O mau exemplo de Israel
O povo de Israel foi batizado:
A) Em Moisés, significando sua união sob a autoridade dele (Moisés tirou o povo do Egito, e é uma figura de Cristo).
B) No mar: o mar Vermelho os separou do Egito (figura do mundo) para uma vida nova, livre da escravidão de Faraó, rumo à terra prometida (vida nova).
C) Na nuvem: a nuvem representava a presença de Deus, que dirigia o povo.
Todo o povo comeu dum mesmo manjar espiritual (o maná, dado milagrosamente por Deus) e duma bebida espiritual (a água que saiu milagrosamente da rocha). A Bíblia nos ensina que tanto o maná como a rocha são símbolos de Cristo, e é Ele quem dá o Espírito Santo a todo aquele que nele crê, simbolizado pela água.
No entanto, Deus não se agradou da maior parte daquele povo, porque eles desejaram praticar o mal, e por isto morreram no deserto. Assim, o povo de Israel dá um mau exemplo para o cristão, que não deve ser imitado. Suas más ações foram:
A) Praticar a idolatria. Deus deve ser colocado em primeiro lugar e só Ele deve receber adoração.
B) Praticar a imoralidade sexual. O corpo deve ser mantido puro, pois pertence a Deus e é a habitação do Espírito Santo.
C) Tentar a Cristo. O cristão deve ser submisso a Cristo no decorrer de sua vida, sem procurar desafiá-lo em nada.
D) Descontentamento e rebeldia. A obediência deve ser completa, tudo recebendo de Deus com ações de graças, mesmo o que consideramos ser adversidades e tribulações.
O castigo que veio sobre o povo de Israel em conseqüência do mal que praticou é uma advertência para nós. É necessário manter constante vigilância para não cair: é humano ser tentado para a prática do mal, mas por mais forte que seja a tentação, Deus nos dá poder para suportá-la.
A idolatria religiosa
O cristão deve fugir da idolatria religiosa. A participação com outros de uma homenagem indica acordo com o objeto da homenagem, como vemos nos seguintes exemplos:
A) O cristão mostra a sua comunhão no sangue e corpo de Cristo participando com outros do cálice de benção e do pão que é partido na Ceia do Senhor.
B) Em Israel os que serviam no templo comiam os sacrifícios, assim participando do altar.
C) A participação numa festa pagã, comendo alimentos ofertados a um ídolo, significa comunhão com o ídolo.
O ídolo em si nada é, portanto não importa que alguma coisa lhe seja oferecida. Mas o sacrifício feito pelos pagãos é feito aos demônios e não a Deus, e o cristão não deve participar com os demônios: ele não pode participar da mesa do Senhor e também da festa pagã, pois isto seria uma irritação, ou provocação, ao Senhor.
Sabendo que o fato de que o alimento foi oferecido a um ídolo em nada o modifica, o cristão pode comê-lo sem problema para si. A prudência contudo manda que, ao comprar um alimento, ou ao ser servido em casa de outrem, ele não faça perguntas sobre se o alimento foi oferecido a um ídolo. Isso porque, por causa da consciência daquele que pensa de outra forma, o cristão não deve comer se essa pessoa adverti-lo que o alimento foi oferecido a um ídolo. Assim ele controla sua liberdade: ele sabe que pode comer, mas não come se isso vai perturbar outro. Tudo deve ser feito para a glória de Deus, não escandalizando a ninguém. A abnegação de Paulo, para que outros sejam salvos, deve ser imitada.
1 Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar,
2 e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
3 e todos comeram de um mesmo manjar espiritual,
4 e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
5 Mas Deus não se agradou da maior parte deles, pelo que foram prostrados no deserto.
6 E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.
7 Não vos façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar.
8 E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram num dia vinte e três mil.
9 E não tentemos a Cristo, como alguns deles também tentaram e pereceram pelas serpentes.
10 E não murmureis, como também alguns deles murmuraram e pereceram pelo destruidor.
11 Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
12 Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia.
13 Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
14 Portanto, meus amados, fugi da idolatria.
15 Falo como a sábios; julgai vós mesmos o que digo.
16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
17 Porque nós, sendo muitos, somos um só pão e um só corpo; porque todos participamos do mesmo pão.
18 Vede a Israel segundo a carne; os que comem os sacrifícios não são, porventura, participantes do altar?
19 Mas que digo? Que o ídolo é alguma coisa? Ou que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa?
20 Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.
21 Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios; não podeis ser participantes da mesa do Senhor e da mesa dos demônios.
22 Ou irritaremos o Senhor? Somos nós mais fortes do que ele?
23 Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.
24 Ninguém busque o proveito próprio; antes, cada um, o que é de outrem.
25 Comei de tudo quanto se vende no açougue, sem perguntar nada, por causa da consciência.
26 Porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude.
27 E, se algum dos infiéis vos convidar e quiserdes ir, comei de tudo o que se puser diante de vós, sem nada perguntar, por causa da consciência.
28 Mas, se alguém vos disser: Isto foi sacrificado aos ídolos, não comais, por causa daquele que vos advertiu e por causa da consciência; porque a terra é do Senhor e toda a sua plenitude.
29 Digo, porém, a consciência, não a tua, mas a do outro. Pois por que há de a minha liberdade ser julgada pela consciência de outrem?
30 E, se eu com graça participo, por que sou blasfemado naquilo por que dou graças?
31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
32 Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus.
33 Como também eu em tudo agrado a todos, não buscando o meu próprio proveito, mas o de muitos, para que assim se possam salvar.
1 Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo.
1a. Coríntios capítulo 10 e 11:1