“Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei.” A fé dos seus pais preservaram a vida de Moisés quando ele nasceu, pois ele era “formoso”: não somente tinha beleza física, mas pela fé previram que Deus tinha um fim especial em vista para ele, e foi isto que lhes deu coragem para desafiar as ordens do rei (ou faraó) e esconder a criança durante três meses.
Quando já adulto, firmado em sua própria fé, Moisés foi capaz de tomar duas decisões drásticas:
Sabiamente teve “por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa”. Pela fé ele podia comparar a situação transitória presente com a eternidade. Por mais valiosos que fossem os tesouros do Egito, eles não se comparavam com a promessa da eternidade que seus ancestrais haviam recebido. Essa era a recompensa de Deus em que confiava. Moisés escolheu sofrer o mesmo tipo de humilhação que o Messias haveria de sofrer, séculos mais tarde.
“Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível.” Encorajado pela fé, ele deixou a terra da escravidão, sem temer a ira do rei. Não titubeou, parecendo até que via “o bem-aventurado e único soberano, Rei dos reis e Senhor dos senhores; aquele que possui, ele só, a imortalidade, e habita em luz inacessível; a quem nenhum dos homens tem visto nem pode ver; ao qual seja honra e poder sempiterno. Amém.” (1 Timóteo 6:15-16).
“Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse.” Finalmente, Moisés rejeitou a religião do Egito. Ao celebrar a Páscoa e a aspersão de sangue, desligou-se decididamente da idolatria egípcia para sempre. Creu que a salvação dos primogênitos vinha através do sangue do cordeiro, não através das águas do Nilo. Como resultado, os primogênitos de Israel foram poupados enquanto os primogênitos do Egito foram mortos pelo destruidor.
“Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho...” Tendo testemunhado a experiência de Moisés, bem como os sinais e prodígios realizados por Deus através dele, os israelitas tiveram sua fé aumentada ao ponto de atravessarem o mar como se fosse terra seca, com a sua liderança. O poderoso exército egípcio que os perseguia tentou fazer o mesmo, mas foi afogado pelo mar cujas águas se fecharam sobre ele.
“Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias”. Após a morte de Moisés, Josué liderou os israelitas e sob seu comando conquistaram Jericó, a primeira cidade que encontraram na entrada de Canaã. Esse foi o primeiro objetivo militar na conquista de Canaã, sendo ela uma fortaleza inexpugnável que somente poderia ser tomada por forças muito superiores. Mas os seus muros caíram mediante a fé dos israelitas, que seguiram um método todo especial mandado por Deus, inédito e que lhes pareceria absurdo. Consistia simplesmente no povo todo marchar em volta da cidade uma vez por dia durante seis dias, e no sétimo dar sete voltas, depois nos sacerdotes tocarem suas trombetas acompanhados pelos gritos do povo. Isto foi o suficiente para os muros desabarem e a cidade foi então facilmente tomada. O apóstolo Paulo deve ter se lembrado deste episódio quando escreveu “embora andando na carne, não militamos segundo a carne, pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas (2 Coríntios 10:3,4).
Não sabemos quando a prostituta Raabe veio a conhecer o Senhor, o Deus de Israel, mas sabemos que deu acolhida aos dois espias israelitas, assim arriscando a própria vida “pela fé”. Ela decidiu ficar do lado do Senhor, mesmo que isso significasse trair o seu país. Por esconder os espiões, ela e sua família foram poupados, e ficaram habitando no meio de Israel, enquanto seus vizinhos desobedientes pereceram. Raabe ainda aparece com Abraão como exemplo de fé justificada pelas obras (Tiago 2:25). Seu nome é também o da mãe de Booz (ou Boaz), de quem descendeu o rei Davi (Mateus 1:5).
23 Pela fé Moisés, logo ao nascer, foi escondido por seus pais durante três meses, porque viram que o menino era formoso; e não temeram o decreto do rei.
24 Pela fé Moisés, sendo já homem, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,
25 escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus do que ter por algum tempo o gozo do pecado,
26 tendo por maiores riquezas o opróbrio de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.
27 Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível.
28 Pela fé celebrou a páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos não lhes tocasse.
29 Pela fé os israelitas atravessaram o Mar Vermelho, como por terra seca; e tentando isso os egípcios, foram afogados.
30 Pela fé caíram os muros de Jericó, depois de rodeados por sete dias.
31 Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os desobedientes, tendo acolhido em paz os espias.
Hebreus capítulo 11, versículos 23 a 31