Seu nome vem do hebraico “chagai” que se traduz “festivo”, e é o nome do livro profético com suas profecias..
O profeta Ageu era contemporâneo de Zacarias, filho de Ido, que profetizou com ele e ambos ajudaram o governador Zorobabel e o sumo sacerdote Josué na reconstrução do templo em Jerusalém (Ageu 1.1; Zacarias 1.1: Esdras 5.1-2;6.14). Não se conhecem detalhes da vida de Ageu, senão que morava em Jerusalém no tempo do rei Dario Hispastes, da Pérsia. As cinco profecias do seu livro foram dadas no 2º ano desse rei – isto é, em 520 a.C. (Veja Ageu 1.1; 1.15; 2.1; 2.10; 2.20).
O livro de Esdras mostra como o povo judaico, ao voltar do cativeiro no tempo de Ciro em 538 AC (2º Crônicas 36.22-23; Esdras 1.1-4), entusiasmado, logo levantou o altar e deitou os alicerces do templo. Mas vieram dificuldades e oposição, e o trabalho ficou parado uns 16 anos, tendo o povo se acomodado a não prosseguir na reconstrução do templo alegando que ainda não havia chegada a hora. Ao invés disso dedicaram-se a construir para si casas de fino acabamento.
Findo esse período, e removidas as dificuldades, o povo ainda não havia voltado ao trabalho do templo, e por isso sofreu uma série de calamidades materiais (Ageu 1.6, 9-11; 2.15-17). Então falou o profeta Ageu mediante cinco profecias, que foram transcritas em seu livro, fazendo repreensões, dando encorajamento, mostrando as razões porque não lhes vinham bênçãos da parte de Deus, e finalmente profetizando a destruição do poder das nações após a campanha de Armagedom (veja AQUI) e o estabelecimento do poder do Messias (o Milênio).
No início o povo atendeu às primeiras exortações dos profetas, voltando ao trabalho, mas apenas após um mês de trabalho eles desanimaram quando os mais velhos se lembraram da glória do templo construído por Salomão. Então lhes veio a mensagem do SENHOR através de Ageu, dizendo “esforçai-vos, todo o povo da terra, diz o Senhor, e trabalhai; porque eu sou convosco ... e o meu Espírito habita no meio de vós; não temais.” (Ageu 2:1-9). O trabalho então prosseguiu e o templo foi reconstruído em cinco anos, ficando pronto em 515 AC. (Esdras 5:1).
Um mês depois, o SENHOR ensinou mediante uma ilustração que consistia na resposta a duas perguntas feitas aos sacerdotes, ou seja: a) se carne consagrada tocar em outros alimentos faz com que estes também se tornem consagrados e b) se alguém tocar num cadáver, ficando assim impuro, tocar nessas coisas elas também se tornarão impuras. Os sacerdotes responderam corretamente “não” para a primeira e “sim” para a segunda. Ficou assim entendido que aquele que é santo não confere santidade a qualquer outra coisa, mas o que é contaminado comunica a sua imundície. Em outras palavras, o trabalho e a adoração não santificam o pecado, mas o pecado contamina o trabalho e a adoração. Este foi um lembrete ao povo no sentido que as suas ofertas a Deus estavam poluídas e que eles próprios estavam impuros, enquanto o templo estivesse em ruínas.
Antes de ter iniciado a reconstrução do templo, o povo sofria escassez de trigo e de vinho, e suas culturas se estragavam com mofo, ferrugem e granizo. Também, desde então, seus intermináveis atrasos nesse trabalho trouxeram o castigo de Deus na forma de escassez de sementes e frutos. Mas seria abençoado ao se aplicar novamente à obra.
A quinta e última mensagem vem logo em seguida, e é uma profecia que ainda não se cumpriu: ela prevê a destruição do poder das nações e o estabelecimento do poder do Messias (o Milênio). Zorobabel era da linhagem de Davi, da qual veio o Messias (Mateus 1.12 e Lucas 3.27), e assim se explica a promessa feita a Zorobabel, de que faria dele um anel de selar, que representa a autoridade suprema do seu Descendente.
Veja um esboço do seu livro AQUI.