É impossível exagerar a importância histórica da ressurreição de Jesus Cristo. Se apesar de todas as Sua palavras, profecias e promessas, Ele tivesse morrido e deixado somente uma memória fragrante, poderíamos honrá-Lo meramente como homem extremamente bom porém redondamente enganado, pois a Sua insistência em ser, Ele mesmo, o próprio Deus e a verdadeira Vida eterna, teria sido simples ilusão.
É perfeitamente lógico, então, que cristãos e anticristãos considerem a realidade, ou não, da ressurreição como base fundamental do cristianismo. Portanto, aqui vamos fazer três perguntas que devem ser respondidas por aqueles que rejeitam o fato histórico da ressurreição de Jesus Cristo.
Que foi que mudou os primeiros discípulos? A Bíblia mostra-nos claramente que quase todos os discípulos de Jesus O abandonaram no desastre da Crucificação, e que depois, sem líder nem esperança, eles viviam com bastante medo e desespero. Porém, achamo-los, dentro de poucos dias, cheios de maravilhosa coragem e energia espiritual, desafiando o poder das autoridades judaicas e romanas. Eles proclamam abertamente que eles mesmos viram Jesus ressurrecto – não uma vez só, mas sim, diversas vezes – depois da Sua crucificação, e eles chamam todos os homens a crerem nEle como o verdadeiro Deus.
Essa coragem deles não era somente momentânea. Era uma convicção constante e permanente, que surpreendia, embaraçava e enfurecia as autoridades durante muitos anos enquanto o movimento se espalhava pelo mundo de então. Sem dúvida alguma, os primeiros cristãos creram e proclamaram, que tinham visto e tocado a Jesus, e que tinham conversado com Ele, depois de ser crucificado e deixado num túmulo selado e guardado por soldados romanos.
Se não ressuscitou, quem era Jesus de Nazaré? Muita gente que não tem lido os Evangelhos imagina que pode facilmente excluir destes a parte milagrosa (mormente a ressurreição) e ainda reter a Jesus como um Ideal – o "melhor ensinador religioso de todas as épocas", etc. Porém todos os quatro Evangelhos superabundam em asseverações da parte Dele, de ser Ele vindo do céu. De modo que é impossível chegarmos a outra conclusão senão que Ele Se apresenta a Si mesmo como Deus, falando com autoridade divina.
Ora, se Ele assim cria e falava, mas não ressuscitou da morte, é claro que Ele era gravemente iludido, mentalmente doentio, e por isso não pode ser aceito como o "maior ensinador de todos os tempos"! Se de fato Jesus não ressuscitou, Ele mentiu em dizer-se o Filho de Deus; era uma pessoa enganadora e perigosa – mas, nesse caso, qual a explicação dos Seus ensinos maravilhosos, Seus milagres e Seu caráter impecável?…
Como é que tantos cristãos sabem que Jesus está vivo hoje? Não se pode negar a experiência comum de cristãos de muitas nacionalidades durante 19 séculos. Milhares hoje têm certeza de que Aquele a quem servem é uma Personalidade viva, de quem podem obter recursos espirituais. Pedindo-Lho, recebem poder para vencer a tentação e para viver conforme a Palavra de Deus; recebem conforto no tempo da tristeza, coragem na tribulação, certeza da felicidade eterna. Tal poder espiritual é divino – nenhum filósofo ou ensinador meramente humano o possui; Camões não pode me dar o poder de escrever poesias, nem Caruso me fazer um bom cantor; porém, "posso todas as coisas por Cristo que me fortalece" (Fp 4.13). "Se alguém quiser fazer a vontade de Deus conhecerá a respeito da (minha) doutrina, se ela é de Deus ou se Eu falo por mim mesmo"… "A obra de Deus é esta, que creiais naquele que por Ele foi enviado" (Jo 7.17; 6.29). Os que aceitaram estas palavras sabem que Jesus Cristo vive!