O reinado do Rei justo (capítulo 32)
Os primeiros oito versículos deste capítulo descrevem a qualidade do reinado do Rei Justo, ainda por vir. Até aqui, terá havido somente homens vis assumindo os governos das nações, praticando o engano e crueldade. Esses versículos prevêm:
Mas o Reino ainda não veio para a terra. As mulheres de Judá ainda estão vivendo sossegadas e seguras de si. No entanto brevemente, “um ano e dias” o juízo virá, trazendo falta de colheita, despovoamento e desolação.
Os problemas de Judá continuarão até que o Espírito seja derramado do alto (na segunda vinda de Cristo). Então o deserto se tornará em um campo fértil, e o que é agora considerado um campo fértil se tornará luxuriante como uma floresta.
A justiça social e retidão irão permear todos os aspectos da vida, resultando em sossego, segurança, paz e descanso. O inimigo (bosque) deverá ser nivelado pelo granizo do julgamento de Deus e a cidade (capital) será inteiramente abatida. Vai ser um momento feliz, quando se poderá semear com segurança junto a todas as águas, e o boi e o jumento poderão andar livremente sem perigo.
1 Eis que reinará um rei com justiça, e com retidão governarão príncipes.
2 um varão servirá de abrigo contra o vento, e um refúgio contra a tempestade, como ribeiros de águas em lugares secos, e como a sombra duma grande penha em terra sedenta.
3 Os olhos dos que vêem não se ofuscarão, e os ouvidos dos que ouvem escutarão.
4 O coração dos imprudentes entenderá o conhecimento, e a língua dos gagos estará pronta para falar distintamente.
5 Ao tolo nunca mais se chamará nobre, e do avarento nunca mais se dirá que é generoso.
6 Pois o tolo fala tolices, e o seu coração trama iniqüidade, para cometer profanação e proferir mentiras contra o Senhor, para deixar com fome o faminto e fazer faltar a bebida ao sedento.
7 Também as maquinações do fraudulento são más; ele maquina invenções malignas para destruir os mansos com palavras falsas, mesmo quando o pobre fala o que é reto.
8 Mas o nobre projeta coisas nobres; e nas coisas nobres persistirá.
9 Levantai-vos, mulheres que estais sossegadas e ouvi a minha voz; e vós, filhas, que estais , tão seguras, inclinai os ouvidos às minhas palavras.
10 Num ano e dias vireis a ser perturbadas, ó mulheres que tão seguras estais; pois a vindima falhará, e a colheita não virá.
11 Tremei, mulheres que estais sossegadas, e turbai-vos, vós que estais tão seguras; despi-vos e ponde-vos nuas, e cingi com saco os vossos lombos.
12 Batei nos peitos pelos campos aprazíveis, e pela vinha frutífera;
13 pela terra do meu povo, que produz espinheiros e sarças, e por todas as casas de alegria, na cidade jubilosa.
14 Porque o palácio será abandonado, a cidade populosa ficará deserta; e o outeiro e a torre da guarda servirão de cavernas para sempre, para alegria dos asnos monteses, e para pasto dos rebanhos;
15 até que se derrame sobre nós o espírito lá do alto, e o deserto se torne em campo fértil, e o campo fértil seja reputado por um bosque.
16 Então o juízo habitará no deserto, e a justiça morará no campo fértil.
17 E a obra da justiça será paz; e o efeito da justiça será sossego e segurança para sempre.
18 O meu povo habitará em morada de paz, em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso.
19 Mas haverá saraiva quando cair o bosque; e a cidade será inteiramente abatida.
20 Bem-aventurados sois vós os que semeais junto a todas as águas, que deixais livres os pés do boi e do jumento.
Isaías 32