O primeiro versículo do capítulo 13 tem mais de uma tradução porque os números originais foram aparentemente perdidos na transmissão do texto. 0 que parece certo é que o episódio aqui narrado se deu ao fim do segundo ano do reinado de Saul, ou logo após.
Começamos a ver uma mudança no caráter de Saul: como acontece com muita gente, tendo agora alguma experiência da sua posição de autoridade, sua vaidade foi estimulada e ele passou a agir com mais arrogância.
Saul separou para o novo exército de Israel três mil homens, ficou com dois mil para si e colocou seu filho Jônatas à testa dos outros mil. Saul estacionou seus homens em Micmás e na região montanhosa de Betel, um local estratégico para impedir a passagem de um exército inimigo que descesse para o sul; Jônatas e os seus homens foram colocados em Gibeá de Benjamim, onde estava a residência de Saul.
Jônatas passou ao ataque e derrotou a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá. Saul logo anunciou a todo Israel que fora ele, Saul, que derrotara a guarnição dos filisteus, tomando para si a honra do feito. Jônatas ganhou a vitória, provando ser um líder militar de valor, mas Saul tocou a trombeta. Dar a si próprio crédito pelos feitos dos outros é desleal e é uma indicação de orgulho. Cuidemos sempre para dar aos outros a honra que lhes é devida.
Prevendo um ataque dos filisteus, Saul convocou o povo para junto dele em Gilgal, que ficava no vale do rio Jordão, mais distante dos filisteus.
Os filisteus, ao saber da destruição daquela sua guarnição, reuniram um exército poderoso para punir os israelitas e restabelecer o seu controle daquela região, e reuniram-se em Bete-Áven (casa de nada, ou ídolos), do lado ocidental das montanhas de Benjamim. Ao ver tamanho exército, o povo de Israel correu para se esconder, e alguns fugiram descendo até o rio Jordão e atravessando para o outro lado.
Esqueceram-se que o SENHOR era quem ganhava as suas vitórias. Ás vezes também nós entramos em pânico quando vemos a força da oposição e olhamos apenas os nossos próprios recursos. Devemos focalizar nossa atenção em Deus e nos recursos inesgotáveis de que Ele dispõe, confiando nEle (Romanos 8:31-37).
Saul havia sido ordenado a nada fazer sem receber primeiro as instruções de Samuel, sendo-lhe dado um prazo de sete dias para este vir até ele em Gilgal (capítulo 10:8). Ele esperou, mas vendo que Samuel não aparecia, que o exército dos filisteus se aproximava, e que o povo estava começando a se espalhar, no sétimo dia ele desobedeceu impacientemente as ordens de Samuel e tomou a iniciativa de oferecer ele próprio o holocausto e as ofertas pacíficas, o que somente era permitido aos sacerdotes levitas. Era presunção da parte dele, julgando que, como rei, tinha autoridade para isto. Mais tarde outro rei, chamado Uzias, também procurou exercer uma tarefa sacerdotal, e foi castigado com a lepra (2 Crônicas 26).
Saul pensou que estava fazendo boa coisa, mas estava agindo da maneira errada, desobedecendo a Deus. É mediante a adversidade que a nossa obediência é provada. Os meios que usamos para atingir nossos objetivos são tão importantes quanto os objetivos em si. Quando tivermos que tomar uma decisão difícil, não nos precipitemos em desobedecer a Deus. Quando sabemos o que Ele quer, façamos a Sua vontade sem temer as conseqüências. Deus muitas vezes usa da demora para testar nossa obediência e paciência.
Samuel apareceu logo em seguida e repreendeu Saul por sua desobediência. Não aceitando as desculpas de Saul, ele lhe disse que, por não ter guardado o mandamento que o SENHOR seu Deus lhe havia ordenado, ele havia feito a sua descendência perder o direito hereditário ao trono de Israel, e que o SENHOR agora já havia buscado um homem para substituí-lo. Desde o início, Saul tinha sido avisado que se fosse obediente a Deus, ele seria abençoado, mas se fosse desobediente, ele sofreria castigo. Deus já tinha outro homem para tomar o seu lugar, e ele seria introduzido logo mais. Nem Samuel, a esta altura, sabia quem ele era.
Após Samuel ter-se retirado para Gibeá (onde Jônatas havia destruído a guarnição dos filisteus), Saul e Jônatas verificaram, ao contar o povo, que tinham apenas seiscentos homens com eles. Eles subiram todos até Geba (outro nome para Gibeá) e ficaram ali. Não só eram poucos, mas os homens de Israel estavam praticamente desarmados, porque os filisteus não permitiam que houvesse ferreiro em Israel para evitar que fizessem armas de ferro. Só Saul e Jônatas tinham espada e lança. Contra o imenso exército fortemente armado dos filisteus, os israelitas estavam em grande inferioridade, aparentemente. Só mesmo com a ajuda do SENHOR eles podiam ter qualquer esperança de triunfar. Deus queria lhes dar vitória sem espadas, para mostrar de onde vinha a sua força.
Os filisteus enviaram três grupos do seu exército para fazer incursões punitivas em três regiões daquela área. Jônatas confiava que Deus lhes daria a vitória e saiu apenas com o seu fiel escudeiro sem avisar ninguém, atacaram uma delas e conseguiram matar perto de vinte filisteus. 0 exército dos filisteus se espantou com isso, a terra estremeceu, e ouve um grande temor entre eles.
Os espias de Saul observaram, de longe, a confusão dentro do acampamento dos filisteus, contaram para Saul, e só então ele verificou que apenas Jônatas e seu escudeiro haviam saído.
Saul aparentemente não tinha certeza do que seria certo fazer a essa altura. Ele mandou que se trouxesse a arca - errado porque a arca não ganharia a batalha - mas vendo o alvoroço que crescia no acampamento inimigo, decidiu que não haveria tempo para algum ritual religioso e cancelou a ordem.
Saul então reuniu o seu exército e partiu para a guerra, para aproveitar a confusão do inimigo. Os filisteus haviam anteriormente arregimentado israelitas para o seu exército, mas estes agora se rebelaram contra eles. Os filisteus, confusos, começaram a lutar entre si, e acabaram abandonando o seu arraial e fugindo.
Muitos outros israelitas que haviam se escondido, vendo agora uma oportunidade porque os filisteus estavam fugindo, juntaram-se ao exército de Saul e Jônatas. Foi uma vitória notável sobre os filisteus que o SENHOR concedeu aos israelitas mediante a estratégia de Jônatas, que lhe deu o impulso inicial com coragem e fé.
Saul, desejoso de se vingar dos seus inimigos, e negligenciando as necessidades de seus próprios soldados, havia feito um voto precipitado amaldiçoando quem comesse antes do anoitecer. Jônatas não sabia disso e comeu um pouco de mel, que lhe deu mais força. Ele já tinha ganho a batalha.
Ao saber disso, Saul resolveu matá-lo, mas o povo, reconhecendo que fora Jônatas junto com Deus que lhes ganhara a batalha aquele dia, não permitiu que o fizesse. Começamos a ver aqui o lado egoísta e sanguinário de Saul.
O resultado desse voto impulsivo de Saul foi que:
Seus homens se enfraqueceram por falta de alimento.
Tornaram-se tão famintos que comeram carne ainda com sangue, coisa que Deus havia proibido (Gênesis 9:4).
Condenou seu próprio filho à maldição, e ele só foi salvo da morte porque o povo o impediu.
O caráter de Jônatas contrasta de maneira impressionante com o de seu pai: ele admitiu que tinha provado um pouco de mel, não apresentou desculpas e prontificou-se a morrer para que seu pai cumprisse o juramento que fizera. É um exemplo para nós: quando fizermos algum mal, mesmo que seja sem querer, estejamos prontos a arcar com as conseqüências do nosso ato. É sempre melhor admitir nossos enganos e mostrar que estamos mais interessados em fazer o que é correto do que em salvar as nossas aparências.
Capítulo 13:
1 Um ano tinha estado Saul em seu reinado e o segundo ano reinou sobre Israel.
2 Então, Saul escolheu para si três mil homens de Israel; e estavam com Saul dois mil em Micmás e na montanha de Betel, e mil estavam com Jônatas em Gibeá de Benjamim; e despediu o resto do povo, cada um para sua casa.
3 E Jônatas feriu a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os filisteus ouviram; pelo que Saul tocou a trombeta por toda a terra, dizendo: Ouçam os hebreus.
4 Então, todo o Israel ouviu dizer: Saul feriu a guarnição dos filisteus, e também Israel se fez abominável aos filisteus. Então, o povo foi convocado após Saul em Gilgal.
5 E os filisteus se ajuntaram para pelejar contra Israel: trinta mil carros, e seis mil cavaleiros, e povo em multidão como a areia que está à borda do mar; e subiram e se acamparam em Micmás, ao oriente de Bete-Áven.
6 Vendo, pois, os homens de Israel que estavam em angústia (porque o povo estava apertado), o povo se escondeu pelas cavernas, e pelos espinhais, e pelos penhascos, e pelas fortificações, e pelas covas,
7 e os hebreus passaram o Jordão para a terra de Gade e Gileade; e, estando Saul ainda em Gilgal, todo o povo veio atrás dele, tremendo.
8 E esperou sete dias, até ao tempo que Samuel determinara; não vindo, porém, Samuel a Gilgal, o povo se espalhava dele.
9 Então, disse Saul: Trazei-me aqui um holocausto e ofertas pacíficas. E ofereceu o holocausto.
10 E sucedeu que, acabando ele de oferecer o holocausto, eis que Samuel chegou; e Saul lhe saiu ao encontro, para o saudar.
11 Então, disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás,
12 eu disse: Agora, descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e forcei-me e ofereci holocausto.
13 Então, disse Samuel a Saul: Agiste nesciamente e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te ordenou; porque, agora, o SENHOR teria confirmado o teu reino sobre Israel para sempre.
14 Porém, agora, não subsistirá o teu reino; já tem buscado o SENHOR para si um homem segundo o seu coração e já lhe tem ordenado o SENHOR que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o SENHOR te ordenou.
15 Então, se levantou Samuel e subiu de Gilgal a Gibeá de Benjamim; e Saul contou o povo que achou com ele, uns seiscentos varões.
16 E Saul, e Jônatas, seu filho, e o povo que se achou com eles ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os filisteus se acamparam em Micmás.
17 E os destruidores saíram do campo dos filisteus em três companhias; uma das companhias voltou pelo caminho de Ofra à terra de Sual;
18 outra companhia voltou pelo caminho de Bete-Horom; e a outra companhia voltou pelo caminho do termo que olha para o vale Zeboim, contra o deserto.
19 E em toda a terra de Israel nem um ferreiro se achava, porque os filisteus tinham dito: Para que os hebreus não façam espada nem lança.
20 Pelo que todo o Israel tinha que descer aos filisteus para amolar cada um a sua relha, e a sua enxada, e o seu machado, e o seu sacho.
21 Tinham, porém, limas adentadas para os seus sachos, e para as suas enxadas, e para as forquinhas de três dentes, e para os machados, e para consertar as aguilhadas.
22 E sucedeu que, no dia da peleja, se não achou nem espada, nem lança na mão de todo o povo que estava com Saul e com Jônatas; porém acharam-se com Saul e com Jônatas, seu filho.
23 E saiu a guarnição dos filisteus ao caminho de Micmás.
Capítulo 14:
1 Sucedeu, pois, que um dia disse Jônatas, filho de Saul, ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição dos filisteus, que está lá daquela banda. Porém não o fez saber a seu pai.
2 E estava Saul na extremidade de Gibeá, debaixo da romeira que estava em Migrom; e o povo que havia com ele eram uns seiscentos homens.
3 E Aías, filho de Aitube, irmão de Icabô, filho de Finéias, filho de Eli, sacerdote do SENHOR em Siló, trazia o éfode; porém o povo não sabia que Jônatas tinha ido.
4 E, nas passagens pelas quais Jônatas procurava passar à guarnição dos filisteus, desta banda havia uma penha aguda, e da outra banda, uma penha aguda; e era o nome de uma Bozez; e o nome da outra, Sené.
5 Uma penha para o norte estava defronte de Micmás, e a outra para o sul, defronte de Gibeá.
6 Disse, pois, Jônatas ao moço que lhe levava as armas: Vem, passemos à guarnição destes incircuncisos; porventura, operará o SENHOR por nós, porque para com o SENHOR nenhum impedimento há de livrar com muitos ou com poucos.
7 Então, o seu pajem de armas lhe disse: Faze tudo o que tens no coração; volta, eis-me aqui contigo, conforme o teu coração.
8 Disse, pois, Jônatas: Eis que passaremos àqueles homens e nos descobriremos a eles.
9 Se nos disserem assim: Parai até que cheguemos a vós; então, ficaremos no nosso lugar e não subiremos a eles.
10 Porém dizendo assim: Subi a nós; então, subiremos, pois o SENHOR os tem entregado na nossa mão, e isso nos será por sinal.
11 Descobrindo-se ambos eles, pois, à guarnição dos filisteus, disseram os filisteus: Eis que já os hebreus saíram das cavernas em que se tinham escondido.
12 E os homens da guarnição responderam a Jônatas e ao seu pajem de armas e disseram: Subi a nós, e nós vo-lo ensinaremos. E disse Jônatas ao seu pajem de armas: Sobe atrás de mim, porque o SENHOR os tem entregado na mão de Israel.
13 Então, subiu Jônatas com os pés e com as mãos, e o seu pajem de armas atrás dele; e caíram diante de Jônatas, e o seu pajem de armas os matava atrás dele.
14 E sucedeu esta primeira derrota, em que Jônatas e o seu pajem de armas feriram até uns vinte homens, quase no meio de uma jeira de terra que uma junta de bois podia lavrar.
15 E houve tremor no arraial, no campo e em todo o povo; também a mesma guarnição e os destruidores tremeram, e até a terra se alvoroçou, porquanto era tremor de Deus.
16 Olharam, pois, as sentinelas de Saul, em Gibeá de Benjamim, e eis que a multidão se derramava e fugia, batendo-se.
17 Disse, então, Saul ao povo que estava com ele: Ora, contai e vede quem é que saiu dentre nós. E contaram, e eis que nem Jônatas nem o seu pajem de armas estavam ali.
18 Então, Saul disse a Aías: Traze aqui a arca de Deus (porque, naquele dia, estava a arca de Deus com os filhos de Israel).
19 E sucedeu que, estando Saul ainda falando com o sacerdote, o alvoroço que havia no arraial dos filisteus ia crescendo muito e se multiplicava, pelo que disse Saul ao sacerdote: Retira a tua mão.
20 Então, Saul e todo o povo que havia com ele se ajuntaram e vieram à peleja; e eis que a espada de um era contra o outro, e houve mui grande tumulto.
21 Também com os filisteus havia hebreus, como dantes, que subiram com eles ao arraial em redor; e também estes se ajuntaram com os israelitas que estavam com Saul e Jônatas.
22 Ouvindo, pois, todos os homens de Israel que se esconderam pela montanha de Efraim que os filisteus fugiam, eles também os perseguiram de perto na peleja.
23 Assim, livrou o SENHOR a Israel naquele dia; e o arraial passou a Bete-Áven.
24 E estavam os homens de Israel já exaustos naquele dia, porquanto Saul conjurara o povo, dizendo: Maldito o homem que comer pão até à tarde, para que me vingue de meus inimigos. Pelo que todo o povo se absteve de provar pão.
25 E todo o povo chegou a um bosque; e havia mel na superfície do campo.
26 E, chegando o povo ao bosque, eis que havia um manancial de mel; porém ninguém chegou a mão à boca, porque o povo temia a conjuração.
27 Porém Jônatas não tinha ouvido quando seu pai conjurara o povo, e estendeu a ponta da vara que tinha na mão, e a molhou no favo de mel; e, tornando a mão à boca, aclararam-se os seus olhos.
28 Então, respondeu um do povo e disse: Solenemente, conjurou teu pai o povo, dizendo: Maldito o homem que comer hoje pão. Pelo que o povo desfalecia.
29 Então, disse Jônatas: Meu pai tem turbado a terra; ora, vede como se me aclararam os olhos por ter provado um pouco deste mel.
30 Quanto mais se o povo hoje livremente tivesse comido do despojo que achou de seus inimigos. Porém, agora, não foi tão grande o estrago dos filisteus.
31 Feriram, porém, aquele dia aos filisteus, desde Micmás até Aijalom; e o povo desfaleceu em extremo.
32 Então, o povo se lançou ao despojo, e tomaram ovelhas, e vacas, e bezerros e os degolaram no chão; e o povo os comeu com sangue.
33 E o anunciaram a Saul, dizendo: Eis que o povo peca contra o SENHOR, comendo com sangue. E disse ele: Aleivosamente, procedestes; revolvei-me hoje uma grande pedra.
34 Disse mais Saul: Derramai-vos entre o povo e dizei-lhes: Trazei-me cada um o seu boi, e cada um a sua ovelha, e degolai-os aqui, e comei, e não pequeis contra o SENHOR, comendo com sangue. Então, todo o povo trouxe de noite, cada um com a sua mão, o seu boi, e os degolaram ali.
35 Então, edificou Saul um altar ao SENHOR; este foi o primeiro altar que edificou ao SENHOR.
36 Depois, disse Saul: Desçamos, de noite, atrás dos filisteus, e despojemo-los, até que amanheça a luz, e não deixemos de resto um homem deles. E disseram: Tudo o que parecer bem aos teus olhos faze. Disse, porém, o sacerdote: Cheguemo-nos aqui a Deus.
37 Então, consultou Saul a Deus, dizendo: Descerei atrás dos filisteus? Entregá-los-ás na mão de Israel? Porém aquele dia lhe não respondeu.
38 Então, disse Saul: Chegai-vos para cá, todos os chefes do povo, e informai-vos, e vede em que se cometeu hoje este pecado.
39 Porque vive o SENHOR, que salva a Israel, que, ainda que seja em meu filho Jônatas, certamente morrerá. E nenhum de todo o povo lhe respondeu.
40 Disse mais a todo o Israel: Vós estareis de uma banda, e eu e meu filho Jônatas estaremos da outra banda. Então, disse o povo a Saul: Faze o que parecer bem aos teus olhos.
41 Falou, pois, Saul ao SENHOR, Deus de Israel: Mostra o inocente. Então, Jônatas e Saul foram tomados por sorte, e o povo saiu livre.
42 Então, disse Saul: Lançai a sorte entre mim e Jônatas, meu filho. E foi tomado Jônatas.
43 Disse, então, Saul a Jônatas: Declara-me o que tens feito. E Jônatas lho declarou e disse: Tão-somente provei um pouco de mel com a ponta da vara que tinha na mão; eis que devo morrer?
44 Então, disse Saul: Assim me faça Deus e outro tanto, que com certeza morrerás, Jônatas.
45 Porém o povo disse a Saul: Morrerá Jônatas, que efetuou tão grande salvação em Israel? Nunca tal suceda. Vive o SENHOR, que não lhe há de cair no chão um só cabelo da sua cabeça! Pois com Deus fez isso, hoje. Assim, o povo livrou a Jônatas, para que não morresse.
46 E Saul deixou de seguir os filisteus, e os filisteus se foram ao seu lugar.
47 Então, tomou Saul o reino sobre Israel e pelejou contra todos os seus inimigos em redor: contra Moabe, e contra os filhos de Amom, e contra Edom, e contra os reis de Zobá, e contra os filisteus; e, para onde quer que se voltava, executava castigos.
48 E houve-se valorosamente, e feriu aos amalequitas, e libertou a Israel da mão dos que o saqueavam.
49 E os filhos de Saul eram Jônatas, e Isvi, e Malquisua; e os nomes de suas duas filhas eram estes: o nome da mais velha, Merabe, e o nome da mais nova, Mical.
50 E o nome da mulher de Saul, Ainoã, filha de Aimaás; e o nome do general do exército, Abner, filho de Ner, tio de Saul.
51 E Quis, pai de Saul, e Ner, pai de Abner, eram filhos de Abiel.
52 E houve uma forte guerra contra os filisteus, todos os dias de Saul; pelo que Saul, a todos os homens valentes e valorosos que via, os agregava a si.
1 Samuel 13-14