Capítulo 41, versículos 21 a 29
Na primeira parte deste capítulo, o Senhor prova a Sua divindade, e o Seu poder absoluto para levantar um potentado para subjugar as nações e de sobrepor a ascensão e o passar das gerações. Agora Ele declara Sua divindade com base no fato que só Ele tem conhecimento do futuro e pode prevê-lo.
Antes Ele desafiou os idólatras; agora Seu desafio é aos próprios ídolos, aos deuses das nações. O Senhor e seu povo (para quem ele é "o rei de Jacó") estão de um lado, os gentios idólatras do outro. Desafia os seus deuses para se apresentarem, se puderem.
E, além disso, diz o Desafiador, "fazei bem, ou fazei mal” (ou seja, “façam qualquer coisa” para demostrar algum sinal de vida), “para que nos assombremos, e fiquemos atemorizados”.
Poderão os ídolos falar para provar sua divindade? Claro que não podem. Daí o escárnio divino: os ídolos não são nada, o trabalho dos que os fazem é vão e inútil, e quem os escolhe é abominável (versículo 24).
O Senhor novamente demonstra que todo o poder e autoridade pertencem somente a Ele. Declara que foi Ele quem suscitou do norte alguém que já havia chegado, e do oriente um que invocava Seu nome: era Ciro, que surgiu na Pérsia (o oriente) e já havia conquistado a Média (o norte) saindo de lá em suas conquistas. Ciro invocava o nome de Deus porque reconhecia o “Senhor Deus do céu” como sendo quem o guiava e fortalecia (Esdras 1:2). Foi ele quem ordenou a restituição ao templo reconstruído em Jerusalém de todo o tesouro que havia sido saqueado por Nabucodonosor (Esdras 1:7).
Demonstrando a Sua onisciência, o Senhor declara que essa pessoa (Ciro) viria "sobre os magistrados como sobre o lodo, e como o oleiro pisa o barro“ e pergunta se alguém (homem ou ídolo) porventura anunciara isto desde o princípio para que fosse sabido, ou dantes para que se dissesse que era justo. Com isto o Senhor continua o seu desafio: ninguém mais poderia fazê-lo, muito menos qualquer das divindades pagãs. Se tivessem sido capazes de fazê-lo, seu poder divino seria reconhecido. A conclusão é que eram todas uma ilusão, e não mereciam a confiança de ninguém.
O Senhor é o primeiro a dar as notícias do que está para acontecer, e Ele daria um mensageiro a Jerusalém para trazer notícias boas. Os outros só podem repetir o que dele ouvirem, pois não há ninguém, nem sequer um conselheiro que possa responder com segurança a alguma pergunta sobre o futuro.
Em conclusão, a idolatria é vaidade (ou nulidade), as imagens nada produzem e “as imagens de fundição são vento e coisa vã”.
21 Apresentai a vossa demanda, diz o Senhor; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de Jacó.
22 Tragam-nas, e assim nos anunciem o que há de acontecer; anunciai-nos as coisas passadas, quais são, para que as consideremos, e saibamos o fim delas; ou mostrai-nos coisas vindouras.
23 Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir, para que saibamos que sois deuses; fazei bem, ou fazei mal, para que nos assombremos, e fiquemos atemorizados.
24 Eis que vindes do nada, e a vossa obra do que nada é; abominação é quem vos escolhe.
25 Do norte suscitei a um que já é chegado; do nascente do sol a um que invoca o meu nome; e virá sobre os magistrados como sobre o lodo, e como o oleiro pisa o barro.
26 Quem anunciou isso desde o princípio, para que o possamos saber? ou dantes, para que digamos: Ele é justo? Mas não há quem anuncie, nem tampouco quem manifeste, nem tampouco quem ouça as vossas palavras.
27 Eu sou o que primeiro direi a Sião: Ei-los, ei-los; e a Jerusalém darei um mensageiro que traz boas-novas.
28 E quando eu olho, não há ninguém; nem mesmo entre eles há conselheiro que possa responder palavra, quando eu lhes perguntar.
29 Eis que todos são vaidade. As suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de fundição são vento e coisa vã.
Isaías capítulo 41, versículos 21 a 29