TEMA: A edificação do segundo Templo (1. 4,8,14). Veja também Esdras 4.24 – 5.1; 6.14.
MENSAGEM: Ageu tem a mesma mensagem que Jeremias 48.10, Mateus 6.33 e 1ª Coríntios 15.58. Os judeus tinham sofrido materialmente devido à sua negligência no serviço do Senhor; porém o templo reedificado lhes traria grandes bênçãos e a Glória do Senhor o encheria.
ANÁLISE: O livro consiste numa série de CINCO MENSAGENS da parte de Ageu, dirigidas ao governador Zorobabel e ao mesmo sacerdote Josué.
Capítulo 1.1-11. Em vez de proferir desculpas vãs, o povo devia considerar os tristes resultados da sua negligência e começar já a construção da Casa do Senhor.
Capítulo 1.12-15. Os chefes e o povo temendo a Deus, Ageu encoraja-os ao trabalho, assegurando-lhes a presença do Senhor.
Capítulo 2.1-9. Depois de um mês de trabalhos, vem outra mensagem de encorajamento. Alguns choravam por ser aquele templo bem menos do que o primeiro (Ed 3.12), mas Ageu disse que "o Desejo das nações" viria para este novo templo, trazendo a paz mundial (Hb 12.26-29), depois de ter abalado as nações.
Capítulo 2.10-19. Depois de 3 meses de trabalhos, Ageu por meio do simbolismo da Lei a respeito das coisas "imundas" e "santificadas", mostra ao povo a razão da falta de bênção imediata, mas promete verdadeira bênção divina "desde esse dia".
Capítulo 2.20-23. No mesmo dia, vem a quinta mensagem, profetizando a destruição do poder das nações (Armagedom) e o estabelecimento do poder do Messias (o Milênio). Note: Zorobabel era da linhagem de Davi, da qual viria o Messias Mt 1.12 e Lc 3.27.
O profeta Ageu era contemporâneo de Zacarias (Ageu 1.1; Zacarias 1.1: Esdras 5.1-2;6.14). Não se conhecem detalhes da sua vida, senão que morava em Jerusalém no tempo do rei Dario Histaspes, da Pérsia. As cinco profecias do seu livro foram dadas no 2º ano desse rei – isto é, em 520 a.C. (Veja Ageu 1.1; 1.15; 2.1; 2.10; 2.20).
O livro de Esdras mostra como o povo judaico, ao voltar do cativeiro no tempo de Ciro (2º Crônicas 36.22-23; Esdras 1.1-4), logo levantou o altar e deitou os alicerces do templo. Porém vieram dificuldades e oposição, e o trabalho ficou parado uns 16 anos. Findo esse período, e removidas as dificuldades, o povo não voltou ao trabalho do templo, e sofreu uma série de calamidades materiais (Ageu 1.6, 9-11; 2.15-17). Então falou o profeta Ageu.
A tradução de 2.7 pode ser "as coisas desejadas" das nações (isto é, as suas riquezas), ou "o Desejado das nações" (isto é, o Messias). Esta segunda interpretação parece ser indicada pela citação em Hebreus 12.26-29.