A casa de oração para todos os povos – capítulo 56, versículos 1 a 8
As palavras na abertura do presente capítulo, "mantende a retidão, e fazei justiça," lembram a advertência no capítulo 55, versículos 6 e 7. Os pensamentos e os caminhos de Israel não eram os do Senhor como confirmado no versículo 8. As promessas gloriosas que se seguiram neste versiculo eram incentivos para os ímpios abandonarem o seu caminho e os injustos os seus pensamentos e também os preparavam para os mandamentos a seguir. Ao praticar a justiça eles se conformariam à justiça do caráter e ações de Deus. E havia duas razões para procederem assim: “porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça a manifestar-se.”
A conduta justa tem como base o relacionamento que Deus formou com Seu povo. Era um relacionamento contratual com Israel, envolvendo o cumprimento da justiça por ambas as partes. Deus cumpriu a Sua parte e estava pronto para manifestá-la se eles saíssem dos seus caminhos iníquos e entrassem no Seu. Se eles apenas se dessem conta de como Sua salvação estava próxima, bem como Suas ações de justiça, isto seria suficiente para que correspondessem à Sua promessa e mandado..
Uma bênção especial é oferecida a quem obedece ao mandado de Deus, e ao filho do homem “que se abstém de profanar o sábado, e guarda a sua mão de cometer o mal” (versículo 2). Vale mencionar aqui que para o povo de Deus resta ainda um repouso sabático – veja AQUI (Hebreus 4:9). Só podemos gozar esse descanso em Cristo se O recebermos como nosso Senhor e Salvador, e em sinceridade guardarmos nossa mão de cometer o mal.
O estrangeiro que havia se juntado ao Senhor (e não são poucos os que chegam ao Senhor através dos judeus), poderia ser tentado a temer que, depois que Israel tivesse sido restaurado à sua terra, o Senhor viesse a se separar dele, e privá-lo dos privilégios de que havia gozado. O medo era infundado, pois se ele não profanasse o sábado e cumprisse sua parte da aliança, Deus o traria para o Seu santo monte e o alegraria em Sua “casa de oração”; seus holocaustos e sacrifícios seriam aceitos sobre Seu altar, porque a Sua casa será chamada de "Casa de Oração para todos os povos." É Ele quem vai reunir os desterrados de Israel, e se reunirão ainda outros com eles ao lado dos que já estarão reunidos (versículos 6 a 8).
Outros poderiam ser tentados ao desespero, considerando sua condição e tudo o que estava ocorrendo. Eram os eunucos, sobre quem uma proibição foi dada em Deuteronômio 23:1 de entrar na assembleia do Senhor. Mas mesmo para estes é dada uma promessa de um "memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas," um nome eterno que nunca se apagará (versículos 4 e 5), na mesma condição de não profanar o sábado e escolher as coisas que agradam ao Senhor.
1 Assim diz o Senhor: Mantende a retidão, e fazei justiça; porque a minha salvação está prestes a vir, e a minha justiça a manifestar-se.
2 Bem-aventurado o homem que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto: que se abstém de profanar o sábado, e guarda a sua mão de cometer o mal.
3 E não fale o estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que eu sou uma árvore seca.
4 Pois assim diz o Senhor a respeito dos eunucos que guardam os meus sábados, e escolhem as coisas que me agradam, e abraçam o meu pacto:
5 Dar-lhes-ei na minha casa e dentro dos meus muros um memorial e um nome melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará.
6 E aos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para o servirem, e para amarem o nome do Senhor, sendo deste modo servos seus, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem o meu pacto,
7 sim, a esses os levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos.
8 Assim diz o Senhor Deus, que ajunta os dispersos de Israel: Ainda outros ajuntarei a ele, além dos que já se lhe ajuntaram.
Isaías capítulo 56, versículos 1 a 8