O nome Filadélfia significa AMOR FRATERNAL: era uma IGREJA FAVORECIDA.
Filadélfia era conhecida nos velhos tempos como a porta para o oriente: construída junto a uma das grandes estradas romanas que apontava como uma flecha para o coração do interior da Ásia, ela estava no caminho de quem se dirigia da Europa para regiões importantes como a Mísia, Lídia e Frigia. Era cercada de vinhas e, embora tivessem templos dedicados a vários deuses, o principal era de Dionísio, o deus do vinho.
Como nas outras cartas, o Senhor Jesus se apresenta de uma forma que se relaciona diretamente com o caráter da igreja desse local:
O santo: Ele é Deus, pois este é um dos nomes dados a Deus na Bíblia (p.ex. Isaías 40:25, 1 Pedro 1:15).
O verdadeiro: Ele é o Filho de Deus (1 João 5:20), e nele está toda a verdade (João 14:6), a perfeição da justiça e o cumprimento da profecia.
Aquele que tem a chave de Davi: no capítulo 1:18 de Apocalipse Ele diz que tem as chaves da morte e do inferno, mas aqui ele fala do cumprimento da profecia achada em Isaías 22:20-25: assim como Eliaquim recebeu plena autoridade sobre Jerusalém, Cristo recebeu de Deus todo o poder no céu e na terra (Mateus 28:18), e, como Filho sobre a sua casa, a igreja (Hebreus 3:6).
Porque conhecia as suas obras, com a Sua autoridade Ele coloca diante dela uma porta aberta. Não a porta da salvação, pois esta está sempre aberta, e na Bíblia representa o próprio Senhor Jesus. A porta aberta mencionada aqui deve ser a porta da oportunidade, da qual Cristo tem a chave (Isaías 45:1-8, Atos 12:10, 14:27). Oportunidade envolve serviço em várias formas, como testemunho, pregação do Evangelho e ensino, e somente o Senhor Jesus abre e fecha essa porta. O motivo porque esta porta foi aberta para a igreja de Filadélfia é:
tinha pouca força: quem sabe era pequena e sem influência na cidade; ela sabia que era fraca, no entanto o poder (de Cristo) se aperfeiçoa na fraqueza (2 Coríntios 12:9), e mediante a fé, no passado homens da fraqueza tiraram força (Hebreus 11:34).
guardou a palavra de Deus: aprendeu e a obedeceu fielmente.
não negou o nome de Cristo: não se envergonhou, nem se amedrontou, em ser conhecida como cristã, ou seguidora do Senhor Jesus (Atos 4:12).
Duas promessas lhe são feitas:
conversão de alguns dos judeus: como em Esmirna, havia uma sinagoga que rejeitava o Evangelho (Oséias 1:8-9, 2:23). No entanto, alguns se converteriam por causa do testemunho da igreja.
ela seria guardada da provação de âmbito mundial que está para vir: é a grande tribulação, sobre a qual encontramos detalhes a partir do capítulo 6 do Apocalipse. É outra prova de que a verdadeira igreja de Cristo não estará presente durante este terrível acontecimento.
A igreja é instruída a conservar o que tem, isto é, nunca abandonar a Palavra de Deus e o Testemunho de Cristo (Apocalipse 1:2), porque o Senhor Jesus vem sem demora (Apocalipse 22:7); a coroa mencionada aqui deve ser a coroa da vitória (2 João 8,9).
A igreja de Filadélfia é típica da maioria das igrejas desde o ano 1.750 a 1.940, mais ou menos, que eram pobres em recursos financeiros e materiais, e de pouca influência, em comparação com as poderosas instituições religiosas mortas (romana, ortodoxa, protestantes, etc.), mas que se caracterizavam por um grande desejo de aprender e obedecer fielmente a Palavra de Deus, e de praticar a caridade e o amor fraternal.
Elas descobriram que a porta da oportunidade se abriu diante delas: não havia quase lugar no mundo onde um missionário não pudesse ir. Foi um período de grande trabalho missionário, quando o Evangelho foi levado até a China, Japão, Coréia, Índia, África, América Central e do Sul, e de grandes "reavivamentos" na Europa e América do Norte. O adjetivo "evangélico" passou a ser usado para distinguir essas igrejas, por causa do seu zelo em proclamar o Evangelho de Cristo.
Durante este período, formaram-se missões especificamente dirigidas aos judeus, começando na Alemanha, arraigando-se na Inglaterra, e espalhando-se para florescer nos Estados Unidos, calculando-se que 250.000 judeus vieram a Cristo até o ano de 1.900. Desde a segunda guerra mundial o zelo missionário tem diminuído, e muitos países já se opõem à entrada de missionários em seu território.
Nesta carta, as promessas feitas ao vencedor são:
ele será feito coluna no santuário de Deus: ele seráparte integrante da igreja de Deus (2 Coríntios 6:16)
daí jamais sairá: nunca será posto "fora de comunhão"
sobre ele será gravado o nome de Deus, o nome da Nova Jerusalém, e o novo nome de Cristo: ele será propriedade de Deus, um cidadão da Nova Jerusalém, e será identificado com Cristo na sua segunda vinda para julgar e reinar no mundo (capítulo 19:12).
7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
8 Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome.
9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo.
10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.
11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.
12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.
13 Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
APOCALIPSE 3:7 a 13