Devemos estar sempre de sobreaviso com respeito aos falsos profetas: pessoas que nos querem convencer de que têm mensagens de Deus, para tirar vantagens da nossa credulidade.
Eles se disfarçam colocando uma capa de humildade e mansidão para se parecer com os verdadeiros crentes, mas na realidade são ferozes destruidores, cujo intuito é tirar proveito dos imaturos, dos instáveis e dos ingênuos que lhes dão ouvidos, afastando-os de Cristo e da Sua Palavra.
O Senhor declara que "pelos seus frutos os conhecereis." Talvez possam parecer convincentes pelas suas palavras e pela sua falsa aparência, mas eles se revelarão pelo seu procedimento.
Os que realmente são de Deus dão bons frutos: "o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gálatas 5:22), e "em toda bondade, e justiça, e verdade" (Gálatas 5:9).
Os falsos profetas serão reconhecidos pela falta destas virtudes, e serão denunciados pela Palavra de Deus. Seu destino é ser lançados no fogo, a perdição eterna (2 Pedro 2:1).
Todo o Sermão da Montanha foi dirigido aos discípulos, com vistas às qualificações daqueles que entrarão no Reino do Messias. A escatologia bíblica nos diz que Ele reinará na terra logo após a Grande Tribulação.
Embora o teor do Sermão do Monte só será plenamente imposto e praticado naquela ocasião, vemos que os seus preceitos devem ser conhecidos por todo aquele que O recebe como seu Senhor, agora, para começar a obedecê-los, pois um dia reinará com Ele.
Assim, os que se apresentarem ao Rei naquela ocasião, terão que passar pelo seu crivo, e muitos que nunca O receberam como o Seu Senhor e Salvador em suas vidas vão querer se qualificar em vista do uso que fizeram do Seu nome para profetizar, expulsar demônios e fazer muitas maravilhas.
Eles podem ter enganado a muitos, mas nunca ao Senhor Jesus, que conhece as suas ovelhas e é conhecido por elas (João 10:14). Ele saberá que esses falsos profetas praticavam a iniqüidade, e os rejeitará sumariamente.
Existe uma perfeita aplicação para os dias de hoje: embora os falsos profetas, ou ensinadores, de hoje enganem muita gente com o arremedo que fazem dos sinais e prodígios realizados pelo Senhor Jesus e pelos seus apóstolos, usando o Seu Nome, eles nunca serão reconhecidos por Ele.
Se eles não estiverem vivos por ocasião do estabelecimento do Reino na terra, eles não ouvirão as Suas palavras de rejeição aqui, mas estarão no inferno aguardando o julgamento final, como já foi mencionado. Diante do trono, ao serem julgados, eles talvez usem o argumento de terem feito essas coisas sobrenaturais em nome do Senhor Jesus, mas ouvirão as Suas palavras de rejeição.
Só quem faz a vontade do Pai que estános céus entrará no Reino dos céus: chamar a Jesus Cristo de Senhor e usar o Seu santo nome para procurar legitimar os seus atos não tem valor algum.
O primeiro passo para fazer a vontade do Pai é a conversão e o recebimento de Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
Aprendemos aqui que nem todos os milagres são de origem divina, mesmo quando o nome de Cristo é invocado pelos que os fazem. Um milagre apenas indica o uso de um poder sobrenatural. Este pode ser divino ou satânico. O diabo pode até permitir que haja uma expulsão provisória de um demônio para impressionar a audiência, e dar a ilusão que foi um ato divino. Neste caso ele não estarádividindo o seu reino, mas permitindo uma invasão ainda maior em seguida.
Terminando o sermão, o Senhor Jesus informa que não é suficiente só ouvir as Suas sábias palavras, mas quem for prudente as põe também em prática.
Como aquele que constrói sua casa sobre a rocha, aquele que pratica esses ensinamentos estará construindo a sua vida sobre uma base firme e segura, e as tempestades da vida, por mais fortes que sejam, não lhe farão mal algum.
A rocha, na Bíblia, é um símbolo do próprio Senhor Jesus. O crente põe nEle a sua fé, o que significa, entre outras coisas, que crê firmemente no que Ele ensina, e coloca os ensinamentos em prática. O mundo julga que quem obedece aos ensinamentos no Sermão do Monte é tolo, pois são exatamente o contrário da sabedoria do mundo: fazer aos outros o que deseja que façam a si, responder passivamente à agressão, não acumular tesouros na terra, não se inquietar com o futuro, fazer orações, jejum e orações às ocultas.
Mas o Senhor Jesus declara que isso é ser prudente.
No mundo, a idéia geral é que deve-se viver para o presente, cuidar de si próprio, ser agressivo para se impor aos outros. O Senhor Jesus diz que quem faz isso, tendo ouvido as suas palavras, é como um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia. Sem ter alicerce firme, vindo a tempestade a casa ruiu e foi levada pela enchente.
Quem não segue os seus ensinamentos não tem defesa contra os insucessos e desventuras da vida, sendo arrasado por eles porque não tem a certeza da felicidade no porvir, tendo colocado toda a sua fé em vitórias pessoais na vida presente.
O discurso fora dirigido aos Seus discípulos, mas ouvido pela multidão.
Houve admiração geral pelo que Ele ensinava, pois ensinava com autoridade. A autoridade divina, do Filho de Deus, permeava através das Suas palavras, muito diferente do ensino dos escribas, pois eles se limitavam a ensinar o que haviam eles próprios aprendido da lei de Moisés, que repetiam como papagaios. Sem dúvida o brilho do ensino do Mestre apagava completamente a pouca luz que emanava dos doutores da lei.
15 Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
16 Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
17 Assim, toda árvore boa produz bons frutos, e toda árvore má produz frutos maus.
18 Não pode a árvore boa dar maus frutos, nem a árvore má dar frutos bons.
19 Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
23 E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
24 Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
25 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
26 E aquele que ouve estas minhas palavras e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
27 E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina,
29 porquanto os ensinava com autoridade e não como os escribas.
Mateus capítulo 7 vers. 15 a 29