descobriu essa segunda verdade ao sofrer ele próprio o castigo do SENHOR, enquanto Abrão prosperava. No entanto Faraó lhe poupou a vida, apenas o censurou e o expulsou do Egito com Sarai, permitindo que levasse com ele tudo o que ganhara ali.
Isso nos lembra que mesmo os grandes heróis da fé tropeçaram - eram gigantes em sua obediência a Deus, mas ainda assim falharam mais de uma vez. Mas o SENHOR demonstrou a Sua misericórdia para com Abrão, e cumpriu a promessa que lhe havia feito no devido tempo. Se a fé de um homem como Abraão pode ser sacudida assim, o que dizer sobre os de pouca fé? Se Deus não nos salvasse, tantas vezes, de dificuldades e situações problemáticas em que nos colocamos por causa do nosso próprio pecado e tolice, estaríamos arruinados. Ele não nos trata como merecemos. Como escreveu Davi: "tu, Senhor, és um Deus compassivo e benigno, longânimo, e abundante em graça e em fidelidade" (Salmo 86:15).