Os dois dias catorze e quinze do mês de adar foram dias de grande alívio e júbilo para os judeus em todas as regiões do império persa porque tendo destruído seus inimigos na véspera, eles puderam descansar, aliviados nesses dias.
O versículo 20 começa com as palavras "e Mardoqueu escreveu essas coisas", o que é uma boa indicação de que o livro pode ter sido escrito por ele, ou baseado no seu relatório.
Com a grande autoridade que agora tinha, Mardoqueu enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, pois, como ele disse, foi quando os judeus tiveram repouso dos seus inimigos e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria e de luto em dia de folguedo.
A celebração deveria ser na forma de banquetes e de alegria, dando presentes uns aos outros e fazendo dádivas aos pobres. Isso nos lembra a celebração do Natal, que atualmente éfeita tradicionalmente dois meses antes nos países de influência cristã.
Os judeus prontamente se encarregaram de instituir esses dias de festa conforme Mardoqueu lhes havia escrito, e deram a esses dois dias o nome de Purim, do nome Pur em língua persa, que significa fazer sorteio, como ironia pelo sorteio mediante o qual Hamã havia decidido o dia em que ia aniquilar os judeus.
Esses dois dias seriam guardados todos os anos, perpetuamente, pelos judeus no mundo inteiro, para que a memória desses fatos nunca caísse no esquecimento.
Depois disso, também a rainha Ester escreveu com Mardoqueu, com veemência, para que os judeus por toda a parte do reino de Assuero confirmassem pela segunda vez esta carta de Purim, assim como haviam atendido quando lhes foi pedido jejum e houve clamor por todos eles.
Foi ainda escrito um livro incluindo o mandado de Ester com respeito ao Purim.
Ainda em nossos dias a festa de Purim é celebrada É interessante saber que existem três orações que se fazem durante a festa de Purim:
Agradecendo ao Senhor por serem feitos merecedores.
Agradecendo ao Senhor por ter preservado os seus ancestrais.
Agradecendo ao Senhor por lhes ter dado vida para apreciar outra festa.
A celebração da festa de Purim pelos judeus ortodoxos começa em suas sinagogas. Celebram o culto com muita alegria e concluem com a leitura do livro de Ester. Segundo nos informam, sempre que o nome de Hamã é mencionado, eles cospem cerimoniosamente, e podem usar duas expressões: "seja seu nome apagado" ou "seja ele maldito".
No dia seguinte eles se reúnem para um novo culto jubiloso porque é uma festa que celebra o fato que Deus os livrou (e incluem outros livramentos como os das atrocidades dos nazistas) conforme a promessa que Ele havia feito a Abraão: Deus havia dito " … E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem…" (Gen. 12:3).
Vemos na festa de Purim o poder de Deus para preservação do Seu povo, sua providência, sua soberania. Realmente, como foi escrito em Provérbios, séculos antes do tempo de Ester, "A sorte se lança no regaço, mas do SENHOR procede toda a sua disposição." (Prov. 16:33). Ele manterá a Sua nação, Israel.
Também nós, que somos salvos perante nossa fé no sangue remidor do Senhor Jesus, pertencemos a um povo de Deus, um povo especial que Cristo chama a Sua igreja, e da qual Ele é o Bom Pastor.
Um dia Ele virá para trazer a verdadeira paz a este mundo, pois Ele é a salvação de Deus para nós, como diz o seu próprio nome, Jesus. Ele vai preservar a Sua igreja. Ele pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles, portanto preserva cada um que é dEle.
Precisamos nos aproximar mais dele. Às vezes nós O consideramos como uma figura distante, e tratamos de resolver nossos assuntos nós mesmos, à nossa maneira. Estamos satisfeitos se tudo vai bem, e pensamos que podemos acertar nosso próprio caminho, por isso não esperamos em Deus.
Um dia a tempestade vem, o caminho escurece, ficamos sem rumo, e então lembramos de clamar a Deus como fez aquele povo. Se então as coisas melhoram e saímos daquela situação, dizemos que Deus nos guiou para fora, e voltamos a seguir nosso próprio caminho.
Se Deus nos guiou, foi pela Sua providência, mas não estamos vivendo segundo a vontade de Deus. Ele quer nos guiar sempre, não só quando o caminho que escolhemos nos leva ao desastre. Não importa qual seja a nossa inteligência, cultura, preparo - só podemos ficar tranqüilos em nossa vida, gozando paz e alegria, quando sabemos que estamos em perfeita comunhão com Deus, e que Ele é quem dirige os nossos passos.
A providência divina está sempre presente, não importa se às vezes escorregamos pelo caminho, mas andar com o Senhor no dia a dia éa verdadeira solução para uma vida abençoada.
Mardoqueu se tornou tão importante que todos os seus atos de força e poder, e o relato completo da sua grandeza foram registrados no livro das crônicas dos reis da Média e da Pérsia.
É notável que nada é dito sobre a sua morte, que normalmente é mencionada nas biografias de homens famosos como ele. É como se ele continuasse para sempre: "aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre." (1 João 2:17).
Como um grande patriota, ele foi exaltado à mais alta posição pelo rei Assuero e nesta posição ele promoveu a prosperidade do seu povo.
Também o Senhor Jesus está exaltado à mais alta posição no universo, e de lá ele promove o bem-estar do Seu povo, a Sua igreja, usando o Seu imenso poder.
Mardoqueu é um exemplo para cada um de nós. Procuremos honrar ao nosso Senhor e promover o bem estar de nossos irmãos de acordo com nossa habilidade e as oportunidades que se nos oferecem. Seja evangelismo, ensino, testemunho público ou particular, exercício da oração, consolação, ou outra atividade, dediquemos nossos esforços de forma que o nome do nosso Senhor e Salvador seja honrado em nossas vidas e em nosso testemunho público.
Festa | Mês | Início | Dias | Referência |
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Páscoa
|
Nisan (03/04) | 14 | 2 | Êxodo 12:43;13:10 |
Pães Asmos
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Nisan (03/04) | 14 | 7 | Mateus 26:17-20 |
Pentecostes |
Sivan (05/06) | 6 | 1 | Deuteronômio 16:9-12 |
Rosh |
Tishri(09/10) | 1 | 1 | Números 29:1-6 |
Yom Kippur (3) |
Tishri (09/10) | 10 | 1 | Levítico 23:26-32 |
Tabernáculos (4)
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Tishri (09/10) | 15 | 7 | Neemias 8:13/18, João 7:2 |
Hanuca (5)
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Chislev (11/12) | 25 | 8 | João 10:22 |
Purim (6)
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Adar (02/03) | 14 | 2 | Ester 9:18-32 |
(1) também chamada Primícias e Semanas
(2) " " Trombetas
(3) " " Dia da Expiação
(4) " " Dia da Dedicação e Festa de Luzes
(5) " " Festa do Sorteio
Capítulo 9:
...
19 E também os judeus das aldeias que habitavam nas vilas fizeram do dia catorze do mês de adar dia de alegria e de banquetes e dia de folguedo e de mandarem presentes uns aos outros.
20 E Mardoqueu escreveu essas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe,
21 ordenando-lhes que guardassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos,
22 como os dias em que os judeus tiveram repouso dos seus inimigos e o mês que se lhes mudou de tristeza em alegria e de luto em dia de folguedo; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria e de mandarem presentes uns aos outros e dádivas aos pobres.
23 E se encarregaram os judeus de fazerem o que já tinham começado, como também o que Mardoqueu lhes tinha escrito.
24 Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus; e tinha lançado Pur, isto é, a sorte para os assolar e destruir.
25 Mas, vindo isso perante o rei, mandou ele por cartas que o seu mau intento, que intentara contra os judeus, se tornasse sobre a sua cabeça; pelo que o enforcaram a ele e a seus filhos numa forca.
26 Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur; pelo que também, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que viram sobre isso, e do que lhes tinha sucedido,
27 confirmaram os judeus e tomaram sobre si, e sobre a sua semente, e sobre todos os que se achegassem a eles que não se deixaria de guardar esses dois dias conforme o que se escrevera deles e segundo o seu tempo determinado, todos os anos;
28 e que estes dias seriam lembrados e guardados geração após geração, família, província e cidade, e que estes dias de Purim se celebrariam entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua semente.
29 Depois disso, escreveu a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu, com toda a força, para confirmarem segunda vez esta carta de Purim.
30 E mandaram cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras de paz e fidelidade,
31 para confirmarem estes dias de Purim nos seus tempos determinados, como Mardoqueu, o judeu, e a rainha Ester lhes tinham estabelecido e como eles mesmos já o tinham estabelecido sobre si e sobre a sua semente, acerca do jejum e do seu clamor.
32 E o mandado de Ester estabeleceu o que respeitava ao Purim; e escreveu-se num livro.
Capítulo 10:
1 Depois disto, pôs o rei Assuero tributo sobre a terra e sobre as ilhas do mar.
2 E todas as obras do seu poder e do seu valor e a declaração da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei engrandeceu, porventura, não estão escritas no livro das crônicas dos reis da Média e da Pérsia?
3 Porque o judeu Mardoqueu foi o segundo depois do rei Assuero, e grande para com os judeus, e agradável para com a multidão de seus irmãos, procurando o bem do seu povo e trabalhando pela prosperidade de toda a sua nação.