No capítulo 7 temos informações sobre edifícios construídos por Salomão para sua residência, para sua esposa a filha do faraó, a Sala do Trono, e outras dependências. Também são enumerados os objetos de ouro e de bronze feitos para uso no templo.
Completado o templo, Salomão transportou para lá as coisas que Davi, seu pai, havia dedicado; a prata, o ouro e os utensílios, ele os pôs entre os tesouros da Casa do SENHOR.
Restava agora levar para lá a arca do concerto, que estava ainda dentro de sua tenda em Jerusalém. Para essa ocasião solene, Salomão reuniu os anciãos de Israel, todos os cabeças das tribos, os príncipes das famílias dos israelitas, e todos os homens de Israel se congregaram junto a Salomão. Era pouco antes da festa dos tabernáculos.
Houve uma grande festa, e a arca, a tenda da congregação, bem como os utensílios sagrados que nela havia foram trazidos ao templo pelo sacerdotes e levitas. O rei Salomão e toda a congregação de Israel, que se reunira a ele, estavam todos diante da arca, sacrificando inúmeras ovelhas e bois.
A arca foi colocada no Santo dos Santos, debaixo das asas dos querubins. Os varais usados para carregá-la não podiam ser tirados (Êxodo 25:15) e, por causa do seu comprimento, eles penetravam uma parede divisória e sobressaiam dentro do Santuário, mas não atravessavam a parede do outro lado. Dentro da arca, nessa ocasião, só restavam as duas tábuas da lei de Moisés. Não se sabe o que aconteceu com a urna de ouro contendo o maná e o bordão de Arão (Hebreus 9:4).
Havendo os sacerdotes saído do santuário, a glória do SENHOR encheu o templo, em forma de nuvem, impedindo os sacerdotes de ministrar. O mesmo aconteceu quando o tabernáculo havia sido terminado, e impediu a entrada nele de Moisés (Êxodo 40:34,35).
Por causa da nuvem, o templo ficou em trevas e Salomão disse que o SENHOR havia declarado que habitaria em trevas espessas. Numa ocasião anterior Moisés "se chegou à nuvem escura onde Deus estava" (Êxodo 20:21). Isso pode parecer surpreendente porque "Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1 João 1:5). Temos que distinguir entre luz física, natural, criada por Deus, e a luz espiritual que é a essência da glória divina. Nossos olhos físicos não podem contemplar o fulgor da glória divina, por isso Deus aparecia ao povo de dentro de espessas trevas. Só quando formos dotados dos nossos novos corpos espirituais, é que O poderemos ver.
Outra aparente contradição aparece em seguida, quando Salomão diz "na verdade, edifiquei uma casa para tua morada, lugar para a tua eterna habitação." Lemos que "O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas." (Atos 17:24). A arca do testemunho que claramente tipifica o Senhor Jesus, depositada dentro do Santo dos Santos no templo, era apenas símbolo da presença de Deus entre o Seu povo, e Salomão sabia disso (ver. 27).
Em seguida Salomão abençoou o povo ali reunido e louvou ao SENHOR o Deus de Israel por ter cumprido a promessa feita ao seu pai Davi, tornando possível e permitindo que Salomão construísse para Ele uma casa a fim de ali estabelecer o Seu nome.
Salomão então ajoelhou-se defronte ao altar, diante do povo, estendeu as mãos para os céus e consagrou o templo com a oração mais comprida de que lemos na Bíblia.
Salomão iniciou a sua oração com louvor ao SENHOR, Deus de Israel, por guardar a aliança e a misericórdia aos seus servos que sinceramente andam diante dEle; por ter cumprido mediante o Seu poder aquilo que havia dito pessoalmente a Davi. Pediu a Deus que cumprisse outra promessa feita a Davi: que não lhe faltaria sucessor, no trono de Israel, desde que seus descendentes guardassem o caminho de Deus assim como Davi havia feito.
Salientando que nem os céus nem o céu dos céus podem conter a Deus, ele reconheceu que muito menos poderia a casa que ele havia construído.
No entanto, ele rogou a Deus que Ele estivesse sempre atento sobre aquela casa (o templo) do qual Ele havia dito "O meu nome estará ali", para ouvir a Salomão e ao povo de Israel quando orassem no templo, perdoando-lhes os seus pecados. Em seguida citou várias situações em que desejava o atendimento do SENHOR:
Havendo uma contenda em que fosse exigido que uma das partes fizesse juramento diante do altar (talvez na falta de testemunhas), que o SENHOR fosse o juiz da causa, condenando o culpado e inocentando o justo.
Quando Israel fosse derrotado pelos seus inimigos por ter pecado contra Deus, mas se arrependesse e voltasse a Deus em confissão e súplica no templo, que Deus o perdoasse e o restaurasse à terra que havia dado aos seus pais.
Quando houvesse seca na terra devido ao pecado do povo, e este orasse a Deus no templo, confessando o nome de Deus e convertendo-se dos seus pecados, que Deus os perdoasse, que lhes ensinasse como agir, e lhes trouxesse chuva.
Se viesse alguma praga ou calamidade sobre o povo, que Deus ouvisse toda oração e súplica que qualquer homem ou todo o povo de Israel fizesse, em sinceridade, estendendo as mãos em direção ao templo; que lhes desse perdão, e agisse conforme a necessidade particular de cada um, para que temessem a Deus sempre naquela terra.
Que Deus ouvisse e atendesse a oração do estrangeiro, gentio, voltado para o templo que, por amor do nome de Deus viesse até Israel, para que todos os povos da terra temessem a Deus da mesma forma que o povo de Israel, e aprendessem que o templo era chamado pelo nome de Deus.
Quando Israel fosse para a guerra, por onde Deus o enviasse, e orasse voltado para o templo em Jerusalém, que Deus o ouvisse e lhe fizesse justiça.
Falando profeticamente, Salomão pediu que Deus ouvisse o seu povo quando fosse levado ao exílio por causa do seu pecado, e lá se arrependesse, sinceramente se convertendo e confessando o seu pecado a Deus e orando voltados para o templo em Jerusalém na sua terra; que lhes fizesse justiça, perdoasse todas as suas transgressões e fizesse com que os que os levaram cativos tivessem compaixão deles.
Salomão terminou a oração expondo o motivo por que Deus deveria atender à sua súplica: Israel era o Seu povo e a Sua herança, tirado da terra do Egito, do meio do forno de ferro (onde faziam os tijolos).
O templo existia para que ali a súplica de Salomão e do povo de Deus fosse ouvido por Ele em tudo o que clamassem, uma vez que Ele os havia separado para Sua herança, como havia dito a Moisés.
Levantando-se, Salomão pôs-se em pé e abençoou em voz alta todo o povo de Israel ali congregado, exaltando a Deus por ter cumprido as suas promessas, e dado repouso ao povo de Israel na terra prometida. Rogou que o SENHOR fosse com eles a fim de que eles também o amassem e obedecessem, que Deus fizesse justiça a eles no dia-a-dia para testemunho a todos os povos da terra de que Ele é o único e verdadeiro Deus. Também rogou ao povo que continuasse sempre obediente ao SENHOR seu Deus.
Muitos sacrifícios pacíficos foram oferecidos, a tal ponto que foi necessário usar o átrio do templo porque o altar não comportava tudo. As festas duraram duas semanas, incluindo a festa dos tabernáculos, terminadas as quais o povo voltou feliz para casa.
Capítulo 7:
1 Porém a sua casa edificou Salomão em treze anos e acabou toda a sua casa.
2 Também edificou a casa do bosque do Líbano, de cem côvados de comprimento, e de cinqüenta côvados de largura, e de trinta côvados de altura, sobre quatro ordens de colunas de cedro e vigas de cedro sobre as colunas.
3 E por cima estava coberta de cedro sobre as vigas, que estavam sobre quarenta e cinco colunas, quinze em cada ordem.
4 E havia três ordens de janelas; e uma janela estava defronte da outra janela, em três ordens.
5 Também todas as portas e ombreiras eram quadradas de uma mesma vista; e uma janela estava defronte da outra, em três ordens.
6 Depois, fez um pórtico de colunas de cinqüenta côvados de comprimento e de trinta côvados de largura; e o pórtico estava defronte delas, e as colunas com as grossas vigas, defronte delas.
7 Também fez o pórtico para o trono onde julgava, para pórtico de juízo, que estava coberto de cedro de soalho a soalho.
8 E em sua casa, em que morava, havia outro pátio por dentro do pórtico, de obra semelhante a este; também para a filha de Faraó, que Salomão tomara por mulher, fez uma casa semelhante àquele pórtico.
9 Todas essas coisas eram de pedras finíssimas, cortadas à medida, serradas à serra por dentro e por fora; e isso, desde o fundamento até às beiras do teto e por fora até ao grande pátio.
10 Também estava fundado sobre pedras finas, pedras grandes, sobre pedras de dez côvados e pedras de oito côvados
11 e em cima sobre pedras finas, lavradas segundo as medidas, e cedros.
12 E era o pátio grande ao redor de três ordens de pedras lavradas, com uma ordem de vigas de cedro; assim era também o pátio interior da Casa do SENHOR e o pórtico daquela casa.
13 E enviou o rei Salomão mensageiros e mandou trazer a Hirão de Tiro.
14 Este era filho de uma mulher viúva, da tribo de Naftali, e fora seu pai um homem de Tiro que trabalhava em cobre; e era cheio de sabedoria, e de entendimento, e de ciência para fazer toda obra de cobre; este veio ao rei Salomão e fez toda a sua obra.
15 Porque formou duas colunas de cobre; a altura de cada coluna era de dezoito côvados, e um fio de doze côvados cercava cada uma das colunas.
16 Também fez dois capitéis de fundição de cobre para pôr sobre a cabeça das colunas; de cinco côvados era a altura de um capitel, e de cinco côvados, a altura do outro capitel.
17 As redes eram de obra de rede, as cintas, de obra de cadeia para os capitéis que estavam sobre a cabeça das colunas, sete para um capitel e sete para o outro capitel.
18 Assim fez as colunas juntamente com duas fileiras ao redor sobre uma rede, para cobrir os capitéis que estavam sobre a cabeça das romãs; assim também fez com o outro capitel.
19 E os capitéis que estavam sobre a cabeça das colunas eram de obra de lírios no pórtico, de quatro côvados.
20 Os capitéis, pois, sobre as duas colunas estavam também defronte, em cima do bojo que estava junto à rede; e duzentas romãs, em fileiras ao redor, estavam também sobre o outro capitel.
21 Depois, levantou as colunas no pórtico do templo; e, levantando a coluna direita, chamou o seu nome Jaquim; e, levantando a coluna esquerda, chamou o seu nome Boaz.
22 E sobre a cabeça das colunas estava a obra de lírios. E assim se acabou a obra das colunas.
23 Fez mais o mar de fundição, de dez côvados de uma borda até à outra borda, redondo ao redor, e de cinco côvados de alto; e um cordão de trinta côvados o cingia ao redor.
24 E, por baixo da sua borda, ao redor, havia botões que o cingiam; por dez côvados cercavam aquele mar ao redor; duas ordens desses botões foram fundidas na sua fundição.
25 E firmava-se sobre doze bois, três que olhavam para o norte, e três que olhavam para o ocidente, e três que olhavam para o sul, e três que olhavam para o oriente; e o mar em cima estava sobre eles, e todas as suas partes posteriores, para a banda de dentro.
26 E a grossura era de um palmo, e a sua borda, como a obra da borda de um copo ou de flor de lírios; ele levava dois mil batos.
27 Fez também as dez bases de cobre; o comprimento de uma base, de quatro côvados, e, de quatro côvados, a sua largura, e, de três côvados, a sua altura.
28 E esta era a obra das bases; tinham cintas, e as cintas estavam entre as molduras.
29 E sobre as cintas que estavam entre as molduras havia leões, bois e querubins, e sobre as molduras, uma base por cima, e, debaixo dos leões e dos bois, junturas de obra estendida.
30 E uma base tinha quatro rodas de metal e lâminas de cobre; e os seus quatro cantos tinham ombros; debaixo da pia, estavam estes ombros fundidos, da banda de cada uma das junturas.
31 E a sua boca estava dentro da coroa, e era de um côvado por cima; e era a sua boca redonda, segundo a obra da base, de côvado e meio; e também sobre a sua boca havia entalhes, e as suas cintas eram quadradas, não redondas.
32 E as quatro rodas estavam debaixo das cintas, e os eixos das rodas, na base; e era a altura de cada roda de côvado e meio.
33 E era a obra das rodas como a obra da roda de carro; seus eixos, e suas cambas, e seus cubos, e seus raios, todos eram fundidos.
34 E havia quatro ombros aos quatro cantos de cada base; seus ombros saíam da base.
35 E, no alto de cada base, havia uma altura redonda de meio côvado ao redor; também sobre o alto de cada base havia asas e cintas que saíam delas.
36 E, nas pranchas das suas asas e nas suas cintas, lavrou querubins, leões e palmas, segundo o vazio de cada uma, e junturas ao redor.
37 Conforme esta, fez as dez bases; todas tinham uma mesma fundição, uma mesma medida e um mesmo entalhe.
38 Também fez dez pias de cobre; em cada pia, cabiam quarenta batos, e cada pia era de quatro côvados, e, sobre cada uma das dez bases, estava uma pia.
39 E pôs cinco bases à direita da casa e cinco à esquerda da casa; porém o mar pôs ao lado direito da casa para a banda do oriente, da parte do sul.
40 Depois, fez Hirão as pias, e as pás, e as bacias; e acabou Hirão de fazer toda a obra que fez para o rei Salomão, para a Casa do SENHOR,
41 a saber, as duas colunas, e os globos dos capitéis que estavam sobre a cabeça das duas colunas, e as duas redes, para cobrir os dois globos dos capitéis que estavam sobre a cabeça das colunas,
42 e as quatrocentas romãs, para as duas redes, a saber, duas carreiras de romãs para cada rede, para cobrirem os dois globos dos capitéis que estavam em cima das colunas,
43 juntamente com as dez bases e as dez pias sobre as bases,
44 como também um mar e os doze bois debaixo daquele mar,
45 e os caldeirões, e as pás, e as bacias, e todos esses utensílios que fez Hirão para o rei Salomão, para a Casa do SENHOR, todos eram de cobre brunido.
46 Na planície do Jordão, o rei os fundiu em terra barrenta, entre Sucote e Sartã.
47 E deixou Salomão de pesar todos os utensílios, pelo seu excessivo número, não se averiguando, pois, o peso do cobre.
48 Também fez Salomão todos os utensílios que convinham à Casa do SENHOR: o altar de ouro; e a mesa de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição;
49 e os castiçais, cinco à direita e cinco à esquerda, diante do oráculo, de ouro finíssimo; e as flores; e as lâmpadas e os espevitadores, também de ouro,
50 como também as taças; e os apagadores; e as bacias; e os perfumadores e os braseiros, de ouro finíssimo; e as coiceiras para as portas da casa interior para o lugar santíssimo; e as das portas da casa do templo, também de ouro.
51 Assim se acabou toda a obra que fez o rei Salomão para a Casa do SENHOR. Então, trouxe Salomão as coisas santas de seu pai Davi; a prata, e o ouro, e os utensílios pôs entre os tesouros da Casa do SENHOR.
Capítulo 8:
1 Então, congregou Salomão os anciãos de Israel e todos os cabeças das tribos, os príncipes dos pais, dentre os filhos de Israel, diante de si em Jerusalém, para fazerem subir a arca do concerto do SENHOR da Cidade de Davi, que é Sião.
2 E todos os homens de Israel se juntaram, na festa, ao rei Salomão, no mês de etanim, que é o sétimo mês.
3 E vieram todos os anciãos de Israel, e os sacerdotes alçaram a arca.
4 E trouxeram a arca do SENHOR para cima e o tabernáculo da congregação, juntamente com todos os utensílios sagrados que havia no tabernáculo; assim os trouxeram para cima os sacerdotes e os levitas.
5 E o rei Salomão e toda a congregação de Israel que se congregara a ele estavam todos diante da arca, sacrificando ovelhas e vacas, que se não podiam contar, nem numerar pela multidão.
6 Assim trouxeram os sacerdotes a arca do concerto do SENHOR ao seu lugar, ao oráculo da casa, ao Lugar Santíssimo, até debaixo das asas dos querubins.
7 Porque os querubins estendiam ambas as asas sobre o lugar da arca e cobriam a arca e os seus varais por cima.
8 E os varais sobressaíram tanto, que as pontas dos varais se viam desde o santuário diante do oráculo; porém de fora não se viam; e ficaram ali até ao dia de hoje.
9 Na arca, nada havia, senão só as duas tábuas de pedra que Moisés ali pusera junto a Horebe, quando o SENHOR fez aliança com os filhos de Israel, saindo eles da terra do Egito.
10 E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR.
11 E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do SENHOR enchera a Casa do SENHOR.
12 Então, disse Salomão: O SENHOR disse que habitaria nas trevas.
13 Certamente, te edifiquei uma casa para morada, assento para a tua eterna habitação.
14 Então, virou o rei o rosto e abençoou toda a congregação de Israel; e toda a congregação de Israel estava em pé.
15 E disse: Bendito seja o SENHOR, o Deus de Israel, que falou pela sua boca a Davi, meu pai, e pela sua mão o cumpriu, dizendo:
16 Desde o dia em que eu tirei o meu povo de Israel do Egito, não escolhi cidade alguma de todas as tribos de Israel para edificar alguma casa, para ali estabelecer o meu nome; porém escolhi a Davi, para que governasse sobre o meu povo de Israel.
17 Também Davi, meu pai, propusera em seu coração o edificar casa ao nome do SENHOR, o Deus de Israel.
18 Porém o SENHOR disse a Davi, meu pai: Porquanto propuseste no teu coração o edificar casa ao meu nome, bem fizeste em o propor no teu coração.
19 Todavia, tu não edificarás esta casa, porém teu filho, que descender de ti, edificará esta casa ao meu nome.
20 Assim confirmou o SENHOR a sua palavra que tinha dito; porque me levantei em lugar de Davi, meu pai, e me assentei no trono de Israel, como tem dito o SENHOR; e edifiquei uma casa ao nome do SENHOR, o Deus de Israel.
21 E constituí ali lugar para a arca em que está o concerto que o SENHOR fez com nossos pais, quando os tirou da terra do Egito.
22 E pôs-se Salomão diante do altar do SENHOR, em frente de toda a congregação de Israel, e estendeu as mãos para os céus,
23 e disse: Ó SENHOR, Deus de Israel, não há Deus como tu, em cima nos céus nem embaixo na terra, que guardas o concerto e a beneficência a teus servos que andam de todo o seu coração diante de ti;
24 que cumpriste com teu servo Davi, meu pai, o que lhe disseras; porque, com a tua boca, o disseste e, com a tua mão, o cumpriste, como neste dia se vê.
25 Agora, pois, ó SENHOR, Deus de Israel, faze a teu servo Davi, meu pai, o que lhe falaste, dizendo: Não te faltará sucessor diante de mim, que se assente no trono de Israel; somente que teus filhos guardem o seu caminho, para andarem diante de mim como tu andaste diante de mim.
26 Agora, também, ó Deus de Israel, cumpra-se a tua palavra que disseste a teu servo Davi, meu pai.
27 Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado.
28 Volve-te, pois, para a oração de teu servo e para a sua súplica, ó SENHOR, meu Deus, para ouvires o clamor e a oração que o teu servo, hoje, faz diante de ti.
29 Para que os teus olhos, noite e dia, estejam abertos sobre esta casa, sobre este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali; para ouvires a oração que o teu servo fizer neste lugar.
30 Ouve, pois, a súplica do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar; também ouve tu, no lugar da tua habitação nos céus; ouve também e perdoa.
31 Quando alguém pecar contra o seu próximo, e puserem sobre ele juramento, para o ajuramentarem, e vier o juramento diante do teu altar, nesta casa,
32 ouve tu, então, nos céus, e age, e julga os teus servos, condenando ao injusto, fazendo recair o seu proceder sobre a sua cabeça, e justificando ao justo, e fazendo-lhe segundo a sua justiça.
33 Quando o teu povo de Israel for ferido diante do inimigo, por ter pecado contra ti, e se converterem a ti, e confessarem o teu nome, e orarem, e suplicarem a ti nesta casa,
34 ouve tu, então, nos céus, e perdoa o pecado do teu povo de Israel, e torna a levá-lo à terra que tens dado a seus pais.
35 Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por terem pecado contra ti, e orarem neste lugar, e confessarem o teu nome, e se converterem dos seus pecados, havendo-os tu afligido,
36 ouve tu, então, nos céus, e perdoa o pecado de teus servos e do teu povo de Israel, ensinando-lhes o bom caminho em que andem, e dá chuva na terra que deste ao teu povo em herança.
37 Quando houver fome na terra, quando houver peste, quando houver queima de searas, ferrugem, gafanhotos e pulgão, quando o seu inimigo o cercar na terra das suas portas ou houver alguma praga ou doença,
38 toda oração, toda súplica que qualquer homem de todo o teu povo de Israel fizer, conhecendo cada um a chaga do seu coração e estendendo as mãos para esta casa,
39 ouve tu, então, nos céus, assento da tua habitação, e perdoa, e faze, e dá a cada um conforme todos os seus caminhos e segundo vires o seu coração, porque só tu conheces o coração de todos os filhos dos homens.
40 Para que te temam todos os dias que viverem na terra que deste a nossos pais.
41 E também ouve ao estrangeiro que não for do teu povo Israel, porém vier de terras remotas, por amor do teu nome
42 (porque ouvirão do teu grande nome, e da tua forte mão, e do teu braço estendido), e vier orar a esta casa.
43 Ouve tu nos céus, assento da tua habitação, e faze conforme tudo o que o estrangeiro a ti clamar, a fim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome, para te temerem como o teu povo de Israel e para saberem que o teu nome é invocado sobre esta casa que tenho edificado.
44 Quando o teu povo sair à guerra contra o seu inimigo, pelo caminho por que os enviares, e orarem ao SENHOR, para a banda desta cidade que tu elegeste e desta casa que edifiquei ao teu nome,
45 ouve, então, nos céus a sua oração e a sua súplica e faze-lhes justiça.
46 Quando pecarem contra ti (pois não há homem que não peque), e tu te indignares contra eles, e os entregares nas mãos do inimigo, para que os que os cativarem os levem em cativeiro à terra do inimigo, quer longe ou perto esteja;
47 e, na terra aonde forem levados em cativeiro, tornarem em si, e se converterem, e na terra do seu cativeiro te suplicarem, dizendo: Pecamos, e perversamente agimos, e cometemos iniqüidade;
48 e, se converterem a ti de todo o seu coração e de toda a sua alma, na terra de seus inimigos que os levaram em cativeiro, e orarem a ti para a banda da terra que deste a seus pais, para esta cidade que elegeste e para esta casa que edifiquei ao teu nome;
49 ouve, então, nos céus, assento da tua habitação, a sua oração e a sua súplica, e faze-lhes justiça,
50 e perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti todas as suas prevaricações com que houverem prevaricado contra ti; e faze-lhes misericórdia perante aqueles que os têm cativos, para que deles tenham compaixão.
51 Porque são o teu povo e a tua herança que tiraste da terra do Egito, do meio do forno de ferro,
52 para que teus olhos estejam abertos à súplica do teu servo e à súplica do teu povo de Israel, a fim de os ouvires em tudo quanto clamarem a ti.
53 Pois tu, para tua herança, os elegeste de todos os povos da terra, como tens dito pelo ministério de Moisés, teu servo, quando tiraste os nossos pais do Egito, Senhor JEOVÁ.
54 Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de fazer ao SENHOR esta oração e esta súplica, estando de joelhos e com as mãos estendidas para os céus, se levantou de diante do altar do SENHOR,
55 e pôs-se em pé, e abençoou a toda a congregação de Israel em alta voz, dizendo:
56 Bendito seja o SENHOR, que deu repouso ao seu povo de Israel, segundo tudo o que disse; nem uma só palavra caiu de todas as suas boas palavras que falou pelo ministério de Moisés, seu servo.
57 O SENHOR, nosso Deus, seja conosco, como foi com nossos pais; não nos desampare e não nos deixe,
58 inclinando a si o nosso coração, para andar em todos os seus caminhos e para guardar os seus mandamentos, e os seus estatutos, e os seus juízos que ordenou a nossos pais.
59 E que estas minhas palavras com que supliquei perante o SENHOR estejam perto, diante do SENHOR, nosso Deus, de dia e de noite, para que execute o juízo do seu servo e o juízo do seu povo de Israel, a cada qual no seu dia,
60 para que todos os povos da terra saibam que o SENHOR é Deus e que não há outro.
61 E seja o vosso coração perfeito para com o SENHOR, nosso Deus, para andardes nos seus estatutos e guardardes os seus mandamentos, como hoje.
62 E o rei e todo o Israel com ele sacrificaram sacrifícios perante a face do SENHOR.
63 E ofereceu Salomão em sacrifício pacífico o que sacrificou ao SENHOR, vinte e duas mil vacas e cento e vinte mil ovelhas; assim o rei e todos os filhos de Israel consagraram a Casa do SENHOR.
64 No mesmo dia, santificou o rei o meio do átrio que estava diante da Casa do SENHOR; porquanto ali preparara os holocaustos e as ofertas com a gordura dos sacrifícios pacíficos; porque o altar de cobre que estava diante da face do SENHOR era muito pequeno para nele caberem os holocaustos, e as ofertas, e a gordura dos sacrifícios pacíficos.
65 No mesmo tempo, celebrou Salomão a festa, e todo o Israel, com ele, uma grande congregação, desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito, perante a face do SENHOR, nosso Deus, por sete dias e mais sete dias, catorze dias.
1 REIS 7 e 8