No capítulo 1:13 o povo dizia "que canseira!" ao se referir à mesa do SENHOR, mas agora o profeta declara que eles "têm cansado o SENHOR com as suas palavras".
Como se fossem inocentes, vítimas de perjúrio, eles fazem sua quinta pergunta: "Como O temos cansado?" Estão ofendidos porque o SENHOR ousou dizer isso a respeito deles: eles fingem estar ignorantes dos seus pecados. O SENHOR lhes responde através do profeta:
Eles realmente acreditavam nisto, ou falavam sarcasticamente? De qualquer forma, estavam difamando o nome do SENHOR.
Isto certamente nos leva a pensar da atitude hoje em dia em muitas igrejas que se dizem "cristãs", que para serem atraentes e "politicamente corretas", pregam um Deus de amor apenas, não levando em conta que Ele também é um Deus de justiça e de retidão.
Segundo João 3:16 "Deus amou o mundo", e realmente Ele amou a sua criação, mas certamente não o pecado em que estava coberta. A seguir lemos que "Ele deu o seu Filho unigênito" para morrer a fim de que "todo aquele que nEle crê tenha a vida eterna". Ele só tem prazer naqueles que recebem a Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador.
Esta pergunta tem sido feita através dos séculos.
Grandes pecadores freqüentemente prosperam muito e não parecem ter problemas ou desgraças como aqueles que procuram servir a Deus. Quando se duvida da justiça de Deus, os padrões morais logo baixam para uma espécie de "moralidade nova". "Quando os crimes não são castigados logo, o coração do homem se enche de planos para fazer o mal". (Eclesiastes 8:11 NVI).
O mal enriquece. A maioria do povo diria que o crime de fato compensa e os que se envolvem com ele cometem o mais que podem enquanto julgarem que não vão ser apanhados e castigados. Isso se aplica a toda a sociedade. O humilde homenzinho honesto é pisoteado e ninguém se incomoda com isso.
Porque Deus não interfere? O salmista Asafe faz essa pergunta no Salmo 73 e recebeu a resposta quando se dirigiu a Deus e ficou sabendo do seu destino.
A justiça de Deus é inevitável, mas Ele é paciente e dá oportunidade para que o homem se arrependa enquanto ainda está neste mundo. O tempo vai passando e um dia cada um de nós estará na eternidade - ali é onde vamos "acabar" e isso será por tempo interminável. Os ímpios de hoje podem construir uma "moralidade nova" e acumular quanta riqueza puderem, mas terão que deixar tudo aqui e enfrentar o Juiz amanhã.
Precisamos tomar cuidado para não criticar a aparente falta de ação de Deus em nossa sociedade contemporânea. Qualquer pessoa não salva que tenha conhecimento da Palavra de Deus sabe que é um pecador e que existe um Deus de justiça. Ele não será castigado imediatamente, mas o julgamento virá no devido tempo.
Haverá dois mensageiros: o primeiro preparará o caminho diante do SENHOR.
Revendo os vinte e quatro séculos decorridos desde que isto foi escrito, poderíamos pensar que o primeiro mensageiro desta profecia teria vindo vinte séculos atrás: João Batista. Ele se identificou como quem veio preparar o caminho, e os quatro Evangelhos dizem que ele assim fez. Mas ele veio preparar o caminho para o "Cordeiro de Deus", o Messias Jesus.
O anjo (mensageiro) da aliança não é chamado assim nos Evangelhos. Ele é o Messias Jesus, que veio para introduzir a Nova Aliança (Testamento). Ele veio pela graça para salvar, como Redentor, e foi rejeitado pela nação de Israel em Seu tempo: não se agradaram dEle mas, ao invés disso, O crucificaram.
Este trecho da profecia de Malaquias não trata da Sua primeira vinda, mas da segunda, quando virá como Juiz, para estabelecer o Seu reino e esmagar a rebelião que está nesta terra. João Batista foi um cumprimento parcial em antecedência da profecia, mas ainda está por vir o completo cumprimento quando Elias (cap. 4:5) irá preparar o povo antes daquele grande e terrível dia em que o SENHOR virá.
Essa foi, portanto, a resposta de Deus ao povo de Israel: Deus O enviaria primeiro como Salvador, não só a eles mas para toda a humanidade, porque Ele é misericordioso e quer salvar. Mas não acaba aí: Ele voltará outra vez como mensageiro da aliança, isto é, para executar juízo e julgamento sobre esta terra.
Deus também não se agrada em condenar a humanidade à perdição eterna, por isso Ele mesmo pagou o alto preço da nossa redenção. Mas quem não quiser aceitar a Jesus Cristo, que deu a Sua vida em nosso lugar, como seu Salvador, vai ter que se submeter ao Seu julgamento, goste ou não, e à condenação pelo seu pecado. O Senhor Jesus disse: "O Pai a ninguém julga, mas confiou todo julgamento ao Filho, para que todos honrem ao Filho como honram o Pai. Aquele que não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou" (João 5:22-23 NVI).
Muitos têm pensado erradamente que a aliança da qual Cristo é o mensageiro é o Novo Testamento, mas no contexto está implícito que isto nada tem a ver com a primeira vinda de Cristo, portanto concerne à aliança que Deus anteriormente fez com o povo de Israel, expresso em vários lugares das Escrituras (p.ex. Levítico 26:9-13, Deuteronômio 4:23, etc.).
O mensageiro da aliança virá um dia para cumpri-la. Deus vai morar entre o Seu povo, e esta é a razão porque encontramos nestes primeiros versículos de Malaquias 3 a lavagem e purificação que serão efetuados no povo de Israel. Deus não andará entre eles a não ser que lhe sejam obedientes, depois de terem sido lavados e purificados. Isto é também verdade a respeito de qualquer trabalho cristão em nosso tempo.
O SENHOR a quem buscavam é o Senhor Jesus Cristo, que é Deus manifesto na carne. Ele virá de repente para o Seu templo, (a mesma expressão de repente é usada para quando Ele vier para arrebatar a Sua igreja, para tirá-la do mundo). Ele é chamado Senhor, esse é o Seu templo, e Ele é o mensageiro da aliança, portanto sabemos que se trata do Senhor Jesus Cristo. Aquele que conhecemos no Novo Testamento como o Senhor Jesus Cristo é o anjo da aliança no Velho Testamento.
Ele realmente vem para ser juiz, pois o profeta diz: "Mas quem suportará o dia da Sua vinda? Quem ficará em pé quando ele aparecer? Porque ele será como fogo do ourives …" Ao ser refinado, o minério é colocado sobre um fogo intenso, e à medida que vai derretendo, as impurezas podem ser retiradas ficando o metal puro. Também vai lavar "como o sabão do lavandeiro …"
Ele vai purificar, lavar e retirar as impurezas dos que entrarem no milênio: nenhuma poluição entrará ali.
Então o SENHOR se agradará das ofertas feitas por Judá e Jerusalém (o povo a quem essa profecia foi dirigida) porque os que as estiverem fazendo foram limpados e purificados. Deus não se interessa pela nossa adoração enquanto nosso coração não for corrigido, enquanto não deixarmos o pecado. É possível cair em pecado, mas se ficarmos nele, Deus não aceitará nossa adoração.
Nos dias de Salomão houve um período em que Israel serviu a Deus tão bem que foi a Sua testemunha para o mundo inteiro. Essa adoração santa e piedosa será novamente dada durante o milênio.
Capítulo 2:
...
17 Enfadais ao SENHOR com vossas palavras; e ainda dizeis: Em que o enfadamos? Nisto, que dizeis: Qualquer que faz o mal passa por bom aos olhos do SENHOR, e desses é que ele se agrada; ou onde está o Deus do juízo?
Capítulo 3:
1 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o SENHOR dos Exércitos.
2 Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
3 E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao SENHOR trarão ofertas em justiça.
4 E a oferta de Judá e de Jerusalém será suave ao SENHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos.