Seu nome vem do hebraico yesh-ah-yaw’-hoo que, como "Josué", se traduz como “Javê salva”, “Javê é salvação”, ou mesmo “salvação de Javê”. Era filho de Amoz (“Homem Forte”), do qual pouco se sabe, mas alguns julgam que se tratava do “homem de Deus” mencionado em 2 Crônicas 25:7-8.
A tradição rabínica mantém que Amoz era irmão do rei Amazias de Judá, da casa real de Judá e Tamar, sendo então primo do rei Uzias, sucessor de Amazias. Esse parentesco explicaria seu fácil acesso ao rei (Isaías 7:3) e intimidade com o sacerdote (Isaías 8:2).
Ao fim do reinado de Uzias, aproximadamente no ano 756 A.C., Deus escolheu Isaías para transmitir várias profecias sobre acontecimentos que se realizariam através dos tempos, muitos dos quais já se efetivaram e outros ainda estão sendo aguardados.
Houve três períodos durante os quais exerceu esse ministério, e suas profecias foram registradas em seu livro:
Depois disto, consta na tradição dos judeus que Isaías viveu até o início do reinado de Manassés, quando então foi serrado ao meio (Hebreus 11:37).
No ano em que o rei Uzias morreu, Isaías, aparentemente durante a adoração no templo, recebeu seu chamado para o ministério profético (Isaías 6:1-13). Ouviu com entusiasmo digno de nota, e aceitou o encargo, embora soubesse desde o início que as advertências e exortações nele incluídos (Isaías 6:9-13) seriam infrutíferas. Tendo sido criado em Jerusalém, ele estava bem equipado para ser o conselheiro político e religioso da nação, mas a experiência que mais valeu para o preparo do seu importante trabalho, foi a visão do Deus majestoso e três vezes Santo que viu no templo no ano da morte do rei Uzias. Não há nenhuma boa razão para duvidar desta visão inicial, que alguns consideram que lhe veio depois de anos de experiência em pregação e era destinada a aumentar sua espiritualidade. O seu livro inteiro é uma visão que Deus lhe entregou para a informação do Seu povo através dos tempos, sendo seu “horizonte”, tanto político como espiritual, praticamente ilimitado. Isaías tem sido chamado de "Profeta universal de Israel".
Como Amós em Israel, Isaías foi chamado em Judá pelo “Senhor dos exércitos, o Poderoso de Israel” (que conhecemos como sendo Deus, o Filho) para declarar que o tempo da longanimidade de Deus tem um fim. Suas profecias podem ser classificadas de várias maneiras, mas para efeito de nossos estudos adotaremos o seguinte esquema:
O livro tem sido objeto de muita crítica por parte de modernistas nestes últimos tempos. Um dos princípios subjacentes neste tipo de crítica é a negação do elemento preditivo no livro. A única conclusão resultante dessas suposições, se o elemento preditivo for negado, é desfazer a integridade do livro e alegar que a composição de certas partes vem de diferentes autores. Essa conclusão deprecia a pessoa do Espírito Santo, através de quem o livro é "soprado por Deus".
Assim, as várias suposições dos expoentes destas teorias tenderam apenas a confirmar a fé daqueles que mantêm a visão da unidade de todo o livro como sendo o trabalho de um autor humano escrevendo o que lhe é dado por inspiração de Deus (2 Pedro 1:21).
A visão de Isaías, filho de Amoz, que ele teve a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, e Ezequias, reis de Judá.
Isaías capítulo 1, versículo 1