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Paulo na Macedônia, na Grécia e em Trôade    

Capítulo 20:1 a 12

Depois da interrupção causada pelo alvoroço e confusão em Éfeso, Paulo mandou chamar os discípulos, animou e literalmente os abraçou partindo em seguida para a Macedônia.

Viajou pela Macedônia animando os irmãos daquela região por cerca de nove meses. Em suas epístolas aprendemos que Paulo encontrou-se com Tito na Macedônia (2 Coríntios 2:13-7:16), provavelmente em Filipos. Tito lhe deu notícias sobre a igreja em Corinto, e Paulo então escreveu a sua segunda carta aos coríntios durante este período.

Ela é considerada como sendo uma revelação do próprio coração de Paulo: é a sua autobiografia espiritual e a apologia da sua vida. Foi esta uma das experiências mais intensas de toda a sua carreira, tendo nela aberto o seu coração aos coríntios, e ganhou vitória final na igreja pela ajuda de Tito que também o ajudou a reunir um grande rebanho na Acaia.

Tito voltou para Corinto com a segunda carta de Paulo, e Paulo prosseguiu pela Macedônia, chegando a visitar a Ilíria (Romanos 15:19), assim dando  um prazo para essa carta ter efeito  (2 Coríntios 13:1-14). Paulo provavelmente encontrou Lucas novamente na Macedônia, mas o relato de Lucas em Atos passa por cima de tudo isso. Apenas informa que “exortou os discípulos com muitas palavras”.

Seguiu depois para a Grécia, também chamada Acaia (capítulo 18:12 e 19:21), onde finalmente chegou novamente em Corinto, após ter feito várias tentativas anteriores, sofrendo pausas e demoras (2 Coríntios 13:1).

Tito aparentemente havia tido sucesso na supressão dos judaizantes de lá, e Paulo encontrou a porta aberta para a sua pregação, ensinos e exortações nessa cidade durante três meses. Foi em Corinto  que Paulo escreveu a sua carta aos romanos, e talvez também aos gálatas. 

Era intenção de Paulo embarcar de Corinto para Antioquia, na Síria,  mas veio ao seu conhecimento uma trama dos judeus contra a sua pessoa e decidiu então voltar pela Macedônia. É de se notar que a cilada fora armada pelos judeus, não pelos cristãos judaizantes que haviam perturbado a igreja (2 Coríntios 10-13). Aqueles seriam os judeus expulsos do tribunal romano por Gálio (capítulo 18:5-17).

A seguir temos os nomes dos sete companheiros de Paulo nesta viagem, e procuraremos identificá-los com referência aos mesmos nomes em outras passagens da Bíblia:

  • Sópater ou Sópatro, de  Beréia, era possivelmente o mesmo que Sosípatro, parente de Paulo mencionado em Romanos 16:21.

  • Aristarco de Tessalônica, correu perigo de vida no tumulto em Éfeso (capítulo 19:29). Foi mais tarde um companheiro de prisão de Paulo em Roma (Filemom 1:24, Colossenses 4:10).

  • Segundo, também de Tessalônica, acompanhou Paulo até a Ásia, provavelmente Trôade ou Mileto.

  • Gaio de Derbe não deve ser confundido com o macedônio que foi apanhado pela multidão em Éfeso (capítulo 19:29). Outro Gaio  é mencionado em Corinto, o que hospedou Paulo quando esteve ali (Romanos 16:23).  A terceira carta de João é endereçada a um homem chamado Gaio, que provavelmente residia numa cidade próxima a Éfeso. Gaio era um nome muito popular.

  • Timóteo aparece primeiro no capítulo 16:1. Ele não só acompanhou Paulo até a Ásia, mas ficou com ele em Roma durante a primeira vez que esteve preso (Romanos 16:21). Depois viajou com Paulo pela Ásia. Em sua segunda carta a Timóteo, Paulo expressou o desejo de vê-lo novamente, mas não sabemos se chegou a fazê-lo.

  • Tíquico, natural da Ásia Menor, provavelmente seguiu com Paulo até Mileto. Mais tarde ele se uniu novamente a Paulo em Roma e trabalhou com ele, inclusive durante a sua prisão (Colossenses 4:7)

  • Trófimo parece ter sido um gentio que morava em Éfeso, na Ásia Menor. Ele foi com Paulo até Jerusalém,  e inconscientemente causou a sua prisão (capítulo 21:29). Ver também 2 Timóteo 4:20.

Não está bem claro, mas é provável que esses sete irmãos, membros de várias igrejas (2 Corintios 8:19 -23) começaram a viagem saindo de  Corinto com Paulo e foram com ele até Filipos, onde se encontraram com Lucas. Desde então Lucas acompanhou Paulo em suas viagens até chegarem a Roma.

É curioso que ninguém parece ter ido da  Acaia. Teria a igreja de Corinto falhado em contribuir para os necessitados da Judéia (2 Corinthians 8; 9:1-15), ou teriam confiado a sua contribuição a Paulo e a estes irmãos de outros lugares? Era uma operação importante, e Paulo se empenhou muito para remover qualquer oportunidade de escândalo na manipulação dos fundos.

Os sete companheiros logo continuaram viagem para Trôade, mas Paulo e Lucas esperaram até depois da festa dos pães asmos. Paulo era judeu  e continuava a observar as festas judaicas, embora tivesse protestado contra obrigar os gentios a fazer tal coisa (Gálatas 4:10, Colossenses 2:16). Lucas era prosélito dos judeus, e também comparecia a essas festas, como vemos aqui e em Atos 27:9. Pode ser que apenas estivesse acompanhando Paulo.

Esta Páscoa, que dava início à festa, aconteceu um ano depois daquela de Éfeso quando Paulo quis ficar até o dia de Pentecoste (1 Coríntios 16:8). Desta vez ele esperava celebrar o dia de Pentecoste em Jerusalém (Atos 20:16), como realmente o fez. Não sabemos o ano preciso, mas possivelmente foi  em  56 ou 57 d.C.

Levaram cinco dias para chegar até Trôade, provavelmente porque encontraram ventos contrários, sendo que antes eles haviam feito a viagem em sentido contrário em apenas dois dias (capítulo 16:11). Encontraram ali os sete que haviam vindo antes da festa da Páscoa.

Nas duas vezes anteriores em que Paulo passou por Trôade ele não se deteve: na primeira ele teve uma visão de noite em que um homem o chamou para a Macedônia (capítulo 16:8-11), na segunda, em que ele pretendia pregar o Evangelho ali pois a porta estava aberta, ele viajou logo para a Macedônia porque estava aflito para encontrar o irmão Tito (2 Coríntios 2:12-13).

Desta vez Paulo ficou em Trôade por sete dias, talvez na casa de Carpo (2 Timóteo 4:13), e decerto, com os outros, aproveitou para ensinar e pregar enquanto esperavam o navio que sairia na próxima segunda-feira.

Não se sabe ao certo a que hora do dia seguinte, domingo, eles se reuniram para partir o pão conforme o versículo 7: segundo o calendário hebreu ele se iniciava depois das 18:00 horas do sábado e terminava às 18:00 horas do dia seguinte. Dada a sequência dos fatos é provável que tenha sido  na hora da refeição da tarde (Lucas 29-30). “Partir o pão” era denominação para uma refeição comum, como vemos em Atos 2:46, Atos 20:11 e Atos 27:35, e foi como Paulo se referiu à Ceia do Senhor em sua primeira carta aos Coríntios capítulo 10:16 e 11:24.

Neste texto lemos que no primeiro dia da semana, domingo, eles haviam se reunido para partir o pão. Há os que sustentam que nesta ocasião se tratava de uma refeição comum, os que argumentam que era a Ceia do Senhor, os que acham eram ambas, e ainda os que consideram que a referência no versículo 7 era a Ceia do Senhor, e no versículo 11 era apenas refeição, ou vice-versa.

Não vamos tomar partido neste assunto. Havia outros presentes, além dos anfitriões e os nossos viajantes, e enquanto os outros comiam, Paulo aproveitou para discorrer longamente sobre o Evangelho, dada a sua partida iminente no dia seguinte, indo até o amanhecer.

Estavam reunidos no terceiro andar da casa, seu piso superior, e durante o longo discurso de Paulo o recinto ficou quente e abafado pois além de conter muitas pessoas havia também muitas candeias acesas. Um jovem, Êutico, sentado numa das  janelas, adormeceu profundamente e à meia-noite acabou caindo para fora até o chão em baixo.

Paulo interrompeu sua palestra para descer com os outros, e embora Êutico estivesse morto quando o levantaram, Paulo inclinou-se sobre ele e o abraçou, em seguida mandou que não ficassem alarmados, porque ele estava vivo.

Paulo então partiu o pão e comeu, continuou falando até o amanhecer, e partiu em viagem. O povo ficou consolado porque levaram vivo o jovem.

 

R David Jones

 

 

 

 

 

1 Depois que cessou o alvoroço, Paulo mandou chamar os discípulos e, tendo-os exortado, despediu-se e partiu para a Macedônia.
2 E, havendo andado por aquelas regiões, exortando os discípulos com muitas palavras, veio à Grécia.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

3 Depois de passar ali três meses, visto terem os judeus armado uma cilada contra ele quando ia embarcar para a Síria, determinou voltar pela Macedônia.

 

4 Acompanhou-o Sópater de Beréia, filho de Pirro; bem como dos de Tessalônica, Aristarco e Segundo; Gaio de Derbe e Timóteo; e dos da Ásia, Tíquico e Trófimo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

5 Estes porém, foram adiante e nos esperavam em Trôade.

 

 

 

 

 

6 E nós, depois dos dias dos pães ázimos, navegamos de Filipos, e em cinco dias fomos ter com eles em Trôade, onde nos detivemos sete dias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

7 No primeiro dia da semana, tendo-nos reunido a fim de partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até a meia-noite.

 

 

 

 

 

8 Ora, havia muitas luzes no cenáculo onde estávamos reunidos.
9 E certo jovem, por nome Êutico, que estava sentado na janela, tomado de um sono profundo enquanto Paulo prolongava ainda mais o seu sermão, vencido pelo sono caiu do terceiro andar abaixo, e foi levantado morto.
10 Tendo Paulo descido, debruçou-se sobre ele e, abraçando-o, disse: Não vos perturbeis, pois a sua alma está nele.
11 Então subiu, e tendo partido o pão e comido, ainda lhes falou largamente até o romper do dia; e assim partiu.
12 E levaram vivo o jovem e ficaram muito consolados.

Atos capítulo 20, versículos 1 a 12

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