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VAIDADES EM ECLESIASTES

“Onde está o sábio? Onde o escriba? Onde o questionador deste século? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria deste mundo?” 1 Coríntios 1:20.

O autor do livro chamado “Eclesiastes” foi o rei Salomão, filho de Davi, e ele se apresenta como um organizador, orador, debatedor, porta-voz ou pregador, que são os significados da palavra hebraica traduzida para o grego como "Eclesiastes". Portanto, este é o nome dado ao seu livro.

O livro descreve investigações que Salomão fez das atividades dos homens na terra "debaixo do sol". Salomão foi privilegiado por ter combinado mais sabedoria, riqueza, influência e conexões do que a maioria dos homens conhecidos até seu tempo (1 Reis 4:29,30). Seria de se esperar que tais investigações resultariam em informações para orientar outros na obtenção de uma vida produtiva, bem sucedida e feliz, evitando labutas e desperdício de tempo inúteis que terminam em desespero.

Por "debaixo do sol" entendemos que o tema deste livro se limita ao conhecimento da realidade material, das coisas "terrenas". Esta é a perspectiva hoje em dia que nos dá a chamada "ciência moderna", em que há uma completa negação de Deus, da criação e da existência de coisas imateriais. O homem tolo é assim limitado (Salmo 14:1), mas Salomão era um homem sábio e mencionou Deus muitas vezes neste livro.

Ao invés de ter que acompanhar todas as experiências e descobertas descritas no livro, o leitor é logo no seu inicio informado por Salomão das conclusões obtidas, como segue:

1. Nada vale a pena, tudo é "vaidade" (capítulo 1, versículo 2).

A vida humana não tem sentido nenhum pois é transitória, passageira, inútil, vazia e fútil: este é o sentido da palavra “vaidade” neste livro. Nada nesta terra fornece uma meta válida para a existência do ser humano.

Seria isso verdade? Sim, é absolutamente verdade! Se nossa existência é limitada a esta vida, se a morte baixa uma cortina final sobre a existência humana, então a vida de cada um de nós não é senão um vapor — sem substância e evanescente. O apóstolo Paulo nos lembra que toda a criação foi submetida à vaidade ou futilidade como resultado da entrada do pecado (Romanos 8:20). E não é insignificante que nossos primeiros pais chamaram seu segundo filho Abel, que se traduz como "vaidade" ou "vazio". Salomão acertou. Debaixo do sol tudo é vaidade.

2. As gerações vêm e vão, mas a terra permanece para sempre (versículo 4).

A vida humana é tão curta, que as coisas móveis sem vida que nos rodeiam parecem ser eternas: o sol, o vento, a água dos rios. Seu constante movimento desperta a curiosidade do homem, mas é repetido vez após vez, aparentemente para sempre (ao mencionar que o sol se põe no horizonte para surgir novamente do outro lado no dia seguinte, Salomão não demonstra ignorância do movimento da terra, mas apenas usa a linguagem usual baseada na aparência, como ainda fazemos hoje). O que foi antes, ainda é agora e assim será para sempre: tudo é inexpressivelmente cansativo e não satisfaz suficientemente os olhos e os ouvidos... (Versículos 5-9).

Isso é semelhante à filosofia dos ateus evolucionistas, que tentam calcular em bilhões de anos a mudança das “partículas originais”, dos átomos e das moléculas, com base em medições da velocidade em que mudam as partículas atuais, a fim de explicar o universo, nosso planeta, a vida em torno de nós e em nós. O futuro que preveem é de destruição e de extinção de toda a vida. Não fosse a revelação divina, poderíamos também pensar que a terra atual continuará para sempre do jeito que é. Mas Pedro nos informa que a terra e as obras que estão sobre ela vão ser queimadas no Dia do Senhor (2 Pedro 3:10).

3. A consciência do homem é curta, assim como a sua vida.

Ele não tem lembrança dos feitos de seus antepassados antes dele, nem seus descendentes herdarão a consciência dele. Quando morre, sua própria memória morre com ele (versículo 11).

O que sabemos sobre o passado foi aprendido de registros deixados por pessoas que viveram naquela época e da evidência ainda existente para confirmar o que afirmaram. Mas o único registro em que podemos confiar totalmente está na Palavra de Deus, que foi toda inspirada pelo espírito da verdade, o Espírito Santo. Deus nos diz que um dia cada um de nós dará conta de si mesmo a Ele (Romanos 14:12).

4. A ocupação de inquirir e investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu foi dada por Deus aos homens para nela se ocuparem (versículo 13).

Tendo então Salomão se empenhado nisto, concluiu que era uma atividade enfadonha. Dotado por Deus de grande sabedoria, Salomão escreveu este e muitos outros livros, dos quais também temos Provérbios e Cantares na Bíblia. Mais adiante, neste seu livro, Salomão declara por experiência própria que “De fazer muitos livros não há fim; e o muito estudar é enfado da carne” (capítulo 12:12).

De Deus também provém sabedoria para todo o crente, pois “...em Cristo estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência.” (Colossenses 2:2,3). Em Tiago encontramos uma separação entre a sabedoria que vem de Deus e a sabedoria “terrena, animal e diabólica” (capitulo 3:15). A que vem de Deus é “primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia”. O crente, portanto, não deve desprezar a sabedoria e a ciência que vêm de Deus, e é proveitoso estudar a criação e as leis de Deus (chamadas “naturais” pelos cientistas ateus, porque embora conheçam as leis, de maneira incongruente recusam-se a reconhecer que existe um Legislador). Mas estudar somente o que está “debaixo do sol” sem conhecer a dimensão que nos é ensinada pelo Criador é sem dúvida uma tarefa enfadonha, cansativa e inútil – enfim outra vaidade.

5. Todas as obras que são feitas sob o sol são vaidade e desejo vão (versículo 14).

Em sua situação, Salomão tinha a melhor educação disponível em Israel naquele tempo, para fazer as suas investigações; uma vez concluídas, ele verdadeiramente podia dizer que tinha visto tudo (ao seu alcance) que é feito sob o sol. Ele decerto se informou e experimentou as ciências, filosofia, história, belas artes, ciências sociais, literatura, religião, psicologia, ética, idiomas e outros campos da aprendizagem humana. Mas isso não lhe deu o que estava procurando. Ao contrário, ele concluiu que era tudo vaidade e ambição inútil. .

O homem nunca se satisfaz: não importa o quanto vê e experimenta, sempre procura mais e nunca chega a se saciar, concluindo por fim que nada do que há no mundo pode lhe trazer felicidade duradoura. Mas não deve se desesperar por causa disso: basta-lhe elevar seus olhos e pensamentos “acima do sol” para Aquele que "satisfaz a alma sedenta, e enche de bens a alma faminta" (Salmo 107:9).

6. O que é torto não se pode endireitar (versículo 15).

Salomão sentiu-se frustrado ao ver enfim que a ciência não resolve todos os enigmas da vida. Ela encontra paradoxos e anomalias que não podem ser resolvidos pelo saber humano, e ninguém aqui pode dar-lhes seu significado e valor. O que nos falta em conhecimento é tanto, que não pode ser medido. Quanto mais sabemos, mais cônscios ficamos da nossa ignorância.

Paulo explica: “...a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; pois está escrito: Ele apanha os sábios na sua própria astúcia; e outra vez: O Senhor conhece as cogitações dos sábios, que são vãs.” (Jó 5:13, 1 Coríntios 3:19,20).

7. Aumentar o conhecimento só aumenta a irritação e angústia (versículo 18).

Os grandes estudiosos se tornam em grandes lamentadores depois de se convencerem de quanto ainda precisam aprender. Em outras palavras, Salomão estudou ambos os extremos do comportamento humano, e não encontrou o verdadeiro significado da vida em nenhum deles. Ficou triste porque tudo se faz em vão.

Esta é a sabedoria e conhecimento debaixo do céu, destituídos da visão abrangente que vem do céu. A sabedoria que vem de Deus, encontrada em Sua Palavra, não é vaidade. O próprio rei Salomão, ao escrever o livro dos Provérbios, exclamou “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento... o Senhor dá a sabedoria; da sua boca procedem o conhecimento e o entendimento... feliz é o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire entendimento” (1:7, 2:6, 3:13).

O profeta Isaías, que viveu alguns séculos mais tarde, profetizou que Deus “continuará a fazer uma obra maravilhosa com este povo, sim uma obra maravilhosa e um assombro; e a sabedoria dos seus sábios perecerá, e o entendimento dos seus entendidos se esconderá” (capítulo 29:14).

Paulo declarou que “Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus... Não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos. nem muitos os nobres que são chamados..., mas Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e redenção; para que, como está escrito: Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor.” (1 Corintios 1:24-31).

Saibamos distinguir e nos separar da ciência e sabedoria “debaixo do sol”, que é só loucura, vaidade, tristeza e trabalho inútil, e aprender a sabedoria que vem do céu, “de cima”, que nos é dada por Deus liberalmente na pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo. A criação, a própria vida (que os ateus não podem explicar), e o universo nos falam da grandiosa existência do Deus vivo em que cremos. Com esta certeza, podemos nos aplicar com a sabedoria que procede do nosso Criador à verdadeira ciência e assim alcançar o objetivo de uma vida produtiva, bem sucedida e feliz

 

R David Jones

 

 

 

1. Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

2 Vaidade de vaidades, diz o pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade.
3 Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?

 

 

 

 

 

 

4 Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre.
5 O sol nasce, e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce.
6 O vento vai para o sul, e faz o seu giro vai para o norte; volve-se e revolve-se na sua carreira, e retoma os seus circuitos.
7 Todos os ribeiros vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios correm, para ali continuam a correr.
8 Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
9 O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol.
10 Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? ela já existiu nos séculos que foram antes de nós.

11 Já não há lembrança das gerações passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas.

 

 

 


12 Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
13 E apliquei o meu coração a inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para nela se exercitarem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


14 Atentei para todas as obras que se e fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão.

 

 

 

 

 

 

 


15 O que é torto não se pode endireitar; o que falta não se pode enumerar.
Ecc 1:16 Falei comigo mesmo, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; na verdade, tenho tido larga experiência da sabedoria e do conhecimento.
Ecc 1:17 E apliquei o coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras; e vim a saber que também isso era desejo vao.

 

18 Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza.

Eclesiastes, capítulo 1

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