O tabernáculo terrestre, seus móveis e o sacerdócio arâmico foram instituídos segundo um modelo que o SENHOR mostrou a Moisés e eram figura e sombra das cousas celestes (Hebreus 8:5).
A idéia de que Deus mora em um edifício feito por mãos humanas não é verdadeira, mas pagã. Alguns gostam de chamar de casa de Deus o prédio em que uma igreja se reúne para seus cultos e outras atividades. Só é correto no sentido que é uma casa dedicada ao serviço de Deus, mas não é, e nunca foi, a moradia de Deus (1 Reis 8:27).
Deus nunca disse que iria morar no tabernáculo no sentido de se restringir a um ponto geográfico. Ele disse que iria morar entre os querubins (1 Samuel 4:4; 2 Samuel 6:2; 2 Reis 19:15, Salmo 99:1 e Isaías 37:16): sendo Israel uma teocracia da qual o SENHOR era o Rei, Ele colocou Seu trono entre os querubins do propiciatório, que ficava sobre a arca do concerto, sendo este o lugar em que seus súditos, representados pelo sacerdote, iriam se encontrar com Ele.
O fato da arca do concerto ser o primeiro móvel mencionado é significativo: o tabernáculo é visto do ponto de vista de Deus, a partir do Seu trono, colocado no recinto Santo dos Santos, olhando de dentro para fora. A perspectiva humana começaria de fora para dentro, a partir do portão do átrio, do altar de bronze, e da bacia com água.
A arca, feita de madeira de acácia e coberta por dentro e por fora de ouro, é um perfeito símbolo de Cristo, representando as Suas duas naturezas, a divina e a humana: sua divindade é representada pelo ouro incorruptível, e sua humanidade pela madeira, corruptível. As duas matérias formam a arca, mas sem se fundirem. Assim também Cristo é o Filho de Deus que se revestiu da substância humana mantendo distintas as duas naturezas em Sua pessoa (João 14:1,9, Colossenses 2:9).
O conteúdo da arca (Hebreus 9:4) também era simbólico de Cristo:
O maná nos fala dele, o verdadeiro Pão da Vida (João 6:32,35) que nos dá a vida eterna, e, o Profeta, o Verbo de Deus que traz a mensagem final de Deus para a humanidade. Depois dele veio o silêncio, pois Ele é a última palavra.
A vara de Arão nos lembra a Sua ressurreição, e da Sua posição como Sumo Sacerdote oferecendo-se a Si mesmo em sacrifício pelo pecado de muitos.
As tábuas com os dez mandamentos da aliança nos indicam que quando aqui viveu Ele cumpriu a Lei em todos os seus detalhes. A Lei também nos lembra que Ele é o Rei, que assim nasceu, viveu, morreu, e ressuscitou e vai voltar para tomar o Seu reino, como Rei dos reis e Senhor dos senhores.
O propiciatório era como uma bandeja colocada em cima da arca. Era uma peça à parte, feita de ouro puro com um querubim em cada um dos dois lados, cobrindo-a com suas asas e olhando para baixo onde anualmente era colocado o sangue do sacrifício pelo povo. Este é um perfeito símbolo do sacrifício do sangue de Cristo, oferecido em resgate dos que nele crêem (1 Pedro 1:18,19). Só podemos nos aproximar de Deus mediante o nosso Sumo Sacerdote que está à sua mão direita, Jesus Cristo ressuscitado. Ele ofereceu seu próprio sangue para remissão de nossos pecados, uma só vez para todo o sempre (Hebreus 7:26-28). É através dele que encontramos misericórdia e socorro em nossas aflições (Hebreus 2:17, 18, 4:15,16).
A mesa dos pães da propiciação tinha sobre ela doze pães, cada um dos quais representava uma das tribos de Israel, indicando igualdade para todos. Os pães são um símbolo de Cristo: eles eram feitos de grão de trigo moído e sem fermento; Ele se comparou com um grão de trigo (João 12:24), foi moído pelas nossas iniqüidades (Isaías 53:5), mas sem pecado, do qual o fermento é um símbolo. Todos podem participar dele, sem distinção. Já a mesa sugere muitas coisas: sustento, provisão, suprimento. É a mesa da
salvação: todos estão convidados a virem participar da salvação que se acha em Cristo.
provisão: Cristo, mediante quem tudo o que existe foi feito, nos fornece de tudo que precisamos para nosso sustento, tanto material como espiritual.
a santa ceia: estabelecida por Cristo antes da Sua morte; tomando do pão e do cálice, os que nele crêem lembram-se da sua morte e a anunciam até que Ele volte.
O candelabro feito de uma só peça de ouro, lindamente trabalhada, representa para nós a divindade perfeita de Cristo - ouro puro. Ele é a Luz do mundo (João 8:12-26), dando visão espiritual a todos os que se chegam a Ele. Não foram dadas medidas para o candelabro: também não podemos por limites à divindade de Cristo, pois não existem. Isto é além da nossa compreensão, que é limitada ao tempo e ao espaço que nos rodeiam. O candelabro segurava as sete lâmpadas que iluminavam o santuário, o lugar de adoração, e ao mesmo tempo revelavam a beleza do candelabro. As lâmpadas eram alimentadas com azeite, um símbolo do Espírito Santo na Bíblia. O Senhor Jesus falou a respeito dele o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito (João 14:26). Assim como as lâmpadas revelavam a beleza do candelabro, quando nos reunimos para estudar a Palavra de Deus, em nome de Cristo, é o Espírito Santo de Deus que nos revela as coisas maravilhosas referentes ao Senhor Jesus, como o Filho de Deus, nosso Redentor e Intercessor.
O altar de incenso (capítulo 30:1-10) estava junto ao véu que dava entrada ao Santo dos Santos, a presença do SENHOR. Não era para ser usado para sacrifícios, apenas continha um tipo especial de incenso (nenhum outro era permitido), que devia ser queimado todas as manhãs, quando Arão ia preparar as lâmpadas, e todas as tardes quando fosse acendê-las. Incenso é um símbolo de oração na Bíblia (Salmo 141:2, Apocalipse 8:3), e o altar nos fala novamente do Senhor Jesus, pois somente através dele podemos chegar ao Trono de Graça em oração. Deus houve as nossas orações porque as fazemos em nome de Cristo, que morreu na cruz por nós (Efésios 1:6, João 14:14). Somente sacerdotes - os verdadeiros crentes em Cristo - podem orar assim, e devem orar sem cessar (1 Tessalonicenses 5:17).
O recinto do Santo dos Santos onde estava o trono do SENHOR nos lembra a Nova Jerusalém, a cidade dos santos (também em forma de cubo), chamada o tabernáculo de Deus com os homens, onde Deus habitará com eles (Apocalipse 21:3).
O santuário, também chamado templo do SENHOR nos recorda a igreja de Cristo (1 Coríntios 3:16,17). As paredes e travessas de tábuas, de madeira coberta de ouro, nos falam de Cristo, também as quatro coberturas: azul do céu de onde veio, púrpura da sua realeza, escarlate do seu sangue.
O altar de bronze onde eram feitos os sacrifícios, representa o sacrifício feito pelo pecado de muitos pela morte do nosso Salvador, Jesus Cristo. Bronze na Bíblia é símbolo de julgamento. Ninguém pode entrar no santuário, sem ter aceito este sacrifício pelos seus pecados (João 1:12,29, Efésios 5:2).
A bacia de bronze onde os sacerdotes se lavavam nos lembra a Palavra de Deus: como o bronze polido ela nos mostra a sujeira do pecado, e como água limpa ela nos purifica mediante o Espírito Santo (Efésios 5:26). É depois desta santificação, feita repetidamente, que podemos entrar na presença de Deus para adorá-lo.
Capítulo 25
10 Também farão uma arca de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio, e de um côvado e meio, a sua altura.
11 E cobri-la-ás de ouro puro; por dentro e por fora a cobrirás; e farás sobre ela uma coroa de ouro ao redor;
12 e fundirás para ela quatro argolas de ouro e as porás nos quatro cantos dela: duas argolas num lado dela e duas argolas no outro lado dela.
13 E farás varas de madeira de cetim, e as cobrirás com ouro,
14 e meterás as varas nas argolas, aos lados da arca, para se levar com elas a arca.
15 As varas estarão nas argolas da arca, e não se tirarão dela.
16 Depois, porás na arca o Testemunho, que eu te darei.
17 Também farás um propiciatório de ouro puro; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura, de um côvado e meio.
18 Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.
19 Farás um querubim na extremidade de uma parte e o outro querubim na extremidade da outra parte; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele.
20 Os querubins estenderão as suas asas por cima, cobrindo com as suas asas o propiciatório; as faces deles, uma defronte da outra; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório.
21 E porás o propiciatório em cima da arca, depois que houveres posto na arca o Testemunho, que eu te darei.
22 E ali virei a ti e falarei contigo de cima do propiciatório, do meio dos dois querubins (que estão sobre a arca do Testemunho), tudo o que eu te ordenar para os filhos de Israel.
23 Também farás uma mesa de madeira de cetim; o seu comprimento será de dois côvados, e a sua largura, de um côvado, e a sua altura, de um côvado e meio,
24 e cobri-la-ás com ouro puro; também lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
25 Também lhe farás uma moldura ao redor, da largura de uma mão, e lhe farás uma coroa de ouro ao redor da moldura.
26 Também lhe farás quatro argolas de ouro; e porás as argolas nos quatro cantos, que estão nos seus quatro pés.
27 Defronte da moldura estarão as argolas, como lugares para os varais, para se levar a mesa.
28 Farás, pois, estes varais de madeira de cetim e cobri-los-ás com ouro; e levar-se-á com eles a mesa.
29 Também farás os seus pratos, e as suas colheres, e as suas cobertas, e as suas tigelas com que se hão de cobrir; de ouro puro os farás.
30 E sobre a mesa porás o pão da proposição perante a minha face continuamente.
31 Também farás um castiçal de ouro puro; de ouro batido se fará este castiçal; o seu pé, as suas canas, as suas copas, as suas maçãs e as suas flores serão do mesmo.
32 E dos seus lados sairão seis canas: três canas do castiçal de um lado dele e três canas do castiçal do outro lado dele.
33 Numa cana haverá três copos a modo de amêndoas, uma maçã e uma flor; e três copos a modo de amêndoas na outra cana, uma maçã e uma flor; assim serão as seis canas que saem do castiçal.
34 Mas no castiçal mesmo haverá quatro copos a modo de amêndoas, com suas maçãs e com suas flores;
35 e uma maçã debaixo de duas canas que saem dele; e ainda uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele; e ainda mais uma maçã debaixo de duas outras canas que saem dele: assim se fará com as seis canas que saem do castiçal.
36 As suas maçãs e as suas canas serão do mesmo; tudo será de uma só peça, obra batida de ouro puro.
37 Também lhe farás sete lâmpadas, as quais se acenderão para alumiar defronte dele.
38 Os seus espevitadores e os seus apagadores serão de ouro puro.
39 De um talento de ouro puro os farás, com todos estes utensílios.
40 Atenta, pois, que o faças conforme o seu modelo, que te foi mostrado no monte.
Capítulo 27
1
Farás também o altar de madeira de cetim; cinco côvados será o comprimento, e cinco côvados, a largura (será quadrado o altar), e três côvados, a sua altura.
2 E farás as suas pontas nos seus quatro cantos; as suas pontas serão uma só peça com o mesmo, e o cobrirás de cobre.
3 Far-lhe-ás também as suas caldeirinhas, para recolher a sua cinza, e as suas pás, e as suas bacias, e os seus garfos, e os seus braseiros; todos os seus utensílios farás de cobre.
4 Far-lhe-ás também um crivo de cobre em forma de rede, e farás a esta rede quatro argolas de metal aos seus quatro cantos,
5 e as porás dentro do cerco do altar para baixo, de maneira que a rede chegue até ao meio do altar.
6 Farás também varais para o altar, varais de madeira de cetim, e os cobrirás de cobre.
7 E os varais se meterão nas argolas, de maneira que os varais estejam de ambos os lados do altar quando for levado.
8 Oco, de tábuas, o farás; como se te mostrou no monte, assim o farão.
Capítulo 30
1 E farás um altar para queimar o incenso; de madeira de cetim o farás.
2 O seu comprimento será de um côvado, e a sua largura, de um côvado; será quadrado, e de dois côvados, a sua altura; e as suas pontas farão uma só peça com ele.
3 E com ouro puro o forrarás, o seu teto e as suas paredes ao redor, e as suas pontas; e lhe farás uma coroa de ouro ao redor.
4 Também lhe farás duas argolas de ouro debaixo da sua coroa; aos dois lados as farás, de ambas as bandas; e serão para lugares dos varais, com que será levado.
5 E os varais farás de madeira de cetim e os forrarás com ouro.
6 E o porás diante do véu que está diante da arca do Testemunho, diante do propiciatório que está sobre o Testemunho, onde me ajuntarei contigo.
7 E Arão sobre ele queimará o incenso das especiarias; cada manhã, quando põe em ordem as lâmpadas, o queimará.
8 E, acendendo Arão as lâmpadas à tarde, o queimará; este será incenso contínuo perante o SENHOR pelas vossas gerações.
9 Não oferecereis sobre ele incenso estranho, nem holocausto, nem oferta; nem tampouco derramareis sobre ele libações.
10 E uma vez no ano Arão fará expiação sobre as pontas do altar com o sangue do sacrifício das expiações; uma vez no ano fará expiação sobre ele pelas vossas gerações; santíssimo é ao SENHOR...
17 E falou o SENHOR a Moisés, dizendo:
18 Farás também uma pia de cobre com a sua base de cobre, para lavar; e a porás entre a tenda da congregação e o altar e deitarás água nela.
19 E Arão e seus filhos nela lavarão as suas mãos e os seus pés.
20 Quando entrarem na tenda da congregação, lavar-se-ão com água, para que não morram, ou quando se chegarem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao SENHOR.
21 Lavarão, pois, as mãos e os pés, para que não morram; e isto lhes será por estatuto perpétuo, a ele e à sua semente nas suas gerações.
Éxodo capítulos 25:10-40, 27:1-8, 30:1-10, 17-21