O SENHOR virá novamente para julgar o Seu povo, Israel. Isto acontecerá após a Tribulação, quando o Senhor Jesus então voltará à terra para salvar o remanescente dos judeus dos seus inimigos.
Ele dará rápido testemunho contra:
Feiticeiros: quando isto foi escrito, as mulheres estrangeiras nos casamentos mistos trouxeram consigo ídolos, feitiçaria, ocultismo, e culto aos demônios. Lamentavelmente religiões falsas eram um problema constante na história judaica, e foi a causa principal de terem perdido a sua pátria e permanecerem no exílio por muitos séculos. Desde então, voltaram ao culto nominal do verdadeiro Deus, mas como uma nação rejeitaram o Messias enviado por Deus. Serão expurgados pela Tribulação, mas um remanescente será julgado por Ele. Isso nos recorda que o mundo está se voltando para o ocultismo hoje, para preencher o grande vácuo espiritual deixado pelo ateísmo e pelo humanismo.
Adúlteros: no seu sentido mais restrito, adultério é a infidelidade para com a esposa ou marido, mas tem um significado mais amplo compreendendo promiscuidade sexual; num sentido espiritual a idolatria, a cobiça e a apostasia são também chamadas de adultério (Jeremias 3:6, 8, 9; Ezequiel 16:32; Oséias 1:2, 3; Apocalipse 2:22). Em sua apostasia Israel foi chamada de adúltera (Isaías 1:21; Ezequiel 23:4, 7, 37), e os judeus foram chamados de "geração adúltera" por Cristo (Mateus 12:39).
Os que juram falsamente: num sentido restrito, são os que dão testemunho falso contra outras pessoas, mas tem um sentido mais lato envolvendo todos os mentirosos. As mentiras são condenadas vigorosamente nas Escrituras (João 8:44; 1 Timóteo 1:9, 10; Apocalipse 21:27; 22:15).
Os que defraudam o jornaleiro e pervertem o direito da viúva e do órfão: uma das queixas contra os judeus através dos séculos tem sido o seu amor pelo dinheiro, expresso na exploração dos infortunados para seu próprio benefício. "O amor pelo dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores" (1 Timóteo 6:10).
Os que pervertem o direito dos gentios: os judeus estavam sendo injustos em sua maneira de tratar com os de outras nações. Eles não estavam dando bom testemunho de Deus em seu papel de povo escolhido de Deus, e os outros atése distanciavam de Deus por causa da maneira em que estavam sendo tratados. "A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei" (Romanos 13:8).
São os que não temem a Deus que fazem essas coisas, pelas quais serão condenados.
A preservação dos judeus entre as nações do mundo - os "filhos de Jacó" - é devido ao fato que o SENHOR é O imutável. A paciência de Deus parece ser infinita! Através da história, Seu povo tem desobedecido, e mesmo desprezado as Suas leis, mas Ele sempre tem estado disposto a recebê-lo de volta.
Deus é um Deus de juízo, e isso é um terror para os maus. Mas Ele também não muda com respeito à Sua graça, e isso é uma consolação para qualquer um que aceitar a graça de Deus. Deus está disposto a nos receber se voltarmos a Ele em arrependimento.
A razão porque os israelitas não foram eliminados como os edomitas foi por causa da Sua graça, em conformidade com as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. Deus também promete "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai" (João 10:27-29).
O povo foi instigado a deixar o seu hábito de sonegar seus dízimos, de não dar a Deus o que lhe pertencia. O sistema de dízimos começou durante o tempo de Moisés (Levítico 27:30-34; Deuteronômio 14:22). Os israelitas tinham por obrigação dar o décimo de toda a sua produção agrária e pecuária ao SENHOR (ou podiam redimi-la com dinheiro acrescentando um quinto do valor).
Os dízimos se acrescentavam a numerosas ofertas e eram um reconhecimento que tudo pertencia a Deus e que Ele era o Doador de tudo o que possuíam. Os levitas recebiam uma parte do dízimo porque não podiam possuir terra para si (Números 18:20, 21). Se o povo não contribuísse com dízimos, os levitas eram obrigados a trabalhar para se manter, o que os impedia de dar todo o tempo necessário para cuidar do templo e do serviço de culto.
A recompensa pela contribuição do dízimo em Israel era riqueza material; a recompensa pela boa administração de bens na igreja de Cristo são riquezas espirituais e a Sua aprovação ante o Seu tribunal depois do arrebatamento da igreja.
Tudo o que temos procede de Deus, e devemos empregá-lo como administradores que um dia vão dar contas de como o investimos. Os crentes devem contribuir sistematicamente e liberalmente para a obra do Senhor na medida em que o Senhor os tenha prosperado.
Há muitos crentes com pequena renda, para quem o dízimo seria muito para dar. Há outros a quem Deus tem abençoado de maneira tão maravilhosa que eles poderiam dar o mesmo ou mais do que o governo lhes cobra de imposto de renda. O dízimo era uma espécie de imposto de renda na nação de Israel, mas não serve como medida para a contribuição do crente de hoje.
A casa do tesouro era parte do templo. Havia muitos edifícios ao redor do templo que armazenavam as contribuições. Quando o povo trazia o dízimo, ele era guardado ali. Quando Neemias voltara para Jerusalém (algum tempo antes de Malaquias), ele havia achado Tobias, o inimigo de Deus, habitando numa dessas dependências que havia sido esvaziada, porque o povo não estava contribuindo generosamente, e haviam feito um apartamento nele para Tobias! Neemias pegou os pertences de Tobias e os jogou pela janela, e o expulsou dali. Então o povo começou a trazer as suas ofertas para encher aqueles espaços novamente (veja Neemias 13:4-9).
Em alguns lugares existe uma idéia que a igreja local é o "armazém" do crente. Mas, assim como o dízimo não é para a igreja de hoje, nem é o "armazém" e não existe mais o que se chama "dar para o armazém". A contribuição em Israel era em espécie, fruto da terra. A carne dos animais oferecidos nos sacrifícios era cozida ou assada e comida em seguida pelos sacerdotes. Só o resto do produto era armazenado até ser consumido, enquanto que o dinheiro era colocado em caixas e sacolas na entrada do templo.
Quando eram generosos em contribuir com os dízimos das colheitas, Deus prometeu "abrir as janelas do céu e derramar sobre eles uma bênção tal, que dela lhes adviesse a maior abastança". Os fazendeiros dependiam da chuva para uma colheita boa, e "o devorador" evidentemente era o gafanhoto. Muitas pragas vieram a Israel através do gafanhoto, mas agora Deus lhes disse que Ele iria impedir que ele viesse sobre os seus campos. A recompensa por dar dízimos seria uma boa colheita durante a estação seguinte, fazendo com que as nações ao redor reconhecessem que eram abençoados.
Quando Israel andava corretamente diante de Deus em toda a honestidade, que é resultado da sua santidade, a nação realmente se tornava em uma bênção para as outras nações do mundo. Em Zacarias 8:13 encontramos a profecia: "E há de acontecer, ó casa de Judá e ó casa de Israel, que, assim como fostes uma maldição entre as nações, assim vos salvarei, e sereis uma bênção; não temais, esforcem-se as vossas mãos." Ela está contemplando uma era futura, mas Deus disse que Ele faria da nação uma bênção para as nações mesmo naquele tempo.
5 E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos.
6 Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos.
7 Desde os dias de vossos pais, vos desviastes dos meus estatutos e não os guardastes; tornai vós para mim, e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar?
8 Roubará o homem a Deus? Todavia, vós me roubais e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas.
9 Com maldição sois amaldiçoados, porque me roubais a mim, vós, toda a nação.
10 Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
11 E, por causa de vós, repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.
12 E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.