ISAÍAS
Profecias do Apocalipse
A canção de louvor
O louvor pela libertação (25:1-5)
O conjunto dos capítulos 25, 26 e 27 de Isaías tem sido chamado "Livro das Canções". Aqui o remanescente israelita restaurado louva ao Senhor por sua libertação através da Grande Tribulação. As cidades inimigas (não necessariamente alguma determinada cidade) foram pulverizadas, causando os gentios a reconhecerem o poder do Senhor. Para o seu povo Deus deu tudo o que era necessário.
O povo primeiro louva a Deus pela sua libertação, por três motivos:
- Deus fez maravilhas. Em Isaías 9:6 temos uma relação de nomes dados a Jesus Cristo sendo Maravilhoso Conselheiro o primeiro. Este é o primeiro motivo, porque o que estará acontecendo no seu Reino foi concebido muito antes no plano de Deus, e agora estará sendo cumprido em seu tempo, e todo o seu conselho será realizado.
- Deus terá destruido a Babilônia e cumprido o Seu julgamento. Essa cidade foi destinada a ser a capital do mundo, mas será destruída no fim da Tribulação e nunca mais será reconstruída. Outro povo poderoso vai louvar e temer o Senhor.
- Deus terá libertado os israelitas remanescentes fieis, que estavam pobres, necessitados, sujeitos aos inimigos violentos. Em todo o Velho Testamento os profetas, especialmente Isaías, usam a expressão “os pobres e os necessitados” ao se referirem aos israelitas remanescentes fieis da Grande Tribulação. Deus os terá livrado da tempestade e do calor, não só literalmente mas também à perseguição sofrida por eles.
O louvor pelas bênçãos milenares (25:6-8)
Em seguida, o povo louva a Deus por duas bênçãos do milênio: a ceia do casamento e a remoção da cobertura que cobre todos os povos:
- O Reino vai se iniciar no monte Sião, onde está Jerusalém, com a ceia do casamento ou a festa das bodas do Cordeiro. O banquete do casamento é provido com “coisas gordurosas feitas de tutanos”, símbolo de bondade e abundância, e “vinhos puros, bem purificados”, símbolo de bem-estar e contentamento.
- Deus terá removido a coberta da ignorância, o véu de cegueira satânica existente sobre todas as nações. A palavra original para “coberta” em hebraico dá ênfase à sua “inteireza”, e para “véu” enfatiza a “grossura” da coberta. O quadro é que todos os povos estiveram com uma cobertura completa e espessa sobre eles (esta cobertura não é o “endurecimento (que) veio em parte sobre Israel” de Romanos 11:25.) No contexto do Velho Testamento, uma cobertura espessa como esta era um símbolo de tristeza (2 Samuel 15:30, 19:4, Jeremias 14:3-4).
A razão para a remoção da cobertura é dada no versículo 8. São três os fatores:
- No Reino a morte será aniquilada para os crentes vivos ainda, em sua natureza humana (mas os descrentes morrerão antes dos cem anos de idade - Isaías 65:20). Os santos do Velho Testamento e os que morreram na Grande Tribulação terão ressuscitado na segunda fase da “primeira ressurreição” (Apocalipse 20:5,6).
- O Senhor Deus enxugará as lágrimas de todos os rostos.
- O opróbrio de Israel será tirado de toda a terra.
O Senhor dá a Sua garantia, pois Ele próprio o disse, e o que disse certamente vai acontecer.
O louvor pelo julgamento dos inimigos de Israel (25:9-12)
O povo louvará a Deus pela sua esperada salvação das mãos dos inimigos, e se alegrará pelo julgamento que trará sobre eles. Os inimigos de Israel serão vergonhosamente humilhados.
Os versículos 10 a 12 são entendidos de formas ligeiramente diferentes:
- O Senhor é comparado a um homem abrindo uma trilha através das ervas num campo inundado por água de esgoto, pisoteando e destroçando a palha no seu caminho. Como outros inimigos, Moabe entra no caminho, mas também será pisoteado e abatido pelo Senhor como a palha, seus muros com altas fortalezas serão abatidos e derrubados na poeira.
- Moabe, como exemplo dos inimigos, será pisoteado vergonhosamente. Deus é comparado com um nadador no versículo 11, estendendo as Suas mãos em julgamento no meio dos moabitas. Moabe será humilhado e seus muros e fortificações destruídas.
R David Jones
Isa 25:1
1 Senhor, tu és o meu Deus; exaltar-te-ei a ti, e louvarei o teu nome; porque fizeste maravilhas, os teus conselhos antigos, em fidelidade e em verdade.
2 Porque da cidade fizeste um montão, e da cidade fortificada uma ruína, e do paço dos estranhos, que não seja mais cidade; e ela jamais se tornará a edificar.
3 Pelo que te glorificará um povo poderoso; e a cidade das nações formidáveis te temerá:
4 Porque tens sido a fortaleza do pobre, a fortaleza do necessitado na sua angústia, refúgio contra a tempestade, e sombra contra o calor, pois o assopro dos violentos é como a tempestade contra o muro.
5 Como o calor em lugar seco, tu abaterás o tumulto dos estranhos; como se abranda o calor pela sombra da espessa nuvem, assim acabará o cântico dos violentos.
6 E o Senhor dos exércitos dará neste monte a todos os povos um banquete de coisas gordurosas, banquete de vinhos puros, de coisas gordurosas feitas de tutanos, e de vinhos puros, bem purificados.
7 E destruirá neste monte a coberta que cobre todos os povos, e o véu que está posto sobre todas as nações.
8 Aniquilará a morte para sempre, e assim enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo; porque o Senhor o disse.
9 E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus; por ele temos esperado, para que nos salve. Este é o Senhor; por ele temos esperado; na sua salvação gozaremos e nos alegraremos.
10 Porque a mão do Senhor repousará neste monte; e Moabe será trilhado no seu lugar, assim como se trilha a palha na água do monturo.
11 E estenderá as suas mãos no meio disso, assim como as estende o nadador para nadar; mas o Senhor abaterá a sua altivez juntamente com a perícia das suas mãos.
12 E abaixará as altas fortalezas dos teus muros; abatê-las-á e derrubá-las-á por terra até o pó.